Rosella Icterotis – Platycercus i. icterotis

Rosella Icterotis – Platycercus i. icterotis

Platycercus i. icterotis (Kuhl 1820)

Inglês: Western Rosella
Português: Rosella Icterotis

Distribuição: Zona costeira e áreas adjacentes no sudoeste da Austrália desde o rio Moore até o Distrito de Albany.

Descrição: A cabeça, o peito, o abdômen e a região coberta pelo rabo são vermelhas, o queixo, as bochechas e a região das narinas são amarelas, a nuca e as penas das costas são pretas com os bordos verdes, em alguns pássaros mais velhos podem ter o bordo parcialmente vermelho, as penas do ombro são pretas com marcas verdes, a região coberta pelas asas é azul violeta, a parte mais baixa das costas é verde, a parte mediana de cima do rabo é verde escuro e as exteriores são azuis claros com a base azul escura e marcas claras, o lado inferior é azul claro, o bico é cinza claro, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza escuro, sua íris é marrom escura e os pés são cinzas acastanhados.

Mutação canela a esquerda e azul à direita.
Mutação Cobalto

Comprimento: 26 cm.

Sub-espécies



Platycercus i. xanthogenys

Platycercus i. xanthogenys
(Salvadori 1891)

Inglês: Red-backed Western Rosella
Português: Rosela Icterotis Xanthogenys

Distribuição: Interior seco do sudoeste da Austrália.

Descrição: Semelhante a icterotis, mas com a marca amarela da bochecha mais clara, a nuca, as costas e o ombro são pretos com bordo castanho acinzentado e vermelho, a parte mais baixa das costas e a região mais alta coberta pelo rabo são verdes acinzentadas, as penas medianas do rabo são azuis escuras com um pequeno ou nenhuma mancha verde escura.

Comprimento: 26 cm.

Nota: A subespécie xanthogenys não é totalmente reconhecida.

Hábitat: Savanas de grama com árvores, bosques abertos, pomares, áreas cultivadas e pastagens com árvores, assim como também áreas ao longo de cursos de água com árvores, preferem acácias e casuarinas, só ocasionalmente podem ser vistos em florestas densas de eucalipto, foram observados nos parques em Perth.

Status: Comum a numeroso, eles se beneficiam da diminuição das florestas e do cultivo de grãos.

Hábitos: Normalmente vivem em pares ou grupos pequenos de família, ocasionalmente vários grupos se juntam na época de colheita para se alimentar de grãos, quietos e difíceis de se descobrir, quase que só são vistos quando voam do chão, preferem permanecer em árvores de eucalipto altas durante as horas quentes do meio-dia, podem se tornar mais acessíveis ao redor de casas de fazenda, pares ficam juntos e são sedentários, seu é vôo flutuante e irregular com batidas de asas rápidas alternadas com planeio, sua chamada de contato é suave e repetida rapidamente.

Características: As rosellas pertencem à subfamília Platycercus, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. As rosellas compreendem 07 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. São aves extremamente alegres que dão vida a qualquer viveiro, costumam imitar determinados sons e músicas. Podem ser criadas com outras espécies em um mesmo viveiro, são agressivas apenas com outras rosellas. Não suportam vento e nem muito frio. No período de mudança da fase jovem para adulta ficam muito sensíveis e se não forem bem cuidadas podem morrer. Ao importarmos uma rosella ou um outro psitacídeo australiano de um país europeu, essas aves sairão do local onde nasceram que é relativamente frio (aprox. 20º C) e seco (aprox. 18%), e irão entrar em contato com germes de um ambiente quente (aprox. 27º/ 28º C), e úmido (aprox. 70%), em apenas 01 ou 02 dias de viagem. Isso somado ao estresse do transporte, desde o criadouro da Europa até o importador no Brasil, fará com que fiquem debilitadas e com baixa imunidade. Psitacídeos australianos tão populares na Europa, aqui se tornam frágeis e susceptíveis a doenças infecciosas. No entanto, as nascidas no Brasil são bastante resistentes, pois já estão bem aclimatadas.

Dimorfismo: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas a coloração é muito menos intensa, o vermelho é em menor quantidade e menos vivo, assim como todas as outras cores.

Macho
Fêmea

Dieta natural: Principalmente sementes de grama e vegetais no solo, mas comem frutas, bagas, brotos, nozes, flores, néctar, insetos e suas larvas, ocasionalmente causam danos aos pomares (particularmente maçãs) e a áreas cultivadas.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de repolho, maçã, jiló e milho verde, chegam a comer ração de faisão.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É alcançada regularmente, é bem fácil e prolífero. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro, pois embora não agridam outras aves são extremamente agressivas e territorialistas com as de sua espécie, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 02 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 03 a 07 ovos, normalmente 05 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 25.9 x 21.9 mm.

Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 19 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes têm o corpo quase todo verde, com algumas penas laranjas avermelhadas na testa, no peito, no abdômen e na região coberta pelo rabo. Machos jovens têm mais vermelho, particularmente no peito, a marca amarela na bochecha é quase ausente e a faixa branca na parte interna das asas que aparece nos filhotes, após 14 meses é uma das características das fêmeas adultas, pois nos machos ela é falhada ou ausente. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 04 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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