Papagaio Farinosa – Amazona f. farinosa

Papagaio Farinosa – Amazona f. farinosa

Amazona f. farinosa
(Boddaert 1783)

Inglês: Mealy Amazon
Português: Papagaio Farinosa

Distribuição: Guiana, Suriname, Guiana francesa, sul da Venezuela, Bolívia, Brasil (Amazonas), sudeste da Colômbia ao sul da província de Vaupés, passando pela bacia do Amazonas indo até o leste de São Paulo. Sobrepõe a chapmani no norte da Bolívia.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, as penas atrás da cabeça e da nuca são verdes foscas com um bordo largo violeta acinzentado e com as pontas enegrecidas, a parte de cima da cabeça tem uma mancha amarela de tamanho variado. Sendo completamente ausente em alguns pássaros ou reduzido a penas espalhadas em outros. A dobra da asa é amarelo avermelhado, mas às vezes pode ser amarelo esverdeado, a parte superior e a região coberta pelo rabo são verdes amareladas, as penas primárias e secundárias são verdes com as pontas azuis violetas. Possuem de 04 a 05 penas secundárias vermelhas pela parte externa, o rabo é verde com a ponta amarela esverdeada, as penas laterais do rabo ocasionalmente podem ter marcações vermelhas, o círculo ao redor dos olhos é branco, o bico é cinza escuro com base mais clara, sua íris vai de vermelha acastanhada a vermelho e seus pés são cinzas.

Comprimento: 38 cm e de asa 220 a 252 mm.

Sub-espécies



Amazona f. chapmani

Amazona f. chapmani
(Traylor 1948)

Inglês: Chapmans Mealy Amazon
Português: 
Papagaio Farinosa

Distribuição: Nordeste da Bolívia passando pelo norte do Peru e o leste do Equador até o sudeste da Colômbia.

Descrição: Semelhante ao farinosa, mas normalmente sem ou com muito poucas penas amarelas na cabeça, em média é ligeiramente mais escuro e maior em tamanho.

Comprimento: 42 cm e de asa 255 a 280 mm.



Amazona f. inornata

AlAmazona f. inornata
(Salvadori 1891)

Inglês: Plain-coloured Mealy Amazon
Português: 
Papagaio Farinosa

Distribuição: Panamá ao leste da província de Veraguas até o noroeste da Venezuela, oeste dos Andes passando pelo noroeste da Colômbia até o noroeste do Equador, leste dos Andes passando por Meta, lesta da Colômbia até o Amazonas e Venezuela.

Descrição: Semelhante ao farinosa, mas o abdômen, o peito e a plumagem das costas tem uma cor cinza esbranquiçada e normalmente sem ou com muito poucas penas amarelas na cabeça.

Comprimento: 38 cm e de asa 232 a 262 mm.



Amazona f. virenticeps

Amazona f. virenticeps
(Salvadori 1891)

Inglês: Costa Rica Mealy Amazon, Green-headed Amazon
Português: 
Papagaio Farinosa

Distribuição: Oeste do Panamá, na parte oeste da Província de Chiriqu e ao norte de Bocas Del Toro passando pela Costa Rica indo até a Nicarágua.

Descrição: Semelhante ao farinosa, mas a plumagem é geralmente mais verde amarelada, o peito e o abdômen em alguns pássaros tem o verde amarelado pronunciado, a dobra da asa em praticamente todos os pássaros é amarelo esverdeado, a testa, a região das narinas e a parte de cima da cabeça são verdes com uma cor azul claro pronunciada.

Comprimento: 38 cm e de asa 228 a 250 mm.



Amazona f. guatemalae

Alisterus s. minor
(Mathews 1911)

Inglês: Smaller Australian King Parrot
Português: King Parrot Minor

Distribuição: Nordeste de Queensland.

Amazona f. guatemalae (Sclater 1860)

Inglês: Guatemala Amazon, Blue-crowned Amazon
Português: Papagaio Farinosa

Descrição: Semelhante ao virenticeps, mas a testa, a região das narinas e a parte de cima da cabeça são fortemente marcadas com azul e a extremidade da asa em todos os pássaros é verde amarelada.

Distribuição: México desde o sul de Vera Cruz e Oaxaca passando pelo sul dos declives do Caribe até Honduras.

Comprimento: 38 cm e de asa 221 a 248 mm.

Hábitat: Floresta tropical, floresta de montanha a 1.500 m. Áreas parcialmente abertas com árvores espalhadas, mas preferem extremidades de florestas.

Status: Comum, mas raro algumas localidades. Geralmente não é tão numeroso como outras espécies de Amazona.

Hábitos: Andam em pares ou grupos de até 20 pássaros fora da época reprodutiva. Ocasionalmente bandos maiores podem ser vistos se alimentando em árvores. É principalmente avistado no começo da manhã e no fim da tarde, onde voam para as árvores de descanso. Ocasionalmente estão juntos com os Amazona amazonica, os Amazona o. nattereri, os Amazona o. ochrocephala ou com os Amazona autumnalis. São quietos quando estão comendo e costumam fazê-lo no começo do dia (as 07:00 já estão comendo), mais cedo que outras espécies de papagaio. Costumam se juntar regularmente em bancos de rios, alimentar de terra mineral e tomar banho de areia. Os grupos voam ruidosamente para as árvores, onde ficam bem camuflados por causa de sua plumagem. Migram em algumas localidades entre áreas e altitudes. Voam normalmente bem alto, com batidas rápidas de asa e gritos altos.

Características: Embora sua cor predominante seja verde, seu porte e suas marcações azuis e amarelas, formam um contraste que a torna uma ave bela. Pertencente a família psittacidae e há 05 subespécies. Dos Amazona é provavelmente um dos maiores papagaios. No entanto, a particularidade que o caracteriza, mesmo para as pessoas que têm poucos conhecimentos sobre, é a sua habilidade de repetir palavras e de ser um grande falador. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. Muito vivos, resistentes, gostam de tomar banho e são bastante barulhentos, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Podem ser mantidos com outros papagaios apenas fora da época reprodutiva e desde que em viveiros grandes.
Tem desaparecido de seu habitat natural devido ao desmatamento e a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, mesmo no estado selvagem, toleram a sua presença e a sua aproximação, parecendo ter prazer nisso. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress.
A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.
Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.

Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são idênticos, mas em média, as fêmeas são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.

Dieta natural: Frutas (particularmente figos), bagas, sementes, nozes, flores e brotos. Diariamente comem terra mineral.

Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc…), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo 03 vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.

Período de reprodução: De setembro a dezembro.

Reprodução: É alcançada regularmente. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Ficam extremamente agressivos aos tratadores, principalmente os machos. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 03 ovos, excepcionalmente 04. Ocasionalmente poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 37.7 x 29.0 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos de árvores altas ou palmeiras e muitas vezes mortas, usando o mesmo buraco todos os anos. Já fora observado ninhos a uma altura de 30 m do solo, mas a média é entre 20 e 25 m. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.

Tempo de incubação: 24 a 25 dias.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem mais fosca, sem penas amarelas na cabeça e a íris marrom escuro. O Amazona f. guatemalae tem a íris azul mais escuro. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2×1, 5×1 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: 10 mm. O chapmani é 11mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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