Papagaio Vasa Pequeno – Coracopsis n. nigra

Papagaio Vasa Pequeno – Coracopsis n. nigra

Coracopsis n. nigra
(Linné 1758)

Inglês: Lesser Vasa Parrot, Black Parrot
Português: 
Papagaio Vasa Pequeno

Distribuição: Leste de Madagascar. Sobrepõe o Coracopsis n. lips no noroeste e no sudoeste de Madagascar.

Descrição: Sua plumagem em geral é marrom escuro, possuindo marcas variáveis de cor cinza na região coberta pelo rabo. A parte externa das penas primárias são cinzas, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, a íris é marrom escuro, os pés são cinzas e o bico é negro.

Comprimento: 35 cm e de asa 215 a 255 mm.

Sub-espécies



Coracopsis n. lips

Coracopsis n. lips
(Bangs 1927)

Inglês: Bangs Black Parrot
Português: 
Papagaio Vasa Lips

Distribuição: Áreas secas do oeste de Madagascar. Sobrepõe com o nigra no noroeste e no sudoeste da ilha.

Descrição: Semelhante ao nigra, mas com plumagem mais clara, o peito e o abdômen são mais castanhos e as costas são mais acinzentadas.

Comprimento: 35 cm e de asa 229 a 260 mm.



Coracopsis n. sibilans

Coracopsis n. sibilans
(Milne-Edwards e Oustalet 1885)

Inglês: Lesser Comoro Vasa Parrot
Português: 
Papagaio Vasa Sibilans

Distribuição: Ilhas de Komoro, Ngazidja e Ndzuwani.

Descrição: Semelhante ao nigra, mas geralmente com a plumagem castanha mais clara, a parte externa das penas primárias é castanha, o bico parece mais escuro que de outras subespécies por causa do contraste com plumagem marrom e é menor.

Comprimento: 30 cm e de asa 185 a 195 mm.



Coracopsis n. barklyi

Coracopsis n. barklyi
(E. Newton 1867)

Inglês: Praslin Parrot
Português: 
Papagaio Vasa Barkyi

Distribuição: Praslin, uma das ilhas de Seicheles.

Descrição: Semelhante ao sibilans, mas a parte externa das penas primárias tem uma cor azul acinzentada, possui manchas castanhas claras na cabeça, o bico é cinza acastanhado e é menor que o nigra.

Comprimento: 30 cm e de asa 175 a 205 mm.

Hábitat: Áreas de bosque, savanas com árvores, áreas cultivadas e plantações até 1.000 m.

Status: Nigra, libs e sibilans são comuns, barklyi está em perigo extremo de extinção, sua população está entre 60 e 70 pássaros. Os principais motivos são a perda de hábitat, a falta de locais para ninho, no passado, à caça e a disputa por ninhos.

Hábitos: Andam em grupos pequenos fora da estação reprodutiva. São principalmente avistados voando ou em galhos sem folhas nas copas das árvores. São ruidosos, não são tímidos e ficam ativos em noites enluaradas. Se perturbados, escalam frequentemente os galhos mais altos ou se escondem na folhagem, em vez de voar. Seu vôo é gracioso, entremeado com batidas fortes, rítmicas e com fases de planeio. Seu chamado é semelhante a um assobio melódico.

Características: Por sua cor predominante ser marrom, quase negro, faz com que se torne um papagaio bastante diferente dos demais. Pertencente à família psittacidae e há 04 subespécies. Como papagaio é tão importante ou mais que o Coracopsis Vasa em Madagascar. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. De temperamento quieto, gostam de tomar banho, frequentam bastante o chão e são barulhentos, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Ocasionalmente são suscetíveis durante o período de aclimatização. Podem ser mantidos em colônia, desde que em viveiros grandes.

Tem desaparecido de seu habitat natural devido a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, no estado selvagem não toleram a sua presença e a sua aproximação. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress.

A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.

Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.

Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são praticamente idênticos, mas as fêmeas de um modo geral são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.

Dieta natural: Várias sementes, frutas (particularmente manga, goiaba e figo), bagas e flores se forem achadas nas árvores. Ocasionalmente alimentam-se em plantações de cacau e banana, onde causam um dano considerável.

Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc…), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo (03) vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.

Período de reprodução: De setembro a dezembro.

Reprodução: É ocasionalmente alcançada. Pode ser criado em colônia, mas não é recomendável. O melhor é isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Durante esta fase ficam com o bico e o círculo ao redor dos olhos mais claros e a fêmea não perde as penas da cabeça como o Coracopsis Vasa. No macho o bico começa a ficar escuro depois que o filhote nasce e na fêmea quando os filhotes deixam o ninho. Costumam ficar com as genitais inchadas quando estão namorando ou copulando. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 04 ovos. Ocasionalmente poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 35.8 x 26.4 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos (normalmente bem profundos, até 3,6 m) nos ocos de árvores altas ou palmeiras e muitas vezes mortas, usando o mesmo buraco todos os anos. Já fora observado vários ninhos na mesma árvore. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.

Tempo de incubação: 18 dias.

Filhote

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com o bico claro. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 35 a 42 dias e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 3×1, 5×1 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: 09 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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