Periquito do Paraíso – Psephotus pulcherrimus

Periquito do Paraíso – Psephotus pulcherrimus

Psephotus pulcherrimus
(Gould 1845)

Inglês: Paradise Parrot
Português: Periquito do Paraíso

Distribuição: Parte central e sul de Queensland e norte da Nova Gales do Sul, Austrália.

Descrição: Sua testa é vermelha, a região ocular é verde amarelada, as bochechas, a garganta e o peito são verdes esmeralda, os lados do corpo são turquesa, à parte de cima da cabeça e a nuca são pretas, as costas e as penas primárias são marrons esverdeadas, o centro do abdômen, debaixo do rabo e as coxas são vermelhos, a dobra da asa e a parte mais baixa das costas são azuis, as penas medianas da parte de cima do rabo são verdes acastanhadas com as pontas pretas azuladas, as penas laterais do rabo são azuis esverdeadas com as pontas azuis claras, à parte de baixo do rabo é azul claro, o bico é cinza, o anel ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris é marrom e seus pés são marrons acinzentados.

Comprimento: 27 cm.

Hábitat: Bosques abertos e savanas com árvores, especialmente em vales de rios largos.

Status: Possivelmente extinto, sempre foi raro. Existem rumores de que alguns exemplares são mantidos por criadores australianos, mas nunca foi confirmado. Em 1990 foi informado que 05 pássaros haviam sido observados por um período de 08 semanas, mas a última vista realmente confirmada foi no dia 14 de setembro de 1927 por C. H. Jerrard na parte superior do rio Burnett.

Hábitos: Andam normalmente em pares ou grupos pequenos de família, permitem aproximação até poucos metros, voam ao entardecer e no começo da manhã para beber em poças d’água ou rios, se alimentam no chão, se transtornados dão o seu grito de alarme e voam uma pequena distância e depois descem novamente para o chão, seu vôo é ligeiramente ondulante com planeio, seu chamado é um assobio macio e curto.

Características: Este periquito asiático de elegantes proporções e belas cores faz parte da espécie dos Psephotus. Periquito ativo, com som melódico, frequentemente tímido. Os pássaros que foram introduzidos na Europa se tornaram muito sensíveis e morreram depois de um curto intervalo, os que ficaram na Austrália adquiriram uma boa resistência. São extremamente agressivos e por isso não podem ser colocados com outros pássaros. Gostam de frequentar e se alimentar no chão.

Dimorfismo: As fêmeas tem a testa marrom amarelada, os lados da cabeça, a garganta, o peito e os lados de pescoço são amarelos acastanhados e foscos, as penas tem as pontas laranja acastanhadas, o abdômen e na região coberta pelo rabo são azuis com pouco de vermelho nas penas do abdômen, a parte mais baixa das costas e a anca são azuis turquesa claro, a extremidade da asa, a região coberta pelas asas e as penas primárias são azuis acinzentadas, possui ainda uma faixa clara na parte interna das asas.

Dieta natural: Seu alimento são quase que exclusivamente sementes de grama, que são primeiro derrubados no chão para depois serem consumidas, provavelmente também insetos e suas larvas.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, milho alvo de diversos tipos e etc.).

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: Já fora alegado ter sido reproduzido em cativeiro, mas não existem provas concretas. Sabe-se que na natureza o calor do sol ajuda no choco e que apenas a fêmea tem participação, embora o macho entre e saia do ninho rapidamente.

Amadurecimento sexual: As fêmeas muitas das vezes amadurecem no 01 ano e os machos normalmente no 02 ano.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 03 a 05 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 21.2 x 17.6 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em buracos nos montículos de térmita ou bancos de areia, sendo à entrada do ninho normalmente pela parte mais baixa, em um caso a 23cm da câmara central que tem aproximadamente de 38 a 45 cm de diâmetro e 20 cm de altura, o túnel que vai da entrada até a câmara é circular e tem normalmente 04 cm de diâmetro. Em cativeiro, o melhor formato é o horizontal, pois é o que mais se assemelha ao natural. Deverá ser forrado de areia.

Tempo de incubação: 21 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes às fêmeas, porém nos machos jovens as bochechas e o peito são verdes esmeralda, à parte de cima da cabeça e a nuca são mais escuros, assim como o vermelho das asas também é mais escuro, possui ainda uma faixa debaixo das asas e o bico é mais amarelado. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 04 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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