Loris Charmosyna Placentis – Charmosyna p. placentis

Loris Charmosyna Placentis – Charmosyna p. placentis

Charmosyna p. placentis
(Temminck 1834)

Inglês: Red-flanked Lorikeet
Português: Loris Charmosyna Placentis

Distribuição: Ceram, Pandjang, Ambelau, Kai e Ilhas Aru, sul da Nova Guiné, leste da parte superior do Rio Purari, Papua Nova Guiné e antigamente também era encontrado em Ambon.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a testa e a parte de cima da cabeça são amarelas esverdeadas, a região das narinas, os lados da cabeça abaixo dos olhos, o queixo, a região coberta pelas asas e os lados do peito são vermelhos, as penas que cobrem os ouvidos são azuis violetas com riscos mais claros, as penas da parte mais baixa das costas são azuis violetas claras, a parte de cima do rabo é verde com manchas amarelas alaranjadas e o lado inferior é amarelo, a base das penas exteriores do rabo são amarelas avermelhadas e enegrecidas, a parte internas das asas é amarela, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris é laranja, os pés são castanhos e o bico é avermelhado.

Comprimento: 17 cm.

Sub-espécies



Charmosyna p. intensior

Charmosyna p. intensior
(Kinnear 1928)

Inglês: Halmahera Red-flanked Lorikeet
Português: Loris Charmosyna Placentis Intensior

Distribuição: Norte das ilhas Mollucas, incluindo Halmahera, Obi e Gebe, Indonésia.

Descrição: Semelhante a placentis, porém mais escuro, o macho tem a testa esverdeada mais pronunciada, a mancha na parte mais baixa das costas é menor, mas o azul violeta dos lados da cabeça é em média ligeiramente maior.

Comprimento: 17,5 cm.



Charmosyna p. ornata

Charmosyna p. ornata
(Mayr 1940)

Inglês: Mayrs Red-flanked Lorikeet
Português: Loris Charmosyna Placentis Ornata

Distribuição: Oeste das ilhas Papua.

Descrição: Semelhante a placentis, mas o verde é ligeiramente mais escuro, o macho tem a testa amarela esverdeada, a parte mais baixa das costas tem uma mancha azul escura e extensa, o vermelho da garganta é mais extenso em muitos pássaros.

Comprimento: 17 cm.



Charmosyna p. subplacentis

Charmosyna p. subplacentis
(Sclater 1876)

Inglês: Sclaters Red-flanked Lorikeet
Português: Loris Charmosyna Placentis Subplacentis

Distribuição: Leste e norte da Nova Guiné, oeste da área de Bereina, sul do Distrito de Sarmi, Irian Jaya, Indonésia.

Descrição: Semelhante a placentis, mas as penas da parte mais baixa das costas são verdes, não possuem a mancha azul.

Comprimento: 17 cm.



Charmosyna p. pallidor

Charmosyna p. pallidor
(Rothschild and Hartert 1905)

Inglês: Solomon Island Red-flanked Lorikeet
Português: Loris Charmosyna Placentis Pallidor

Distribuição: Ilha Woodlark, Arquipélago de Bismarck, Bougainville e Ilhas Nuguria (Ilhas Fead).

Descrição: Semelhante a placentis, mas a plumagem é geralmente muito mais clara, as penas azuis que cobrem os ouvidos são bem claras, as penas da parte mais baixa das costas são verdes, não possuem a mancha azul.

Comprimento: 17 cm.

Hábitat: Florestas primárias e secundárias, extremidades de florestas, áreas parcialmente desmatadas e plantações de coco a 1.600 m, ocasionalmente podem ser vistos em florestas de galeria, savanas, baixadas, pântanos, jardins e perto de aldeias.

Status: Comum, em algumas localidades chega a ser numeroso. Foram erradicados em Ambon por causa de comércio.

Hábitos: Podem ser vistos em pares ou bandos pequenos fora da época de reprodução, frequentemente 10 a 20 pássaros estão em árvores que estejam florescendo, ocasionalmente podem estar juntos com outras espécies de Charmosyna, são ativos e briguentos dentro do grupo, chamam a atenção por causa do barulho, no entanto são difíceis de serem descobertos em folhagens, seu vôo é rápido e direto, gostam de voar no meio das árvores, seu chamado é estridente, curto e repetido rapidamente, assemelha-se ao chamado forte da Charmosyna rubronotata.

Características: Os loris pertencem à subfamília Loriinae, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. Os loris compreendem 53 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. O que difere e separa os loris dos demais papagaios é a sua forma de alimentação, assim como todo o aparato alimentar, como por exemplo, a língua, que quando estendida, transforma-se numa espécie de escova para coletar néctar. Possuir loris é ser um verdadeiro amante dos psitacídeos. São essencialmente aves de árvores e arbustos que dão flor, muito ativos, com cores exuberantes de sua plumagem e que quando voam mostram sob as asas umas cores ainda mais brilhantes, que é característica de muitas espécies. Personalidade, docilidade, comportamento irrequieto, porém sociável e extremamente curioso, proporcionarão uma infindável fonte de alegria e um prazer que desafia qualquer “moda”, pois eles possuem um fascínio que nunca se desvanece. Vê-los brincar é um verdadeiro deleite. Como grupo, estão entre as aves mais coloridas do mundo, talvez apenas se rivalizando com os faisões. Por possuírem uma plumagem excepcionalmente brilhante há necessidade de tomar muito banho de modo a mantê-la em ótimas condições. Criação em colônia nem sempre é aconselhável, exceto quando forem espécies de menor porte e em aviários bastante grandes. Com loris de maior porte seria meio caminho andado para um completo desastre, pois em tais circunstâncias, estes se transformariam em verdadeiros assassinos. Excetuando as Charmosinas, os demais loris são capazes de suportar baixas temperaturas. Na natureza são em sua maioria nômades. Importante saber que eles possuem comportamento homossexual e não é porque dois loris estejam se acariciando ou dormindo juntos que podemos dizer que é um casal. Na maioria das vezes, precisaremos fazer a sexagem (laparoscopia ou DNA) para se ter certeza. Em quase todas as espécies os casais têm um laço muito forte, passando horas a arrumar as penas ou brincar um com outro. No poleiro estão sempre a se tocar mutuamente e ficam muito agitados se são separados mesmo que por breves momentos. São ligados mentalmente ao dono. Este fenômeno foi estudado em particular nos gansos pelo austríaco Konrad Lorenz.

Dimorfismo: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas sem o vermelho nas bochechas, queixo, flancos e na região coberta pelas asas, a testa e a parte de cima da cabeça são verdes, as penas que cobrem os ouvidos são escuras com riscos amarelos.

Dieta natural: Pólen, néctar, flores, algumas sementes e frutas, provavelmente pequenas.

Alimentação: Podem ter reações alérgicas à proteína animal e a alimentos gordurosos. São muito suscetíveis a infecção por fungo. Ramos frescos são simultaneamente, comida, brinquedo e tônico, devem ser considerados fundamentais e não apenas uma “guloseima” esporádica. Devem ainda comer verduras várias vezes por semana, bem como leguminosas demolhadas ou cozidas e pão integral. Vegetais crus, como cenoura e a abóbora são muito apreciados, principalmente pelos jovens que gostam de “lutar” com uma cenoura inteira antes de comê-la. São pássaros sugadores e por isso, a alimentação no cativeiro basicamente deve ser uma papa de frutas bem líquida e adoçada com açúcar refinado ou frutose (que é mais cara, mas é bem melhor), incluindo também nessa papa um complexo vitamínico e mineral completo. Geralmente as espécies pequenas são mais dependentes de néctar (quanto menor o loris, mais líquida devem ser a papa), enquanto que as maiores aceitam bem os frutos. A papa deve ser trocada duas vezes ao dia para evitar que azede, e em épocas muito quentes, até três vezes ao dia. Essa papa pode ser feita uma vez por dia e guardada na geladeira para ser servida posteriormente no mesmo dia. Nunca dê girassol para um loris, embora alguns raros indivíduos venham a comê-lo, o girassol é totalmente desaconselhável e nocivo.

Período de reprodução: De setembro a março, mas principalmente em estação seca.

Reprodução: Frequentemente alcançada. Acasalar pássaros adultos é frequentemente mais difícil, pode haver brigas, o ideal para se ter sucesso mais provável é acasalar filhotes e esperar que eles amadureçam juntos. Como é uma Charmosyna, acredita-se que o sistema de criação em colônia só seja possível fora do período reprodutivo, mas não é recomendado. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, o que é bastante comum ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Durante o dia a fêmea fica no ninho e a noite ambos. São agressivos com outras espécies, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 01 a 02 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anos e que consiga reproduzir até os 25 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até três posturas por ano. Ovo mede 19.0 x 17.3 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em troncos de samambaias ou galhos podres de árvores. Quase todos os loris preferem pernoitar num refúgio qualquer, aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais, mas eles gostam muito de ninhos onde possam descer uma rampa e ficar bem no escuro o que lhes dá mais segurança. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: Provavelmente de 22 a 23 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes machos são iguais às fêmeas, mas as penas que cobrem os ouvidos são azuladas e com riscos amarelos, ambos os sexos têm penas vermelhas na região das narinas, os machos são identificados pela testa verde amarelada e da íris que é amarelo claro, o bico e os pés são castanhos. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 a 06 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não deve faltar jiló, pois faz parte da alimentação básica dos filhotes. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Os loris aprendem a comer mais rápido do que os outros psitacídeos. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1, 2×2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 04 mm.

Fezes: Estão em uma fase entre líquidas e pastosas que esguicham a alguma distância e é esse um dos grandes motivos para não se tê-lo dentro de casa.



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