Regente – Polytelis a. anthopeplus

Regente – Polytelis a. anthopeplus

Polytelis a. anthopeplus
(Lear 1831)

Inglês: Regent Parrot, Rock Pebbler
Português: Regente

Distribuição: Interior do sudeste da Austrália.

Descrição: Sua plumagem em geral é amarela, as costas são verdes azeitona, possui uma faixa vermelha larga na parte externa mais baixa das asas, as penas primárias e o rabo são pretas azuladas, o bico é avermelhado, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, a íris é marrom alaranjada e os pés são cinzas.

Comprimento: 40 cm.

Sub-espécies



Polytelis a. westralis

Polytelis a. westralis
(Matthews 1915)

Inglês: Western Rock Pebbler
Português: Regente

Distribuição: Sudoeste da Austrália.

Descrição: Semelhante a anthopeplus, mas a cabeça e o peito são ligeiramente mais escuros e em média é ligeiramente menor.

Comprimento: 38 cm.

Nota: A justificativa desta subespécie ainda não é totalmente aceita.

Mutação Lutino

Hábitat: Florestas de eucalipto ao longo de cursos d’água, savanas com árvores e provisão regular de água.

Status: Razoavelmente comum em algumas localidades.

Hábitos: Andam normalmente em pares ou grupos pequenos, ocasionalmente podem ser vistos bandos de até 300 pássaros. Em setembro, no começo da estação reprodutiva é comum formarem bandos pequenos de machos. Costumam se empoleirar em árvores altas ao longo de rios, buscam água de manhã e então voam para se alimentar no chão, descansam durante horas quentes do meio-dia na sombra da copa das árvores ou em arbustos, onde permitem aproximação e então novamente voam para se alimentar no chão em silêncio de sementes de grama. Fazem migrações ocasionais, seu vôo é rápido e reto, sendo acompanhado por um chamado contínuo, vôos longos são feitos a uma altura considerável do solo.

Características: Este periquito asiático de elegantes proporções e belas cores faz parte da família das polytelis. São monogâmicas, bastante pacatas, de fácil identificação, convivem bem com outras aves de menor porte. São suscetíveis a infecções de olho e problemas nos pés, tendo como causas principais o medo e o stress. Costumam ser particularmente ativos no começo da manhã e ao entardecer.

Dimorfismo: As fêmeas são basicamente verdes, possuem apenas uma pequena faixa vermelha nas asas, o rabo é verde azulado escuro, tendo as pontas das penas do lado interno do rabo rosas.

Dieta natural: Sementes, principalmente sementes de grama, mas comem frutas, bagas, nozes, brotos, flores, néctar, provavelmente também insetos e suas larvas, ocasionalmente visitam plantações de grãos e pomares.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de repolho, maçã, jiló e milho verde, chegam a comer ração de faisão.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É alcançada regularmente. Em exibição de namoro os machos ficam em uma posição vertical com as penas da cabeça levantadas, movem a cabeça de um lado para o outro e ficam com o rabo aberto, tudo isso acompanhado depois pela contração e dilatação das pupilas das fêmeas. A criação em colônia é bastante viável em viveiros grandes, mas resultados melhores são conseguidos com um casal por viveiro, mas colocando o maior número de casais próximos, pois isso estimula a reprodução. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: As fêmeas muitas das vezes amadurecem no 01 ano e os machos normalmente no 02 ano.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 04 a 07 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 31.0 x 23.4 mm.

Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições, costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira que estejam se deteriorando. Na natureza fazem seus ninhos em buracos de árvores altas ou galhos (preferem eucaliptos) ao longo de rios e ocasionalmente podem chegar a 05 m profundidade. Em cativeiro, troncos de árvores ocas e caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 21 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes às fêmeas. Os machos jovens atingem a sua plumagem de adulto de 13 a 18 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 06 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um “pet” como um loris ou uma cacatua, mas fica bem manso e para isso é preciso retirá-lo do ninho com 15 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 06 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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