Loris Johnstoniae – Trichoglossus J. Johnstoniae

Loris Johnstoniae – Trichoglossus J. Johnstoniae

Trichoglossus J. Johnstoniae (Hartert 1903)

Inglês: Johnstones Lorikeet
Português: Loris johnstoniae

Distribuição: Monte Apo e as circunvizinhanças das montanhas ao centro e ao sudeste de Mindanao.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a área facial é vermelha com tendência ao rosa, possui uma faixa violeta escura que vai da região das narinas à nuca, as penas que cobrem os ouvidos, as debaixo da asa e as debaixo do rabo são amarelas esverdeadas, seu peito e abdômen são verdes amarelados com bordo verde, tem ainda uma faixa amarela no lado interno das asas, suas costas são verdes, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza azulado, sua íris é marrom escuro, seus pés são cinzas, o bico é vermelho alaranjado com a base enegrecida.

Comprimento: 20 cm.

Sub-espécies



Trichoglossus J. Pistra

Trichoglossus J. Pistra
(Rand und Rabor 1959)

Inglês: Western Mount Apo Lorikeet
Português: Loris pistra

Distribuição: Monte Malindang no oeste de Mindanao.

Descrição: Semelhante ao johnstoniae, mas geralmente com a plumagem mais clara, a área facial rosa claro, possui uma faixa marrom azulada escura que vai da região das narinas a nuca, sua testa é amarela, o abdômen mais vívido e as costas são verdes mais escuro.

Comprimento: 20 cm.

Hábitat: Florestas de montanha entre 1.000 m e 2.500 m.

Status: Já foi bem comum em 1960, hoje provavelmente está em perigo de extinção.

Hábitos: Vivem em bandos de até 30 ou mais pássaros. É visto principalmente quando está se alimentando em árvores ou arbustos que estejam florescendo, costuma ser barulhento durante o vôo, mas ao se alimentar permanece quieto. Diariamente migra entre diferentes altitudes, no começo da manhã buscam comida em zonas mais altas e a tarde voltam aos seus lugares de descanso em zonas mais baixas.

Características: Os loris pertencem à subfamília Loriinae, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. Os loris compreendem 53 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. O que difere e separa os loris dos demais papagaios é a sua forma de alimentação, assim como todo o aparato alimentar, como por exemplo, a língua, que quando estendida, transforma-se numa espécie de escova para coletar néctar. Possuir loris é ser um verdadeiro amante dos psitacídeos. São essencialmente aves de árvores e arbustos que dão flor, muito ativos, com cores exuberantes de sua plumagem e que quando voam mostram sob as asas umas cores ainda mais brilhantes, que é característica de muitas espécies. Personalidade, docilidade, comportamento irrequieto, porém sociável e extremamente curioso, proporcionarão uma infindável fonte de alegria e um prazer que desafia qualquer “moda”, pois eles possuem um fascínio que nunca se desvanece. Vê-los brincar é um verdadeiro deleite. Como grupo, estão entre as aves mais coloridas do mundo, talvez apenas se rivalizando com os faisões. Por possuírem uma plumagem excepcionalmente brilhante há necessidade de tomar muito banho de modo a mantê-la em ótimas condições. Criação em colônia nem sempre é aconselhável, exceto quando forem espécies de menor porte e em aviários bastante grandes. Com loris de maior porte seria meio caminho andado para um completo desastre, pois em tais circunstâncias, estes transformar-se-iam em verdadeiros assassinos. Excetuando as Charmosinas, os demais loris são capazes de suportar baixas temperaturas. Na natureza são em sua maioria nômades. Importante saber que eles possuem comportamento homossexual e não é porque dois loris estejam se acariciando ou dormindo juntos que podemos dizer que é um casal. Na maioria das vezes, precisaremos fazer a sexagem (laparoscopia ou DNA) para se ter certeza. Em quase todas as espécies os casais têm um laço muito forte, passando horas a arrumar as penas ou brincar um com outro. No poleiro estão sempre a se tocar mutuamente e ficam muito agitados se são separados mesmo que por breves momentos. São ligados mentalmente ao dono. Este fenômeno foi estudado em particular nos gansos pelo austríaco Konrad Lorenz.

Dimorfismo: Não há.

Dieta natural: Pólen, néctar, frutas, flores, larvas e insetos.

Alimentação: Ramos frescos são simultaneamente comida, brinquedo e tônico, devem ser considerados fundamentais e não apenas uma “guloseima” esporádica. Devem ainda comer verduras várias vezes por semana, bem como leguminosas demolhadas ou cozidas e pão integral. Vegetais crus, como cenoura e a abóbora são muito apreciados, principalmente pelos jovens que gostam de “lutar” com uma cenoura inteira antes de comê-la. São pássaros sugadores e por isso, a alimentação no cativeiro basicamente deve ser uma papa de frutas bem líquida e adoçada com açúcar refinado ou frutose (que é mais cara, mas é bem melhor), incluindo também nessa papa um complexo vitamínico e mineral completo. Geralmente as espécies pequenas são mais dependentes de néctar (quanto menor o loris, mais líquida devem ser a papa), enquanto que as maiores aceitam bem os frutos. A papa deve ser trocada duas vezes ao dia para evitar que azede, e em épocas muito quentes, até três vezes ao dia. Essa papa pode ser feita uma vez por dia e guardada na geladeira para ser servida posteriormente no mesmo dia. Nunca dê girassol para um loris, embora alguns raros indivíduos venham a comê-lo, o girassol é totalmente desaconselhável e nocivo.

Período de reprodução: De setembro a março.

Reprodução: É frequentemente alcançada. A exibição de namoro é bastante interessante, os machos dançam para as fêmeas com movimentos de subir e descer, além de levantarem as penas e abrir as asas, isso tudo acompanhado de uma espécie de canto. O sistema de criação em colônia fora do período reprodutivo é bastante viável, porém os casais devem ser isolados para criar, pois podem se tornar agressivos. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Durante o dia a fêmea fica no ninho e a noite ambos. Não são tão agressivos como outras espécies, mesmo quando estão com filhotes no ninho. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 02 a 03 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anos e que consiga reproduzir até os 25 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 03 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até quatro posturas por ano. Ovo mede 22.1 x 19.1 mm.

Ninhos: Quase todos os loris preferem pernoitar num refúgio qualquer, aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais, mas eles gostam muito de ninhos onde possam descer uma rampa e ficar bem no escuro o que lhes dá mais segurança.
Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 23 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes têm a plumagem mais escura e menos vermelha, a faixa de violeta escura é ausente, o círculo ao redor dos olhos é branco e o bico é escuro. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 7 a 8 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não deve faltar jiló, pois faz parte da alimentação básica dos filhotes. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Os loris aprendem a comer mais rápido do que os outros psitacídeos. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1, 2×2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 05 mm.

Fezes: Estão em uma fase entre líquidas e pastosas que esguicham a alguma distância e é esse um dos grandes motivos para não se tê-lo dentro de casa.



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