Rosella Adscitus – Platycercus a. adscitus

Rosella Adscitus – Platycercus a. adscitus

Rosella Adscitus (Platycercus adscitus palliatus)
Rosella Adscitus (Platycercus adscitus palliatus)

Platycercus a. adscitus
(Latham 1790)

Inglês: Blue-cheeked Rosella
Português: Rosella Adscitus

Distribuição: Península de Cape York, Queensland, Austrália, fica sobreposta com a palliceps no Planalto de Atherton.

Descrição: A parte de cima da cabeça, a nuca e as penas que cobrem os ouvidos são amarelas claras, a parte superior das bochechas e a região das narinas são brancas, a parte mais baixa das bochechas e a região coberta pelas asas são azuis violetas, a parte superior do peito é amarelo claro, em muitos pássaros fica misturado com azul, a parte mais baixa do peito e o abdômen são azuis claros e dos lados são azuis esverdeados misturados com amarelo, as penas do peito e do abdômen tem um fino bordo escuro, as penas da nuca, das costas e do ombro são pretas e tem um bordo largo amarelo claro, tornando-se azul esverdeado claro nos ombros, a dobra da asa é azul violeta claro, a parte mais baixa das costas é azul esverdeada, as penas da região mais alta coberta pelo rabo tem um vistoso amarelo azulado e um fino bordo escuro, a região coberta pelo rabo é vermelha, as penas da parte mediana de cima do rabo são verdes com uma tonalidade cobre escura tornando-se azul escuro nas pontas, as penas externas do rabo são azuis claras com a base azul escuro e as pontas claras, o lado inferior do rabo é azul claro, o bico é cinza claro, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris é marrom escuro e os pés são cinzas escuros.

Comprimento: 30 cm.

Sub-espécies



Platycercus e. palliceps

Platycercus e. palliceps
(Mathews 1911)

Inglês: Pale-headed Rosella
Português: Rosella Adscitus palliceps

Distribuição: Nordeste da Nova Gales do Sul até Queensland, fica sobreposta com a adscitus no Planalto de Atherton.

Descrição: Semelhante a adscitus, mas a cabeça, as bochechas e a garganta são brancas, a parte de cima da cabeça, a nuca e as penas que cobrem os ouvidos são amarelas claras, o peito é azul variando para azul escuro entremeado com branco amarelado, todas as penas do peito e do abdômen tem um fino bordo escuro, as penas da nuca e das costas são pretas com bordo largo amarelo ouro, as penas do ombro são pretas com bordo azul esverdeado e com bordo largo amarelo, a parte mais baixa das costas e as penas da região mais alta coberta pelo rabo são verdes azuladas e todas as penas tem um bordo fino e escuro, o lado interno das asas tem uma faixa branca em ambos os sexos e é ligeiramente maior em tamanho.

Comprimento: 32 cm.

Nota: Na natureza os híbridos com a Platycercus eximius e a Platycercus elegans ocasionalmente acontecem. Tantos são os cruzamentos destas subespécies em cativeiro que espécimes puros, especialmente da adscitus são raramente achados, os criadores devem se preocupar em não fazer híbridos, principalmente porque não é tão difícil de diferenciá-las.

Mutação

Hábitat: Savanas com árvores, bosques abertos, gramados secos com algum bosque, áreas cultivadas, pastagens com árvores e árvores ao longo de cursos d´água, em algumas localidades podem ser encontradas em extremidades de florestas fechadas e pântanos com bosques, ocasionalmente também em parques ou jardins de cidades menores ou subúrbios.

Status: Geralmente comum, só é rara em algumas localidades.

Hábitos: Normalmente são vistos em pares ou grupos pequenos no chão, principalmente ao lado das estradas, barulhenta e facilmente distinguida durante o começo da manhã e a noite, voam de suas árvores de descanso para outras árvores chamando constantemente, estão frequentemente se alimentando no chão, são difíceis de se ver bem porque sua plumagem se camufla com grama quando os pássaros estão quietos, descansam em árvores altas de eucalipto durante as horas quentes do meio-dia, preferindo os galhos externos, ocasionalmente estão juntos com o Barnardius barnardi e o Aprosmictus erythropterus, só migram em áreas costeiras extremamente secas a procura de comida, seu vôo é rápido, ondulante, normalmente a baixa altura e intercalado com planeio, porém vôos mais longos são feitos a uma altura considerável, seus gritos de alarme são uma série de chamados estridentes semelhantes à da Platycercus eximius.

Características: As rosellas pertencem à subfamília Platycercus, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. As rosellas compreendem 07 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. São aves extremamente alegres que dão vida a qualquer viveiro, costumam imitar determinados sons e músicas. Podem ser criadas com outras espécies em um mesmo viveiro, são agressivas apenas com outras rosellas. Não suportam vento e nem muito frio. No período de mudança da fase jovem para adulta ficam muito sensíveis e se não forem bem cuidadas podem morrer. Ao importarmos uma rosella ou um outro psitacídeo australiano de um país europeu, essas aves sairão do local onde nasceram que é relativamente frio (aprox. 20º C) e seco (aprox. 18%), e irão entrar em contato com germes de um ambiente quente (aprox. 27º/ 28º C), e úmido (aprox. 70%), em apenas 01 ou 02 dias de viagem. Isso somado ao estresse do transporte, desde o criadouro da Europa até o importador no Brasil, fará com que fiquem debilitadas e com baixa imunidade. Psitacídeos australianos tão populares na Europa, aqui se tornam frágeis e susceptíveis a doenças infecciosas. No entanto, as nascidas no Brasil são bastante resistentes, pois já estão bem aclimatadas. São mais sensíveis que as outras espécies de Platycercus.

Dimorfismo: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas em média são menores, frequentemente a coloração das penas do peito e do abdômen são mais claras, costumam ter uma faixa branca na parte interna das asas e o bico também é menor.

Dieta natural: Principalmente sementes de grama e vegetais no solo, mas comem frutas, bagas, brotos, nozes, flores, néctar, insetos e suas larvas, ocasionalmente causam danos aos pomares e a áreas cultivadas.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de repolho, maçã, jiló e milho verde, chegam a comer ração de faisão.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É alcançada regularmente, não é tão difícil se o par for harmonioso. Costumam ser seletivos na escolha do par, então quando for possível, o ideal é formar o casal desde jovem, também evite viveiros adjacentes com outras espécies de Platycercus. O macho fica muito agressivo durante o período de criação. Em exibição de namoro os machos ficam com as asas ligeiramente abertas e jogadas para frente, as penas do peito ficam arrepiadas, a cabeça fica levantada e inclinada ligeiramente para trás ou lateralmente em movimentos de cima para baixo e de baixo para cima, ficam ainda com o rabo aberto e tudo isso acompanhado de uma espécie de “conversação” contínua. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro, pois embora não agridam outras aves são extremamente agressivas e territorialistas com as de sua espécie, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 02 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 03 a 05 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 26.2 x 21.4 mm.

Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 20 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes têm a plumagem mais fosca e frequentemente tem penas cinzas e vermelhas na cabeça, a faixa branca na parte interna das asas é mais clara, ganham a plumagem de adulto após 16 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 05 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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