Periquito Swift – Lathamus discolor

Periquito Swift – Lathamus discolor

Lathamus discolor
(White 1790)

Inglês: Swift Parrot
Português: Periquito Swift

Distribuição: Tasmânia e as maiores ilhas do Estreito de Bass, sudeste da Austrália desde o sudeste Queensland passando pelo leste da Nova Gales do Sul até Victoria e sudeste da Austrália do Sul.

Descrição: Sua plumagem geral é verde, o peito e o abdômen são verdes ligeiramente mais claros e em alguns pássaros são entremeados com pequenas penas vermelhas. A região das narinas, a testa, a garganta, as partes mais externas das bochechas, a dobra das asas e a região coberta pelas asas são vermelhas, as penas das bochechas e da garganta têm um bordo amarelo, as penas que cobrem os ouvidos são de cor turquesa, à parte de cima da cabeça é azul escuro, a região coberta pelo rabo é vermelha com as pontas amarelas ou amarelas esverdeado e estreitas. O meio da parte externa da asa é azul esverdeado, a parte externa das penas primárias é roxa com um bordo amarelo muito estreito, à parte de cima das penas centrais do rabo são vermelhas acastanhadas com as pontas azuis escuras, a parte externa das penas laterais do rabo são azuis escuras com nuances de vermelho acastanhado, o lado inferior do rabo é cinza, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, a íris é laranja, os pés são cinzas claros acastanhados e o bico é cinza acastanhado.

Comprimento: 25 cm.

Hábitat: Virtualmente todas áreas com árvores, preferem áreas abertas com árvores com flor ou com frutas. Ocasionalmente em pomares, jardins e parques.

Status: Normalmente é bastante raro no continente australiano, mas em determinadas épocas fica de comum a muito comum em algumas localidades. Na Tasmânia é bastante comum durante os meses de verão.

Hábitos: São nômades. Podem ser vistos em grupos pequenos ou bandos bastante grandes fora da época reprodutiva quando estão se alimentando e lá permitem aproximação. Preferem as copas das árvores e são muito ativos, constantemente escalam ao redor dos galhos e lá são difíceis de serem avistados por causa de seu tamanho, que é pequeno e sua plumagem verde. Gostam quando os eucaliptos estão florescendo, onde agrupamentos grandes podem ser visualizados. Frequentemente estão juntos com loris pequenos. Fazem migrações sazonais, chegando em setembro na Tasmânia para reproduzir, voltando ao continente em março ou abril. Seu vôo é rápido, mas irregular e acompanhado por chamadas metálicas que são repetidas rapidamente.

Características: Este periquito de cores contrastantes, não possui subespécies, é único e faz parte da família dos Psitacídeos. São bastante resistentes depois de aclimatados. Possuem uma voz melódica agradável. Tem desaparecido de seu habitat natural devido ao desmatamento e a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de psitacídeos, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Psitacídeos são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir.

A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.

Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.

Dimorfismo: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas geralmente com plumagem mais fosca. Possui uma faixa na parte interna da asa. Muitas fêmeas têm a íris amarela acastanhada. A determinação do sexo em alguns pássaros é muito difícil, logo se recomenda o exame por DNA.

Dieta natural: Sementes, pólen, néctar, baga, frutas (especialmente figos), legumes, verduras, flores (especialmente de eucalipto), larvas, insetos e brotos.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas como: maçã, uva, figo, pêssego (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de milho verde e amendoim, chegam a comer ração de faisão.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É regularmente alcançado e não é difícil. O sistema de colônia é possível, mas não é recomendado, frequentemente alguns casais destroem os ninhos de outros pássaros. Para diminuir isso, sempre proveja mais ninhos que casais. O melhor é manter apenas um casal por viveiro. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 02 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 03 a 05 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 24.7 x 20.3 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em árvores altas de eucalipto, próximos a cursos d’água, geralmente entre 07 m e 20 m do chão e são forrados com pequenos pedaços de madeira. Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições em cativeiro, mas coloque-o em um canto escuro, pois é de suma importância. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 19 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes às fêmeas, mas com a plumagem mais fosca, a faixa nas asas é sempre presente e sua íris é marrom. A plumagem de adulto é conseguida provavelmente aos 14 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 09 a 10 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 04 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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