Papagaio Vittata – Amazona v. vittata

Papagaio Vittata – Amazona v. vittata

Amazona v. vittata
(Boddaert 1783)

Inglês: Puerto Rican Amazon
Português: 
Papagaio Vittata

Distribuição: Porto Rico. Antigamente possivelmente também na ilha de Vieques.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, o peito e o abdômen são verdes amarelados. A cabeça, o peito, a nuca, as costas e algumas penas do abdômen têm um bordo preto, a testa e região das narinas são vermelhas, o abdômen em alguns pássaros tem uma cor avermelhada, as penas primárias são azuis escuras, a parte externa das penas secundárias são azuis com um bordo verde, a região coberta pelo rabo é verde amarelada, o lado interno das penas de vôo são verdes azuladas, a parte de cima das penas do rabo são verdes com as pontas verdes amareladas, as penas laterais do rabo tem a base vermelha, o círculo ao redor dos olhos é branco, o bico é cinza da cor de chifre, a íris é marrom e os pés são cor de rosa.

Comprimento: 29 cm.

Sub-espécies



Amazona v. gracilipes

Amazona v. gracilipes
(Ridgway 1915)

Inglês: Culebra Island Amazon
Português: 
Papagaio Vittata

Distribuição: Antigamente na ilha de Culebra, leste de Porto Rico, ficou extinto neste século.

Descrição: Semelhante ao vittata, mas com pés menores, mais esbelto e geralmente menor em tamanho.

Comprimento: 25 cm.

Hábitat: Originariamente era encontrado em quase todas as partes de Porto Rico, hoje está restrito as Montanhas de Luquillo, uma área de cerca de 114 Km².

Status: Está em extremo perigo de extinção. Sua população selvagem é de aproximadamente 50 pássaros e de 30 a 40 em cativeiro. As causas principais do declínio de sua população são: a caça indiscriminada, furacões, a captura para o comércio, a competição de outros pássaros e a falta de locais para ninhos satisfatórios. Hoje são protegidos e estão sob observação contínua.

Hábitos: Hoje podem ser vistos principalmente em pares ou grupos pequenos. Antigamente bandos de várias centenas de pássaros podiam ser avistados. Os casais ficam juntos dentro do bando. Normalmente em vôo não se afastam mais do que 2 m. Tem hábitos regulares e se alimentam perto do local de descanso durante uma hora depois do amanhecer, fazem vôos de orientação curtos durante este período e guincham ruidosamente. Preferem empoleirar em galhos proeminentes, com uma boa visão global, então voam com outros casais para se alimentar no chão. Alimentam-se entre 06h e 09h da manhã e 16h e 19h da tarde. Costumam ser quietos e imperceptíveis quando estão comendo. Descansam entre 10h da manhã e 15h. Os casais limpam as penas mutuamente antes de dormir. Depois das 19h voam diretamente para os locais de descanso. Voam entre os galhos das árvores antes de estabelecer o poleiro para dormir. Seu vôo é rápido e com batidas de asas poderosas, a cor azul das penas aparece bem durante o vôo. Seu chamado é um guincho rouco.

Características: Pertencente à família psittacidae e há 02 subespécies. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. De temperamento quieto, gostam de tomar banho e são barulhentos, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. São mais sensíveis que outras espécies de amazonas e aparentemente mais difíceis de aclimar.
Tem desaparecido de seu habitat natural devido a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, no estado selvagem não toleram a sua presença e a sua aproximação. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress.
A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.
Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.

Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são praticamente idênticos, mas as fêmeas normalmente são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.

Dieta natural: Frutas, bagas, sementes, nozes, flores e brotos. Alimentam-se na época reprodutiva principalmente de Prestoea Montana (fruto de palmeira), além das frutas.
Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc…), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo (03) vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Precisam de uma quantidade maior de vitamina C que outros papagaios, principalmente nos períodos de aclimatação e de épocas de muita chuva, pois são muito sensíveis a resfriados. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.

Período de reprodução: De setembro a dezembro.

Reprodução: Foi alcançada poucas vezes. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Em cativeiro tenta-se manter uma iluminação regular, semelhante a natural. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 40 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 04 ovos, normalmente 03, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até 02 posturas por ano. O ovo mede 35.7 x 28.7 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos de árvores altas e muitas vezes mortas (Cyrilla racemiflora), usando o mesmo buraco todos os anos. Esta espécie de árvore, que é grossa, é encontrada nas áreas mais altas das Montanhas de Luquillo. Antigamente outras espécies de árvores eram usadas nas planícies, assim como precipícios de pedra calcária no noroeste de Porto Rico. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.

Tempo de incubação: 25 a 27 dias.

Filhote

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com o vermelho da testa mais claro e menos extenso, a parte superior do bico com manchas acinzentadas e a íris escura. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2×1, 5×1 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: 09 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



Translate »