Port Lincoln – Barnardius z. zonarius
Barnardius z. zonarius
(Shaw 1805)
Inglês: Port Lincoln Parrot
Português: Port Lincoln
Distribuição: Interior do centro e centro sul do oeste da Austrália até o centro e áreas do sudeste do oeste da Austrália.
Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a cabeça é preto fosco com as bochechas azuis, alguns pássaros tem uma faixa vermelha estreita na testa, possui uma faixa amarela na nuca. Na parte mais baixa das costas, na região mais alta coberta pelas do rabo e na parte mais baixa da asa é verde azulada, a asa é verde amarelada, a garganta e o peito são verdes azulados, o abdômen é amarelo ficando amarelo esverdeado na parte mais baixa, as penas medianas da parte de cima do rabo são verdes acastanhadas com as pontas azuis, as laterais são azuis com as pontas claras, o bico é cinza da cor de chifre, o anel ao redor dos olhos é estreito e cinza, a íris é marrom escuro e os pés são cinzas.
Comprimento: 37 cm.
Sub-espécies
Barnardius z. semitorquatus
Barnardius z. semitorquatus
(Quoy and Gaimard 1830)
Inglês: Twenty-eight Parrot
Português: Port Lincoln Semitorquatus
Distribuição: Sudoeste da Austrália.
Descrição: Semelhante ao zonarius, mas com a testa vermelha, o abdômen é verde, é maior em tamanho e o bico é mais forte e mais largo.
Comprimento: 40 cm.
Barnardius z. occidentalis
Barnardius z. occidentalis
(North 1893)
Inglês: Paler Port Lincoln Parrot
Português: Port Lincoln Occidentalis
Distribuição: Norte da parte central do oeste da Austrália desde o sul de Pilbara até Wiluna e o Rio Murchison.
Descrição: Semelhante ao zonarius, mas geralmente é mais claro. A cabeça é preta acinzentada, as bochechas e a região dos ouvidos são azuladas, o abdômen e a região coberta pelas penas do rabo são amarelos claros, além de ser menor em tamanho.
Comprimento: 35 cm.
Hábitat: Várias áreas como: florestas de litoral, bosques abertos, árvores ao longo de cursos d’água, pastagens, áreas residenciais, ao lado de estradas, em campos, pomares, parques e jardins.
Status: Razoavelmente comum, em algumas localidades é até mesmo numeroso.
Hábitos: Andam normalmente aos pares ou grupos pequenos. Costuma ser acessível, se alimenta normalmente no chão, mas também em árvores e arbustos. São facilmente distinguidos por causa do seu barulho. Frequentemente ainda fica ativo depois do pôr-do-sol, se transtornado sai voando e guinchando até a próxima árvore. São sedentários no sul, no norte, o clima determina a migração. Seu vôo é rápido e ondulante, com um chamado contínuo. Quando voam de árvore para árvore, o fazem perto do chão, antes de planar até um galho mais alto. Seu chamado é semelhante ao som em inglês “twenty-eight” (vinte e oito) e seu chamado de alarme é metálico.
Características: Os zonarius pertencem à subfamília Barnardius, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. Eles compreendem 02 espécies dentro de aproximadamente 06 gêneros. São aves extremamente alegres que dão vida a qualquer viveiro, embora durante a fase de aclimatação sejam tímidos e nervosos, costumam imitar determinados sons e músicas. Não devem ser criadas com outras espécies em um mesmo viveiro, pois são agressivos. É uma ave que como muitos outros periquitos australianos é frequentemente vista no solo, gostam de escavar e comer ervas, mastigando-as para lhes extrair o sumo. Para que suas aves vivam melhores é conveniente não lhes tirar esse prazer, nem que seja colocando um tabuleiro onde se plantaram algumas sementes ou mesmo relva de gato. Não suportam vento e nem muito frio. No período de mudança da fase jovem para adulta ficam muito sensíveis e se não forem bem cuidadas podem morrer. Ao importarmos uma rosella ou um outro psitacídeo australiano de um país europeu, essas aves sairão do local onde nasceram que é relativamente frio (aprox. 20º C) e seco (aprox. 18%), e irão entrar em contato com germes de um ambiente quente (aprox. 27º/ 28º C), e úmido (aprox. 70%), em apenas 01 ou 02 dias de viagem. Isso somado ao estresse do transporte, desde o criadouro da Europa até o importador no Brasil, fará com que fiquem debilitadas e com baixa imunidade. Psitacídeos australianos tão populares na Europa, aqui se tornam frágeis e susceptíveis a doenças infecciosas. No entanto, as nascidas no Brasil são bastante resistentes, pois já estão bem aclimatadas.
Dimorfismo:
Barnardius z. zonarius: As fêmeas tem a plumagem ligeiramente mais clara, a cabeça é preta acastanhada e possuem uma faixa clara que normalmente é visível de debaixo da asa. Barnardius z. semitorquatus: As fêmeas tem a plumagem ligeiramente mais clara, a cabeça é preta acastanhada e na testa a faixa vermelha normalmente é mais estreita. Barnardius z. occidentalis: As fêmeas são idênticas aos machos.
Dieta natural: Principalmente sementes de grama e vegetais no solo, mas comem frutas, bagas, brotos, nozes, flores, insetos e suas larvas.
Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes (cenoura) e frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de repolho, jiló e milho verde.
Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.
Reprodução: É alcançada regularmente, mas não é sempre fácil. É importante que o casal seja harmonioso, e para maior possibilidade de sucesso, devem ser apresentados quando ainda jovens. Em exibição de namoro os machos ficam com as asas ligeiramente abertas e jogadas para frente, as penas do peito ficam arrepiadas, a cabeça fica levantada e inclinada ligeiramente para trás ou lateralmente em movimentos de cima para baixo e de baixo para cima, ficam ainda com o rabo aberto e tudo isso acompanhado de uma espécie de “conversação” contínua. O macho costuma ficar agressivo neste período e frequentemente persegue a fêmea. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro e de preferência sem casais de sua espécie ou de platycercus próximos. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Amadurecimento sexual: 02 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 03 a 06 ovos, podendo chegar a 08 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede: Barnardius z. zonarius (31.7 x 25 mm), Barnardius z. semitorquatus (1.21 x 0.98 ins) e Barnardius z. occidentalis (30.7 x 24.8 mm).
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos principalmente em buracos ou em galhos ocos de árvores de eucalipto e os forram com pequenos pedaços de madeira apodrecida. Em cativeiro, aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.
Tempo de incubação: 21 dias.
Temperatura de incubação: 37,5º C.
Umidade: 45 a 50%.
Filhotes: Os filhotes tem a plumagem mais fosca, a cabeça é castanha, a faixa do colarinho é mais estreita, a faixa clara por dentro das asas é normalmente vista em fêmeas jovens, diferenciando-se dos machos que normalmente está ausente. A coloração de adulto é atingida aos 12 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Tamanho da anilha: 07 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.