Papagaio Autumnalis -Amazona a. autumnalis
Amazona a. autumnalis
(Linne 1758)
Inglês: Red-lored Amazon
Português: Papagaio Autumnalis
Distribuição: Declives caribenhos de Tamaulipas, México, do sul ao norte da Nicarágua, Ilha Bay e Honduras. Se integra com o salvini no nordeste da Nicarágua.
Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a testa e a região das narinas são vermelhas, a parte de cima da cabeça e a nuca são verdes, mas a ponta de cada pena é violeta azul, as bochechas e as penas que cobrem os ouvidos são amareladas, em alguns pássaros pode estar entremeada com vermelho ou completamente laranja, as penas secundárias são verdes com as pontas azuis escuro, sendo que as primeiras cinco penas são vermelhas, as penas do rabo são verdes com as pontas amarelas esverdeadas, as penas laterais do rabo são azuis, o círculo ao redor dos olhos é branco, o bico é cinza da cor de chifre, a íris é laranja e seus pés são cinzas.
Comprimento: 34 cm e de asa 195 a 215 mm.
Sub-espécies
Amazona a. salvini
Amazona a. salvini
(Salvadori 1891)
Inglês: Salvins Amazon
Português: Papagaio Salvini
Distribuição: Sudeste da Nicarágua, declives caribenhos na Costa Rica, Panamá, oeste da Colômbia e extremo noroeste da Venezuela, geram híbridos no nordeste da Nicarágua com o autumnalis e no extremo sudoeste da Colômbia com o lilacina.
Descrição: Semelhante ao autumnalis, mas as bochechas amarelas e as penas amareladas que cobrem os ouvidos, nesta subespécie são verdes. À parte de baixo das penas laterais do rabo são vermelhas e em média é ligeiramente maior.
Comprimento: 35 cm e de asa 200 a 230 mm.
Amazona a. lilacina
Amazona a. lilacina
(Lesson 1844)
Inglês: Lilacine Amazon
Português: Papagaio Lilacina
Distribuição: Oeste do Equador, se integra com o salvini no extremo sudoeste da Colômbia.
Descrição: Semelhante ao autumnalis, mas a testa tem o vermelho mais fosco, à parte de cima da cabeça é lilás esverdeada com um bordo vermelho na ponta das penas, as bochechas são verdes amareladas e o bico é cinza escuro.
Comprimento: 34 cm e de asa 197 a 202 mm.
Amazona a. diadema
Amazona a. diadema
(Spix 1824)
Inglês: Diademed Amazon
Português: Papagaio Diadema
Distribuição: Noroeste do Brasil, entre o Rio Negro e a parte de cima do Amazonas.
Descrição: Semelhante ao salvini, mas a testa e a região das narinas são vermelhos escuros, as bochechas são verdes tingidas levemente de azul, assim como o peito e o abdômen, a nuca é verde clara com o bordo das penas escuro e é maior.
Comprimento: 36 cm e de asa 223 a 239 mm.
Hábitat: Florestas em áreas de planícies em zona tropical a 1.100 m. Prefere as extremidades das florestas. Visitam áreas com vegetação secundária, áreas clareadas e plantações. Especificamente o autumnalis costuma também ir a áreas de savanas secas.
Status: Razoavelmente comum, chegando a ser numeroso em algumas localidades, mas em processo de declínio por causa da maciça captura para o comércio.
Hábitos: Andam em pares, grupos e bandos de até 100 pássaros, onde os casais são claramente distinguidos dentro do bando. Cauteloso, é principalmente avistado em vôo. São especialmente ativos no começo da manhã e ao anoitecer. Ficam quietos e letárgicos durante as horas quentes do meio-dia, só sai voando e guinchando ruidosamente se transtornado, e então voa a uma distância considerável antes de descer novamente. Seu chamado é um guincho dissilábico e rouco.
Características: Embora sua cor predominante seja verde, sua face colorida de azul, vermelho e amarelo, formam um contraste que a torna uma ave bela. Pertencente a família psittacidae e não há 04 subespécies. Como quase todos os papagaios, possui a particularidade que os caracteriza a habilidade de repetir palavras e de ser um bom “falador”. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. Muito vivos, resistentes, gostam de tomar banho e são bastante barulhentos, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Podem ser mantidos com outros papagaios até mesmo na época reprodutiva, desde que em viveiros grandes.
Tem desaparecido de seu habitat natural devido a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, mesmo no estado selvagem, toleram a sua presença e a sua aproximação, parecendo ter prazer nisso. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress.
A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.
Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.
Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são idênticos, mas em média, as fêmeas são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.
Dieta natural: Frutas (especialmente frutos de palmeiras, laranja e manga), bagas, sementes, nozes, flores e brotos. Ocasionalmente se alimentam em plantações de milho e de frutas, onde causam um dano considerável.
Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc…), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo 03 vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Frequentemente rejeita comida de não familiar. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.
Período de reprodução: De julho a dezembro.
Reprodução: É alcançada regularmente. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Neste período costumam ficar agressivas com os tratadores. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.
Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 02 a 04 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 39.2 x 30.5 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos de árvores altas e muitas vezes mortas, usando o mesmo buraco todos os anos. Já fora observado ninhos a uma altura de 30m do solo. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.
Tempo de incubação: 26 dias.
Filhotes: Os filhotes do autumnalis são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem mais fosca, menos vermelho na testa, o amarelo das bochechas fica entremeado com verde e a íris é escura. Assim como o autumnalis, os filhotes de lilacina são semelhantes aos adultos, também tem a plumagem mais fosca, menos vermelho na testa e na região das narinas, a íris é escura, mas o bico é cinza da cor de chifre com a ponta cinza escura. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2×1, 5×1 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Umidade: 45 a 50%.
Tamanho da anilha: 10 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.