Rosella Eximius – Platycercus e. eximius

Rosella Eximius – Platycercus e. eximius

Platycercus e. eximius
(Shaw 1792)

Inglês: Eastern Rosella
Português: Rosella Eximius

Distribuição: Sul e região central da Nova Gales do Sul passando por Victoria até o sudeste da Austrália, foi introduzida na Ilha do Norte da Nova Zelândia.

Descrição: A cabeça, a parte superior do peito e a região coberta pelo rabo são vermelhas, as bochechas são brancas, a parte mais baixa do peito é amarela, o abdômen é verde amarelado, as penas da nuca, das costas e dos ombros são pretas com um bordo verde amarelado, a parte mediana das asas é preta, a dobra da asa e as penas principais são azuis, a parte mais baixa das costas e a parte mais alta coberta pelo rabo é verde clara, as penas medianas da parte de cima do rabo são verdes escuras com um bordo estreito azul escuro e as penas exteriores são azuis claras com a base azul escura e as pontas claras, o lado inferior é azul claro, o bico é cinza claro, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza escuro, sua íris é marrom escuro e seus pés são cinzas.

Comprimento: 30 cm.

Sub-espécies



Platycercus e. cecilae

Platycercus e. cecilae
(Mathews 1911)

Inglês: Golden-mantled Rosella
Português: Rosella Eximius Cecilae

Distribuição: Sudeste de Queensland e nordeste da Nova Gales do Sul, Austrália, fica sobreposta com a eximius no vale do Rio Hunter.

Descrição: Semelhante a eximius, mas o vermelho da cabeça e do peito são ligeiramente mais escuros, as penas da nuca, das costas e dos ombros são pretas com um bordo largo amarelo ouro, a parte mais baixa das costas e a região mais alta coberta pelo rabo são verdes azuladas e é ligeiramente maior em tamanho.

Comprimento: 33 cm.

Nota: Em cativeiro as duas subespécies, eximius e cecilae, são regularmente cruzadas entre si e assim existem poucos espécimes puros, criadores deveriam evitar este tipo de cruzamento já que são fáceis de serem distinguidas.



Platycercus e. diemenensis

Platycercus e. diemenensis
(North 1911)

Inglês: Tasmanian Rosella
Português: Rosella Eximius Diemenensis

Distribuição: Tasmânia.

Descrição: Semelhante a eximius, mas o vermelho da cabeça e do peito são mais escuros, a marca branca das bochechas é muito maior.

Comprimento: 30 cm.

Nota: Na natureza híbridos com Psephotus haematonotus, Platycercus adscitus e Platycercus elegans podem acontecer ocasionalmente.

Mutações

Hábitat: Savanas com árvores, bosques abertos, árvores ao longo de cursos de água, áreas cultivadas, pastagens com árvores, parques e pomares, regularmente são vistos em subúrbios de cidades grandes.

Status: Comum a numeroso.

Hábitos: Normalmente vivem em pares ou grupos pequenos no verão, no começo do inverno formam bandos de 08 a 20 pássaros, ocasionalmente podem chegar a 100 pássaros, não são tímidos, frequentemente se alimentam no chão, onde são difíceis de serem avistados, sua plumagem lhe proporciona uma boa camuflagem, ocasionalmente estão juntos com as Platycercus elegans, descansam durante as horas quentes do meio-dia em árvores altas de eucalipto, dando preferência aos galhos externos, se reúnem antes do anoitecer e então voam juntos para as árvores dormitórios. Sedentários, formam grupos e casais antes da primavera para estabelecerem seus territórios de procriação e defendê-los contra outros casais, ficando por isso muito mais barulhentos e agressivos. Seu vôo é rápido e ondulante, intercalados com fases de planeio e acompanhados de chamados regulares, vôos longos são feitos a uma altura considerável, enquanto os curtos são feitos a baixa altura, seu chamado de alarme é uma série de gritos estridentes mais altos que os das Platycercus elegans.

Características: As rosellas pertencem à subfamília Platycercus, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. As rosellas compreendem 07 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. São aves extremamente alegres que dão vida a qualquer viveiro, costumam imitar determinados sons e músicas. Podem ser criadas com outras espécies em um mesmo viveiro, são agressivas apenas com outras rosellas. Não suportam vento e nem muito frio. No período de mudança da fase jovem para adulta ficam muito sensíveis e se não forem bem cuidadas podem morrer. Ao importarmos uma rosella ou um outro psitacídeo australiano de um país europeu, essas aves sairão do local onde nasceram que é relativamente frio (aprox. 20º C) e seco (aprox. 18%), e irão entrar em contato com germes de um ambiente quente (aprox. 27º/28º C), e úmido (aprox. 70%), em apenas 01 ou 02 dias de viagem. Isso somado ao estresse do transporte, desde o criadouro da Europa até o importador no Brasil, fará com que fiquem debilitadas e com baixa imunidade. Psitacídeos australianos tão populares na Europa, aqui se tornam frágeis e susceptíveis a doenças infecciosas. No entanto, as nascidas no Brasil são bastante resistentes, pois já estão bem aclimatadas.

Dimorfismo: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas a coloração é muito menos intensa, o vermelho é em menor quantidade e menos vivo, assim como todas as outras cores, é em média menor em tamanho, existe uma faixa branca na parte interna das asas na maioria das fêmeas e seu bico também é menor.

Dieta natural: Principalmente sementes de grama e vegetais no solo, mas comem frutas, bagas, brotos, nozes, flores, néctar, insetos e suas larvas, ocasionalmente causam danos aos pomares (particularmente maçãs) e a áreas cultivadas.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de repolho, maçã, jiló e milho verde, chegam a comer ração de faisão.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É alcançada regularmente, é bem fácil e prolífero. Em exibição de namoro os machos ficam com as asas ligeiramente abertas e jogadas para frente, as penas do peito ficam arrepiadas, a cabeça fica levantada e inclinada ligeiramente para trás ou lateralmente em movimentos de cima para baixo e de baixo para cima, ficam ainda com o rabo aberto e tudo isso acompanhado de uma espécie de “conversação” contínua. O macho costuma ficar agressivo neste período e frequentemente persegue a fêmea. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro, pois embora não agridam outras aves são extremamente agressivas e territorialistas com as de sua espécie, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 02 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 04 a 09 ovos, normalmente 05 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até três posturas por ano. Ovo mede 28.1 x 22.5 mm.

Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 19 a 20 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes às fêmeas. Machos jovens têm mais vermelho, particularmente no peito e na cabeça, a faixa branca na parte interna das asas que aparece nos filhotes, após 14 meses quando já se tem a plumagem de adulto, é uma das características das fêmeas, pois nos machos ela é falhada ou ausente. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. A fêmea alimenta os filhotes sozinha nos primeiros 10 dias, depois recebe ajuda do macho. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 05 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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