Rosella Adelaide – Platycercus a. adelaidae

Rosella Adelaide – Platycercus a. adelaidae

Platycercus a. adelaidae (Gould 1840)

Inglês: Adelaide Rosella
Português: Rosella Adelaide

Distribuição: Sul da Austrália desde o extremo sul da Penísulda de Fleurieu em direção ao norte passando pelo Monte Lofty Ranges indo para Clare e Burra.

Descrição: Sua plumagem em geral vai desde o claro ao forte vermelho alaranjado, a testa, a região das narinas e a parte de cima da cabeça são vermelhas alaranjadas, os lados da cabeça e a nuca são amarelos alaranjados, as bochechas são azuis violetas, o abdômen e o peito são vermelhos alaranjados com manchas amarelas, a nuca e as costas são pretas e cada pena tem um bordo amarelo esverdeado e parcialmente entremeado com vermelho alaranjado, à parte mais baixa das costas é amarela esverdeada, as penas do ombro são pretas acinzentadas com um bordo largo vermelho alaranjado, a dobra da asa é azul bem vivo, a parte mediana de cima do rabo é azul violeta com a base verde escura, as penas exteriores do rabo são azuis escuras com o bordo azul claro e com as pontas mais claras, o lado inferior é azul claro, o bico é cinza, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris é marrom escuro e os pés são cinzas.

Comprimento: 35 cm.

Sub-espécies



Platycercus a. subadelaidae

Alisterus s. minor
(Mathews 1911)

Inglês: Smaller Australian King Parrot
Português: King Parrot Minor

Distribuição: Nordeste de Queensland.

Platycercus a. subadelaidae (Mathews 1912)

Inglês: Paler Adelaide Rosella
Português: Rosella Subadelaide

Distribuição: Sul da Austrália desde o norte de Gladstone até o sul de Flinder Ranges, estas subespécies estão separadas por 60 km.

Descrição: Semelhante a adelaidae, mas com muito menos vermelho alaranjado no peito e no abdômen e virtualmente sem a cor vermelha alaranjada nas penas das costas e na região coberta pelo rabo.

Comprimento: 35 cm.

Nota: Platycercus adelaidae é um híbrido natural da Platycercus elegans e a Platycercus flaveolus. É comum alguns autores agruparem os três tipos como uma única espécie, a Platycercus elegans, embora isto tenha um certo sentido, eu decidi usar a descrição que geralmente é aceita, a das três espécies.

Hábitat: Vales arborizados, bosques abertos, florestas de galeria ao longo de rios, savanas com árvores, áreas cultivadas e pomares, ocasionalmente também podem ser vistas em parques e jardins nos subúrbios de Adelaide.

Status: Comum, só é rara em alguns lugares.

Hábitos: Andam normalmente em pares ou grupos pequenos de 04 a 05 pássaros, os filhotes formam bandos nômades depois do período de criação, frequentemente são vistos se alimentando em árvores altas, no chão ou bebendo em poças d´água, migrações sazonais só acontecem em algumas localidades, seu vôo ondula com o vento, tem batidas de asas fortes entremeadas com fases planeio e acompanhados de gritos regulares, seu chamado de alarme é uma série de gritos estridentes, bem parecido com a da Platycercus elegans.

Características: As rosellas pertencem à subfamília Platycercus, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. As rosellas compreendem 07 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. São aves extremamente alegres que dão vida a qualquer viveiro, costumam imitar determinados sons e músicas. Podem ser criadas com outras espécies em um mesmo viveiro, são agressivas apenas com outras rosellas. Não suportam vento e nem muito frio. No período de mudança da fase jovem para adulta ficam muito sensíveis e se não forem bem cuidadas podem morrer. Ao importarmos uma rosella ou um outro psitacídeo australiano de um país europeu, essas aves sairão do local onde nasceram que é relativamente frio (aprox. 20º C) e seco (aprox. 18%), e irão entrar em contato com germes de um ambiente quente (aprox. 27º/ 28º C), e úmido (aprox. 70%), em apenas 01 ou 02 dias de viagem. Isso somado ao estresse do transporte, desde o criadouro da Europa até o importador no Brasil, fará com que fiquem debilitadas e com baixa imunidade. Psitacídeos australianos tão populares na Europa, aqui se tornam frágeis e susceptíveis a doenças infecciosas. No entanto, as nascidas no Brasil são bastante resistentes, pois já estão bem aclimatadas.

Dimorfismo: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas em média são menores e frequentemente são mais laranjas, tem o bico menor e a faixa branca na parte interna da asa está ocasionalmente presente.

Dieta natural: Principalmente sementes de grama, de arbustos e árvores, especialmente eucalipto e vegetais no solo, mas comem frutas, bagas, brotos, nozes, flores, néctar, insetos e suas larvas, costumam causar danos a pomares de cereja e ocasionalmente a campos de grãos.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de repolho, maçã, jiló e milho verde, chegam a comer ração de faisão.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É alcançada regularmente, apesar da população ser pequena. Em exibição de namoro os machos ficam com as asas ligeiramente abertas e jogadas para frente, as penas do peito ficam arrepiadas, a cabeça fica levantada e inclinada ligeiramente para trás ou lateralmente em movimentos de cima para baixo e de baixo para cima, ficam ainda com o rabo aberto e tudo isso acompanhado de uma espécie de “conversação” contínua. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro, pois embora não agridam outras aves são extremamente agressivas e territorialistas com as de sua espécie, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 03 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 04 a 05 ovos, só excepcionalmente podem chegar a 07, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 28.3 x 24.1 mm.

Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições e costumam forrá-los com pedaços pequenos de madeira que estejam se deteriorando. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 20 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes têm o corpo quase todo verde, com exceção da testa, à parte de cima da cabeça, a parte superior da bochecha, a garganta, a parte superior do peito, as coxas e a região coberta pelo rabo que são vermelhos alaranjados, possuem uma faixa clara na parte interna das asas e a sua plumagem de adulto só é conseguida aos 16 meses. Os filhotes se reúnem em bandos 04 a 05 semanas após deixar o ninho. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 06 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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