Papagaio Vasa – Coracopsis v. vasa

Papagaio Vasa – Coracopsis v. vasa

Coracopsis v. vasa
(Shaw 1812)

Inglês: Greater Vasa Parrot
Português: 
Papagaio Vasa

Distribuição: Leste de Madagascar, possivelmente foi introduzido em Réunion. Divide áreas com drouhardi.

Descrição: Sua plumagem em geral é preta acastanhada, as costas tem uma cor cinza mais clara, a região coberta pelo rabo é cinza com a cor preta de extensão variável. Possui no centro do rabo uma faixa escura, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, a íris é marrom escuro, os pés são cinzas, o bico é cinza, tornando-se cinza claro após a muda.

Comprimento: 50 cm e de asa 299 a 322 mm.

Sub-espécies



Coracopsis v. drouhardi

Coracopsis v. drouhardi
(Lavauden 1929)

Inglês: Western Vasa Parrot
Português: 
Papagaio Vasa Drouhardi

Distribuição: Oeste de Madagascar, divide áreas com o vasa no noroeste e sudoeste da ilha.

Descrição: Semelhante ao vasa, mas geralmente com a plumagem mais clara. Abdômen mais claro, a região coberta pelo rabo é branca e é menor.

Comprimento: 45 cm e de asa 275 a 299 mm.



Alisterus s. minor

Coracopsis v. comorensis
(Peters 1854)

Inglês: Comoro Vasa Parrot
Português: 
Papagaio Vasa Comorensis

Distribuição: Ilhas de Comoro, Grande Comoro, Moheli e Anjouan.

Descrição: Semelhante ao vasa, mas com a plumagem mais clara, a região coberta pelo rabo é marrom e é menor.

Comprimento: 45 cm e de asa 256 a 295 mm.

Hábitat: Áreas arborizadas e savanas com árvores, áreas cultivadas e plantações até 1.000 m.

Status: Comum.

Hábitos: Andam em grupos pequenos fora da estação reprodutiva. Grandes agrupamentos podem ser vistos se alimentando em árvores. Em árvores de descanso podem ser visualizadas mais de 200 aves. São ruidosos, não são tímidos e seu vôo é feito principalmente no alto em galhos sem folhas nas copas das árvores. Além disso, dá a impressão de ser laborioso, agitando as asas, gritando de felicidade. Costumam estar ativos em noites enluaradas. Ocasionalmente estão em bandos misturados com estorninhos e bulbuls. Seu chamado é dissilábico ou melodioso durante a estação reprodutiva.

Características: Por sua cor predominante ser marrom, quase negro, faz com que se torne um papagaio bastante diferente dos demais. Pertencente à família psittacidae e há 03 subespécies. É o papagaio mais importante de Madagascar. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. De temperamento quieto, gostam de tomar banho, frequentam bastante o chão e são barulhentos, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Ocasionalmente são suscetíveis durante o período de aclimatização. Podem ser mantidos em colônia, desde que em viveiros grandes.
Tem desaparecido de seu habitat natural devido a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, no estado selvagem não toleram a sua presença e a sua aproximação. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos, sempre que possível, colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress.
A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.
Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.

Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são praticamente idênticos, mas as fêmeas de um modo geral são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.

Dieta natural: Frutas, bagas, sementes e nozes. Regularmente alimentam-se em plantações de milho, onde causam um dano considerável. Comem menos frutas que o Coracopsis nigra.

Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc…), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo (03) vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.

Período de reprodução: De setembro a dezembro.

Reprodução: É ocasionalmente alcançada. Pode ser criado em colônia, mas não é recomendável. O melhor é isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Durante esta fase ficam com o bico e o círculo ao redor dos olhos mais claros e a fêmea perde as penas da cabeça, mostrando a pele amarela 03 a 04 semanas antes de começar a chocar. No macho o bico começa a ficar escuro depois que o filhote nasce e na fêmea quando os filhotes deixam o ninho. Costumam ficar com as genitais inchadas quando estão namorando ou copulando. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 05 ovos. Ocasionalmente poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 46.2 x 34.2 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos (normalmente bem profundos) nos ocos de árvores altas ou palmeiras e muitas vezes mortas, usando o mesmo buraco todos os anos. Já fora observado vários ninhos na mesma árvore. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.

Tempo de incubação: 25 dias.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem mais castanha, bico cinzento e a íris preta. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 3×1, 5×1 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: 12 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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