Papagaio Ecletus Roratus – Eclectus r. roratus
Eclectus r. roratus (P.L.S. Müller 1776)
Inglês: Ceram Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Roratus
Distribuição: Buru, Ceram e ilhas Molucas na Indonésia, está extinto em Ambon, Saparua e Haruku.
Descrição:
Machos: Sua plumagem em geral é verde escura, a cabeça é ligeiramente amarelada, os lados do corpo e debaixo das asas é vermelho, a região coberta pelo rabo é verde amarelada, a dobra da asa é azul, as penas externas das asas são azuis escuras com bordo estreito de cor verde, as penas centrais do rabo são verdes com as pontas amarelas esverdeadas, as penas externas do rabo vão do verde escuro ao azul escuro e as pontas têm um bordo estreito branco amarelado, o lado inferior do rabo é escuro e também com um bordo estreito branco amarelado, a parte superior do bico é avermelhada com a ponta amarela e a parte debaixo é escura, sua íris vai do amarelo ao laranja e os pés são cinzas escuros.
Fêmeas: Sua plumagem em geral é vermelho escuro, as costas e as asas são vermelhas acastanhadas, o abdômen, os lados do corpo, a parte mais baixa do peito, a faixa larga que cruza o pescoço e na nuca são azuis violetas, ocasionalmente a parte superior do peito também pode ser azul violeta, a dobra e a extremidade da asa também são azuis violetas, porém de cor mais forte, debaixo da asa é azul violeta escuro, as penas primárias e as secundarias são azuis escuras, a região coberta pelo rabo é vermelha, os pássaros de Ceram possuem uma cor amarelada nas pontas da região coberta pelo rabo, a parte de cima do rabo é vermelha com um bordo amarelo alaranjado muito tênue, o lado inferior é vermelho alaranjado com o centro escuro e um bordo amarelado, o bico é preto, sua íris é amarelada e os pés cinzas escuros.
Comprimento : 35 cm e de asa 228 a 250 mm.
Sub-espécies
Eclectus. r. vosmaeri
Eclectus. r. vosmaeri (Rothschild 1922)
Inglês: Halmahera Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Vosmaeri
Distribuição: Centro e norte das Molucas na Indonésia, inclusive nas ilhas de Halmahera, Morotai, Batjan, Obi, Damar, Mare e Kayao, provavelmente já está extinto em Ternate e Tidore.
Descrição :
Machos: Semelhante ao roratus, mas a plumagem verde é mais clara e mais amarelada, particularmente atrás da cabeça, na nuca e nas costas, a plumagem vermelha dos lados do corpo é mais extensa, a parte externa das penas primarias não tem o bordo estreito verde, o lado inferior do rabo é escuro, o bordo estreito branco amarelado nas pontas das penas do rabo é mais largo (07 mm) e é maior em tamanho.
Fêmeas: Semelhante ao roratus, mas a plumagem vermelha é ligeiramente mais clara, a parte superior do peito é violeta entremeada com vermelho, a região coberta pelo rabo é amarela e em alguns pássaros existe um vermelho bem fraco, a parte de cima do rabo é vermelha com uma margem amarela larga bem marcada de 4 mm, o lado inferior do rabo é avermelhado, nas pontas tem uma faixa amarela bem larga e é muito em tamanho.
Comprimento: 38 cm e de asa 265 a 285 mm.
Eclectus r. riedeli
Eclectus r. riedeli (A.B. Meyer 1882)
Inglês: Riedels Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Riedeli
Distribuição: Ilha de Tanimbar, na Indonésia.
Descrição:
Machos: Semelhante ao roratus, mas a nuca e os lados da cabeça são mais verdes azulados, a parte externa das penas primarias é azul escuro e sem o bordo verde, a parte de cima do rabo tem um bordo amarelo largo (25 mm), o lado inferior é escuro com um bordo amarelo largo bem marcado, sua íris é laranja e é menor em tamanho.
Fêmeas: São vermelhas e sem o azul do peito e do abdômen. As costas, as asas, a parte mais baixa das costas e a parte mais alta da região coberta pelo rabo são vermelhas escuras, a região coberta pelo rabo é vermelha clara, a parte inferior do rabo é vermelha clara e tem uma faixa bem larga amarela na ponta e é menor em tamanho.
Comprimento : 33 cm e de asa 208 a 225 mm.
Eclectus r. cornelia
Eclectus r. cornelia (Bonaparte 1850)
Inglês: Cornelias Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Cornélia
Distribuição: Sumba, uma das ilhas de Lesser Sunda na Indonésia.
Descrição :
Machos: Semelhante ao roratus, mas a plumagem verde do macho é ligeiramente mais clara, o verde da região coberta pelo rabo tem um bordo mais claro, tem uma coloração azul na parte de cima do rabo, o lado inferior é escuro com um bordo amarelo acinzentado tênue e estreito, sua íris é laranja e é maior em tamanho.
Fêmeas: São vermelhas e sem o azul do peito e do abdômen, as costas, as asas, na parte mais baixa das costas e na parte mais alta coberta pelo rabo são vermelhos escuros, o lado de cima do rabo é vermelho escuro com o bordo mais claro, o lado inferior é vermelho com a base mais escura e o bordo mais claro, além de ser maior em tamanho.
Comprimento : 37 cm e de asa 260 a 275 mm.
Eclectus r. westermani
Eclectus r. westermani (Bonaparte 1850)
Inglês: Westermans Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Westermani
Distribuição: Desconhecida.
Descrição :
Machos: Semelhante ao roratus, mas o vermelho dos lados do corpo é muito menos extenso e completamente escondido pelas asas, a região coberta pela asa e o ombro são vermelhos, a parte de cima do rabo é verde com as pontas amarelas claras, o lado inferior é escuro com uma faixa amarela larga e é menor em tamanho.
Fêmeas: Semelhante ao roratus, mas é ligeiramente mais escura, a parte superior do peito é vermelha, a região coberta pelo rabo é vermelha e sem a cor amarela, a parte de cima do rabo é vermelho escuro com as pontas claras e largas, o lado inferior é vermelho escuro com o bordo largo e claro, além de ser menor em tamanho.
Comprimento : 33 cm e de asa 210 a 231 mm.
Nota: Westermani é uma subespécie misteriosa, só é conhecida por 11 espécimes de museu (05 machos e 06 fêmeas) que foram capturados, cujas origens são incertas. Vários autores são da teoria de que esta subespécie seja um híbrido. Pela cor da plumagem e tamanho, eles só poderiam ser híbridos de Eclectus r. voesmaeri e Eclectus r. roratus ou Eclectus r. riedeli, mas isto parece muito improvável.
Eclectus r. polychloros
Eclectus r. polychloros (Scopoli 1786)
Inglês: Red-sided Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Policloros
Distribuição: Nova Guiné, Salawati, Batanta, Waigeo, ilhas Kai, ilhas Trobriand, DEntrecasteaux e o arquipélago Louisiada.
Descrição:
Machos: Semelhante ao roratus, mas a plumagem verde mais amarelada, a região coberta pelo rabo tem a cor mais viva, as penas primárias são azuis escuras e a parte externa das mesmas tem um bordo verde bem marcado, a parte de cima do rabo é verde e nas pontas tem uma faixa amarela estreita, o lado inferior é escuro e tem um bordo largo amarelo claro com aproximadamente 10mm, sua íris é vermelha alaranjada e é maior em tamanho.
Fêmeas: Semelhante ao roratus, mas o vermelho é ligeiramente mais claro, o círculo ao redor do olho é estreito e azul, a parte superior do peito é vermelha, o abdômen, os lados do corpo, a região coberta pelas asas e a faixa na nuca vai do azul escuro ao azul violeta, a região coberta pelo rabo é vermelha e sem a cor amarela, as penas primárias são azuis escuras com um bordo estreito verde na parte externa das penas, a parte de cima do rabo é vermelha escura e nas pontas uma faixa larga e clara, o lado inferior é vermelho escuro e nas pontas uma faixa larga e clara, sua íris é amarelada e é maior em tamanho.
Comprimento : 37 cm e de asa 225 a 280 mm.
Nota: Antigamente esta subespécie era descrita em Latim como pectoralis.
Eclectus r. biaki
Eclectus r. biaki (Hartert 1932)
Inglês: Biak Red-sided Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Biaki
Distribuição: Biak.
Descrição:
Machos: Semelhante ao polychloros, mas com o bordo amarelo claro mais largo e mais definido no lado inferior do rabo, em média é menor em tamanho que o polychroros e o vosmaeri.
Fêmeas: Semelhante ao polychlorus, mas a nuca e as partes mais baixas em alguns, mas não em todos os pássaros são mais vivos e em média é menor em tamanho.
Comprimento: 35 cm e de asa 215 a 242 mm.
Nota: Esta subespécie é muito duvidosa como variação do polychloros.
Eclectus r. aruensis
Eclectus r. aruensis (G.R. Gray 1858)
Inglês: Aru Red-sided Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Aruensis
Distribuição: Ilhas Aru.
Descrição:
Machos: Semelhante ao polychloros, mas com a plumagem ligeiramente mais clara, o bordo largo do rabo é mais bem definido chegando a 15 mm e em média é ligeiramente maior em tamanho.
Fêmeas: Semelhante ao polychloros, mas com a plumagem ligeiramente mais clara, a parte de cima e de baixo do rabo são vermelhas mais claras, tendo a base enegrecida menos extensa, as pontas do rabo em muitos espécimes tem um brilho amarelo alaranjado e em média é maior em tamanho.
Comprimento : 37 cm e de asa 245 a 283 mm.
Eclectus r. macgillivrayi
Eclectus r. macgillivrayi (Mathews 1913)
Inglês: Australian Red-sided Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Macgillivrai
Distribuição: Leste da península de Cape York no norte da Austrália.
Descrição:
Machos: Semelhante ao polychloros, mas muito maior e com rabo mais longo, mais de 145 mm de comprimento.
Fêmeas: Semelhante ao polychloros, mas muito maior e com rabo mais longo, mais de 145 mm de comprimento.
Comprimento : 40 cm e de asa 267 a 296 mm.
Eclectus r. solomonensis
Eclectus r. solomonensis (Rothschild and Hartert 1901)
Inglês: Solomon Eclectus Parrot
Português: Papagaio Ecletus Solomon
Distribuição: Ilhas Salomão, arquipélagos de Bismarck e Admiralty.
Descrição:
Machos: Semelhante ao polychloros, porém mais claro, o verde é mais amarelado, a extremidade da asa é azul mais claro, as pontas do lado inferior do rabo são mais claras e em muitos pássaros são também mais brancas, o rabo é mais curto, sua íris é amarela acastanhada chegando a ser avermelhada e é menor em tamanho.
Fêmeas: Semelhante ao polychloros, porém o vermelho é muito mais claro, o círculo ao redor do olho é azul e mais largo, as penas primárias são azuis ligeiramente mais claras e com bordo exterior azul claro, o rabo é mais curto e é menor em tamanho.
Comprimento: 33 cm e de asa 210 a 255 mm.
Nota: Nesta subespécie há uma variação de tamanho ligada à geografia, os do oeste são maiores que os do leste.
Hábitat: Florestas, savanas com cobertura de árvores isoladas a 1.000 m, excepcionalmente a 1.900 m. São regularmente vistos em áreas com vegetação secundária alta e áreas clareadas com algumas árvores, se alimentam em áreas cultivadas, plantações e jardins.
Status: A maioria das subespécies é pelo menos comum em suas localidades. A população do cornelia está em perigo de extinção em Sumba e a do roratus, está extinto em Ambon, Saparua e Haruku, pela captura para o comércio.
Hábitos: Vivem isoladamente ou em grupos pequenos de família fora do período de criação, muito raramente formam grupos grandes. São vistos principalmente quando estão voando em pares ou machos sozinhos empoleirados nos galhos externos das árvores e lá, são distinguidos por causa do seu chamado, já a fêmea, normalmente empoleira perto do tronco da árvore e sem fazer barulho na folhagem, sendo difícil descobri-la, pois sua plumagem vermelha e azul lhe provê a camuflagem ideal no interior escuro das árvores. O macho normalmente empoleira separadamente a alguns metros da fêmea ou em um galho diferente, frequentemente até mesmo em outra árvore, ocasionalmente bandos de mais de 80 pássaros são encontrados se alimentando ou descansando em árvores na Austrália, sendo então bastante barulhentos e facilmente distinguidos, reconhecidos de longe por causa de seus chamados distintos. Casais ou grupos pequenos deixam as árvores de descanso nas primeiras horas da manhã para se alimentarem em florestas ou plantações de palmeiras. Costumam ser tímidos e bastante alertas, quando se assustam, voam para cima gritando ruidosamente e ficam circulando antes de ir embora, voltam às árvores de descanso entre as 16h e as 18h e à medida que chegam novos pássaros vão sendo cumprimentados ruidosamente. Seu vôo é poderoso e relativamente lento, feito com batidas de asas lentas entremeadas com planeio, voam alto por cima das copas das árvores quando vão se alimentar, em plantações de palmeiras ou em cima de áreas abertas voam freqüentemente muito baixo, às vezes só a poucos metros do chão, as fêmeas normalmente voam atrás dos machos.
Características: Os Eclectus pertencem à família dos Psitacídeos. Existe uma única espécie e 09 subespécies. São aves monogâmicas como quase todo psitacídeo. Muito pacatas quase não se mexem, passam muito tempo paradas dando a impressão de estarem empalhadas, principalmente em viveiros pequenos. É comum recusarem qualquer tipo de comida no início, mas depois de se aclimatarem comem bem. Quem olha pela primeira vez um casal de Ecletus pensa logo que são duas aves de espécies distintas, as diferenças das cores das plumagens e do bico entre machos e fêmeas não podiam ser maiores. Existem, no entanto, variações dentro do mesmo sexo. Nos machos de algumas subespécies o tamanho pode variar, assim como o tom de verde e a quantidade de azul ou amarelo, já nas fêmeas das diversas subespécies existem variações ainda maiores, os corpos podem ir do vermelho escarlate até ao vermelho acastanhado e as quantidades de azul e violeta também variam muito, assim como o amarelo nas caudas. Alguns tipos de fêmeas têm um conjunto de penas azuis em volta dos olhos e outras não. Os tipos sem as penas azuis são geralmente as que têm o vermelho mais brilhante e as cores mais claras. São aves que podem repetir também alguns sons ou mesmo palavras. Como animais de estimação, aconselha-se os machos, pois têm um temperamento mais dócil que o das fêmeas. Estas aves têm mais necessidade de exercício que outros papagaios, por isto, é importante que sejam mantidos em aviários de maiores dimensões.
É mais difícil obtermos um par compatível devido ao temperamento agressivo das fêmeas. Na época da reprodução as fêmeas têm um papel dominante e muitas vezes os machos tem medo delas. Tente escolher suas aves num local onde estejam vários exemplares. Observe atentamente e notará uma relação mais especial entre dois indivíduos e assim aumentará a possibilidade de êxito na escolha do casal reprodutivo. Um outro “truque” é escolher duas aves nascidas no mesmo ano, de pais diferentes e deixá-las atingir a maturidade (três anos) juntas, a fim de terem uma boa relação quando chegarem à idade reprodutiva. Apesar de todas estas exigências, é notório o sucesso na reprodução destas aves, mesmo em aviários menores e nas condições mais surpreendentes.
Dimorfismo: Os machos têm uma plumagem verde esmeralda com alguns toques de azul, as asas são verdes, rabo pode ter marcas amarelas e o bico é amarelo alaranjado. As fêmeas são vermelho escarlate com algumas partes violetas, algum amarelo alaranjado no rabo, o bico é negro e brilhante.
Dieta natural: Frutas (banana, mamão, figos, fruta pão, etc…), bagas, brotos (casuarinas), néctar, flores e sementes, ocasionalmente se alimentam em plantações de milho. Na Nova Guiné costumam se alimentar principalmente em árvores de 30 m a 35 m altura, já em ilhas freqüentemente se alimentam em árvores menores e em árvores frutíferas nas plantações de coco.
Alimentação: São pássaros que comem sementes como: girassol (não devem comer muito por causa do óleo, que irá atacar seu fígado), alpiste, milho alvo (todos os tipos), linhaça, semente de abóbora e aveia (pouca quantidade para não engordarem muito). Devem comer frutas (uva, morango, banana, goiaba, maçã, maracujá, etc…), gostam também de milho verde, cenoura, pepino, ervilhas, amendoim, beterraba e berinjela, alguns chegam a comer feijão semicozido.
No caso da mistura de sementes, o ideal é que a cada tipo diferente de semente se acrescente a mesma medida de alpiste.
Período de reprodução: O ano todo.
Reprodução: É alcançada regularmente, não é tão difícil quando se tem um casal harmonioso. Possui um alto grau de exigência de vitamina A. As fêmeas frequentemente são muito agressivas com os machos, perseguindo-os e impedindo que eles se alimentem. Em exibição de namoro, os machos se aproximam das fêmeas, as alimentam e limpam o bico no poleiro, logo depois, encostam seus pescoços, movimentam suas cabeças para cima e para baixo, a fêmea começa a persegui-lo implorando por comida e então ela se abaixa no poleiro para ser galada. Os ovos começam a ser postos 14 a 21 dias após a primeira cruza. Depois que ela começa a chocar dificilmente o macho entra no ninho, ele a alimenta na entrada ou em algum galho próximo e então ela volta rapidamente para o ninho. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos. As espécies menores costumam reproduzir com 02 a 02 ½ anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anos e que consiga reproduzir até os 25 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 02 ovos normalmente, raramente 03, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até quatro posturas por ano. Ovo mede 40.2 x 31.0 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos principalmente em árvores altas, mortas ou palmeiras na extremidade das florestas, normalmente de 14 m a 25 m de altura, com uma profundidade entre 30 cm a 6 m e costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira. Em cativeiro, os em formato de (L) são os mais recomendáveis, porque evita que a fêmea ao descer se jogue em cima dos filhotes. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, assim como as quinas que o bico deles podem alcançar por cantoneiras de ferro, para evitar que eles o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.
Tempo de incubação: 28 a 30 dias.
Temperatura de incubação: 37,5º C.
Umidade: 45 a 50%.
Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas têm a íris escura e o bico castanho. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 70 a 80 dias e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Os machos têm um temperamento mais dócil e conseqüentemente ficam mais mansos que as fêmeas. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1, 2×2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Tamanho da anilha: Os memores 10 mm, os maiores 11 mm e o macgillivrayi 12 mm.
Fezes: Estão em uma fase entre líquidas e pastosas.