Papagaio da Testa Amarela – Amazona o. ochrocephala

Papagaio da Testa Amarela – Amazona o. ochrocephala

Amazona o. ochrocephala
(Gmelin 1758)

Inglês: Yellow-crowned Amazon
Português: 
Papagaio da Testa Amarela

Distribuição: Sul e centro da Colômbia ao leste dos Andes, passando pela Venezuela (sem passar pela área da Bolívia próximo da costa), Guiana, Guiana francesa e Suriname até o rio Tapajós, ao norte do Brasil e Trinidad.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, as penas da nuca são levemente marcadas com um bordo enegrecido, a testa, a região das narinas, a parte de cima da cabeça, ocasionalmente a área ao redor dos olhos e as coxas são amarelas, a dobra das asas são vermelhas, a extremidade das asas são verdes amareladas, o lado externo das penas primárias e secundárias são azuis violeta, sendo que a parte externa de 05 penas secundárias é vermelha, o rabo é verde com a ponta amarela esverdeada, a base externa do rabo é vermelha, o círculo ao redor dos olhos é branco, o bico é cinza escuro com os lados da parte de cima avermelhada, a íris é laranja e os pés cinzas.

Comprimento: 38 cm e de asa 198 a 220 mm.

Sub-espécies



Amazona o. xantholaema

Amazona o. xantholaema
(Berlepsch 1913)

Inglês: Marajó Yellow-crowned Amazon
Português: 
Papagaio Marajó

Distribuição: Ilha de Marajó, no estuário do rio Amazonas.

Descrição: Semelhante a ochrocephala, mas o amarelo varia, se estendendo para trás da cabeça, na área ao redor de olho, nas penas da região que cobre os ouvidos e bochechas. Muitos pássaros têm uma faixa fronteiriça verde, as penas do peito têm uma cor azul levemente marcada e o bico superior normalmente é cinza mais claro com lados avermelhados.

Comprimento: 38 cm e de asa 220 a 235 mm.



Amazona o. nattereri

Amazona o. nattereri
(Finsch 1865)

Inglês: Natterers Amazon
Português: 
Papagaio Nattereri

Distribuição: Desde Caquet, sul da Colômbia passando pelo leste do Equador, leste do Peru e noroeste de Mato Grosso até o norte da Bolívia.

Descrição: Semelhante a ochrocephala, mas com uma faixa frontal verde larga, as bochechas, as penas que cobrem os ouvidos e a garganta na maioria dos pássaros são fortemente marcados com azul, a testa é verde e o abdômen varia de verde amarelado ao verde azulado, a dobra vermelha da asa está frequentemente misturada com amarelo, a parte superior do bico é cinza com os lados amarelados levemente marcados com rosa.

Comprimento: 38 cm e de asa 210 a 235 mm.



Amazona o. panamensis

Amazona o. panamensis
(Cabanis 1874)

Inglês: Panama Yellow-fronted Amazon
Português: 
Papagaio Panamá

Distribuição: Norte da Colômbia até o oeste do Panamá, arquipélago de Las Perlas na Zona do Canal e em Coiba.

Descrição: Semelhante a ochrocephala, mas o amarelo está restrito a testa, as áreas das narinas e ao redor dos olhos são verdes, à parte de cima da cabeça é azulada, as coxas são verdes, mas alguns poucos pássaros tem uma cor amarelada, o bico é cinza escuro e é menor em tamanho.

Comprimento: 35 cm e de asa 190 a 215 mm.



Amazona o. auropalliata

Amazona o. auropalliata
(Lesson 1842)

Inglês: Yellow-naped Amazon
Português: 
Papagaio Auropalliata

Distribuição: Costa do Pacífico desde o noroeste do norte de Costa Rica até o leste de Oaxaca e sul do México.

Descrição: Semelhante a ochrocephala, mas a testa, à parte de cima da cabeça e as coxas são verdes, alguns pássaros possuem uma faixa estreita fronteiriça amarela, o amarelo da nuca é de tamanho variável, a dobra das asas é verde, em alguns pássaros pode ter penas vermelhas espalhadas e o bico é cinza escuro.

Mutação Azul
Mutação Canela

Comprimento: 38 cm e de asa 210 a 235 mm.



Amazona o. parvipes

Amazona o. parvipes
(Monroe e Howell 1966)

Inglês: Honduras Yellow-naped Amazon
Português: 
Papagaio de Honduras

Distribuição: Declives caribenhos no leste de Honduras e no nordeste da Nicarágua.

Descrição: Semelhante a auropalliata, mas com algumas penas vermelhas na dobra das asas, as pernas em média são mais curtas e a cor do bico varia entre cinza escuro e cinza.

Comprimento: 38 cm e de asa 210 a 238 mm.



Amazona o. caribae

Amazona o. caribae
(Lousada 1989)

Inglês: Roatán Yellow-naped Amazon
Português: 
Papagaio de Rotán

Distribuição: Roatán, Barbareta e Ilhas de Guajana fora da costa norte da Nicarágua.

Descrição: Semelhante a parvipes, mas com o bico cinza escuro.

Comprimento: 38 cm e de asa 210 a 235 mm.



Amazona o. belizensis

Amazona o. belizensis
(Monroe e Howell 1966)

Inglês: Belize Yellow-headed Amazon
Português: 
Papagaio Belize

Distribuição: Costa caribenha da Honduras britânica, Guatemala e a maioria da parte de noroeste de Honduras.

Descrição: Semelhante a ochrocephala, mas o amarelo se estende a área do olho, das bochechas e da região dos ouvidos. Ocasionalmente podem ter penas amarelas espalhadas pela garganta e atrás da cabeça. A curva vermelha da asa frequentemente tem penas amarelas espalhadas. A garganta e o abdômen têm uma cor levemente azulada e o bico é cinza da cor de chifre.

Comprimento: 36 cm e de asa 205 a 225 mm.



Amazona o. oratrix

Amazona o. oratrix
(Ridgway 1887)

Inglês: Yellow-headed Amazon
Português: 
Papagaio Oratrix

Distribuição: Em Colima no México, em declives do Pacífico, oeste de Michoacan e Guerrero.

Descrição: Semelhante a belizensis, mas o amarelo se estende até a garganta, os lados e parte de trás da cabeça. As penas da nuca são verdes com um bordo preto pronunciado, frequentemente misturado com amarelo e em alguns pássaros com uma margem avermelhada. O amarelo em média é mais extenso no macho que na fêmea, o peito e o abdômen são verdes, em quase todo pássaro as penas têm um bordo mais escuro, as coxas são amarelas pela parte interna, a dobra das asas são vermelhas misturado com amarelo.

Comprimento: 38 cm e de asa 205 a 235 mm.



Amazona o. magna

Amazona o. magna
(Monreo e Howell 1966)

Inglês: Greater Yellow-headed Amazon
Português: 
Papagaio Magno

Distribuição: Declives caribenhos no México desde o sul de Novo León, Tamaulipas, Vera Cruz, leste de Oaxaco até Tabasco.

Descrição: Semelhante a oratrix, mas o amarelo se estende frequentemente de forma variável ao peito e nuca, as penas da nuca em alguns pássaros possuem uma margem avermelhada, o resto das penas do peito e do abdômen são verdes e em virtualmente todos pássaros com bordo mais escuro, as coxas são completamente amarelas, a curva vermelha de asa é frequentemente muito extensa e substancialmente misturada com amarelo. Em média são maiores.

Comprimento: 40 cm e de asa 220 a 245 mm.



Amazona o. tresmariae

Amazona o. tresmariae
(Nelson 1900)

Inglês: Tres Marias Amazon
Português: 
Papagaio Três Marias

Distribuição: Ilhas de Três Marias e San Junaico, México.

Descrição: Semelhante a oratrix, mas o amarelo é geralmente ligeiramente mais claro, se estende para trás da cabeça, em alguns pássaros no peito é menos extenso que o magna, as penas da nuca não tem o bordo preto, frequentemente está misturada com amarelo e em alguns machos com margem avermelhada, o peito e o abdômen com cor azul turquesa pronunciada e todos os pássaros não tem o bordo escuro, as coxas são amareladas por dentro, mas é também frequentemente ausente, a curva vermelha da asa é estreita e misturada com amarelo. Em média são maiores.

Comprimento: 40 cm e de asa 225 a 245 mm.

Nota: As espécies descritas aqui, por alguns autores são divididas em três espécies:

1. Amazona ochrocephala (incluindo panamensis, nattereri e xantholaema como subespécies),
2. Amazona oratrix de (incluindo magna, belizensis e tresmariae como subespécies) e
3. Amazona auropalliata (incluindo caribae e parvipes como subespécies).

Nos anos sessenta um tipo que previamente não era conhecido foi observado em Sula Valley, noroeste de Honduras que diferiu do parvipes que ocorre naquela região. Tendo a testa amarela mais pronunciada, mas sem nenhuma faixa amarela na nuca, porém esta variação já não é mais achada.

Hábitat: Todo tipo de terreno com árvores, seco, zonas tropicais e sub-tropicais úmidas a 750 m, também savanas e áreas com arbustos altos. Preferem extremidades de florestas e regularmente são avistados em áreas cultivadas, cafezais e ao redor de aldeias.

Status: As subespécies Sul-americanas são comuns, chegando a serem numerosas em algumas localidades. As da América Central estão em declínio de sua população em algumas áreas, por causa do desmatamento e captura para o comércio e as subespécies belizensis, oratrix, magna e tresmariae estão em risco de extinção.

Hábitos: Andam em pares, em grupos pequenos ou bandos de até 250 pássaros. São discretos ao voar e nos locais de descanso, se espalhando em várias árvores. Preferem árvores altas ao longo de cursos de água. Ficam quietos quando estão descansando na sombra das árvores durante as horas quentes do meio dia. Regularmente voam no começo da manhã para tomar banho em rios próximos. Ocasionalmente invadem plantações, causando um dano razoável. Quando estão se alimentando ficam quietos e frequentemente são acessíveis. Preferem subir pelas árvores a voar de um galho para o outro. Seu vôo é direto, com batidas fortes de asa e frequentemente a uma altura considerável. Seu chamado é alto, severo e metálico.

Características: Embora sua cor predominante seja verde, suas marcações amarelas e em algumas subespécies vermelhas, formam um contraste que a torna uma ave bela. Pertencente a família psittacidae e há 11 subespécies. No entanto, a particularidade que o caracteriza, mesmo para as pessoas que têm poucos conhecimentos sobre, é a sua habilidade de repetir palavras e de ser um grande falador. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. Muito vivos, resistentes, gostam de tomar banho, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Podem ser mantidos com outros papagaios até mesmo na época reprodutiva, desde que em viveiros grandes.

Tem desaparecido de seu habitat natural devido ao desmatamento e a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, mesmo no estado selvagem, toleram a sua presença e a sua aproximação, parecendo ter prazer nisso. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress.

A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.

Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.
Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são na maioria das subespécies idênticos, mas em média, as fêmeas são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.

Dieta natural: Frutas, bagas, sementes, nozes, flores e brotos. Ocasionalmente se alimentam em plantações de milho, onde causam um dano considerável. Visitam diariamente bancos de rios para comer terra rica em sais minerais.

Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc…), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo (03) vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.

Período de reprodução: De setembro a dezembro.

Reprodução: É alcançada regularmente, especialmente oratrix e panamensis. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Pássaros que sempre foram dóceis ficam extremamente agressivos durante o período reprodutivo. Quando o tratador não pode ser alcançado, a agressão é dirigida frequentemente à companheira. Muitas das vezes os ovos da primeira procriação são destruídos ou os filhotes não são bem alimentados pelo casal por falta de experiência.

Sempre que possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 04 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 37.4 x 29.1 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos de árvores altas e muitas vezes mortas, usando o mesmo buraco todos os anos. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.

Tempo de incubação: 20 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes

Filhotes: Os filhotes são semelhantes às fêmeas adultas. Eles têm o bico amarelado e a íris escura. As fêmeas jovens têm menos vermelho na parte mais baixa do peito e abdômen. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1, 2×3 m. Os poleiros devem ser grossos para desgaste das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 07 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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