Loris Charmosina Josefinae – Charmosyna j. josefinae

Loris Charmosina Josefinae – Charmosyna j. josefinae

Charmosyna j. josefinae
(Finsch 1873)

Inglês: Josephines Lory
Português: Loris Charmosina Josefinae

Distribuição: Montanhas a leste da Península de Vogelkop até as Montanhas Snow, Irian Jaya, Indonésia e oeste de Papua-Nova Guiné.

Descrição: Sua plumagem em geral é vermelha, a nuca e a parte de cima da cabeça são pretas e com riscos violetas claros, as costas e as asas são verdes escuros, a parte mais baixa das costas é azul, as coxas e a parte mais baixa do abdômen é preta, a parte mediana de cima do rabo é vermelha com marcas amarelas, as laterais são verdes e por baixo do rabo é amarelo, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris e os pés são laranjas e o bico laranja avermelhado.

Comprimento: 24 cm.

Sub-espécies



Charmosyna j. sepikiana

Charmosyna j. sepikiana
(Neumann 1922)

Inglês: Sepik Lory
Português: Loris Charmosina Josefinae Sepik

Distribuição: Montanhas da região de Sepik na Papua Nova Guiné.

Descrição: Semelhante ao josefinae, mas com a parte preta do abdômen mais extensa e com a mancha preta da nuca com riscos cinzas claros.

Comprimento: 24 cm.



Charmosyna j. cyclopum

Charmosyna j. cyclopum
(Hartert 1930)

Inglês: Cyclops Mountains Lory
Português: Loris Charmosina Josefinae Cyclopen

Distribuição: Montanhas de Cyclops a oeste de Irian.

Descrição: Semelhante ao josefinae, mas com a parte preta do abdômen ausente ou pouco marcada e na marca preta da nuca os riscos são ausentes ou azuis bem claros.

Comprimento: 24 cm

Hábitat: Florestas, extremidades de floresta, áreas parcialmente arborizadas e vegetação secundária alta entre 750 m e 1.800 m, ocasionalmente também ocorre em áreas mais baixas a 50 m.

Status: Provavelmente bastante comum.

Hábitos: Podem ser vistos isoladamente, em pares e grupos de família pequenos fora da época de reprodução, ocasionalmente estão juntos com a Charmosyna pulchella em árvores e arbustos que estejam florescendo, quietos, são difíceis de serem visualizados nas árvores, são menos apressados que as outras espécies de Charmosyna, sobem lentamente pelos galhos para chegarem às flores, mas seu vôo é rápido e reto, acompanhado de chamados altos, ficam tagarelando estridentemente ao se alimentar, mas podem assobiar melodiosamente.

Características: Os loris pertencem à subfamília Loriinae, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. Os loris compreendem 53 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. O que difere e separa os loris dos demais papagaios é a sua forma de alimentação, assim como todo o aparato alimentar, como por exemplo, a língua, que quando estendida, transforma-se numa espécie de escova para coletar néctar. Possuir loris é ser um verdadeiro amante dos psitacídeos. São essencialmente aves de árvores e arbustos que dão flor, muito ativos, com cores exuberantes de sua plumagem e que quando voam mostram sob as asas umas cores ainda mais brilhantes, que é característica de muitas espécies. Personalidade, docilidade, comportamento irrequieto, porém sociável e extremamente curioso, proporcionarão uma infindável fonte de alegria e um prazer que desafia qualquer “moda”, pois eles possuem um fascínio que nunca se desvanece. Vê-los brincar é um verdadeiro deleite. Como grupo, estão entre as aves mais coloridas do mundo, talvez apenas se rivalizando com os faisões. Por possuírem uma plumagem excepcionalmente brilhante há necessidade de tomar muito banho de modo a mantê-la em ótimas condições. Criação em colônia nem sempre é aconselhável, exceto quando forem espécies de menor porte e em aviários bastante grandes. Com loris de maior porte seria meio caminho andado para um completo desastre, pois em tais circunstâncias, estes se transformariam em verdadeiros assassinos. Excetuando as Charmosinas, os demais loris são capazes de suportar baixas temperaturas. Na natureza são em sua maioria nômades. Importante saber que eles possuem comportamento homossexual e não é porque dois loris estejam se acariciando ou dormindo juntos que podemos dizer que é um casal. Na maioria das vezes, precisaremos fazer a sexagem (laparoscopia ou DNA) para se ter certeza. Em quase todas as espécies os casais têm um laço muito forte, passando horas a arrumar as penas ou brincar um com outro. No poleiro estão sempre a se tocar mutuamente e ficam muito agitados se são separados mesmo que por breves momentos. São ligados mentalmente ao dono. Este fenômeno foi estudado em particular nos gansos pelo austríaco Konrad Lorenz.

Dimorfismo: A principal diferença são as marcas amarelas que as fêmeas possuem nas laterais do corpo e não verde como descrito por alguns autores.

Dieta natural: Pólen, néctar, frutas macias (manga, banana e etc.), flores e insetos.

Alimentação: Podem ter reações alérgicas à proteína animal e a alimentos gordurosos. Ramos frescos são simultaneamente, comida, brinquedo e tônico, devem ser considerados fundamentais e não apenas uma “guloseima” esporádica. Devem ainda comer verduras várias vezes por semana, bem como leguminosas demolhadas ou cozidas e pão integral. Vegetais crus, como cenoura e a abóbora são muito apreciados, principalmente pelos jovens que gostam de “lutar” com uma cenoura inteira antes de comê-la. São pássaros sugadores e por isso, a alimentação no cativeiro basicamente deve ser uma papa de frutas bem líquida e adoçada com açúcar refinado ou frutose (que é mais cara, mas é bem melhor), incluindo também nessa papa um complexo vitamínico e mineral completo. Geralmente as espécies pequenas são mais dependentes de néctar (quanto menor o loris, mais líquida devem ser a papa), enquanto que as maiores aceitam bem os frutos. A papa deve ser trocada duas vezes ao dia para evitar que azede, e em épocas muito quentes, até três vezes ao dia. Essa papa pode ser feita uma vez por dia e guardada na geladeira para ser servida posteriormente no mesmo dia. Nunca dê girassol para um loris, embora alguns raros indivíduos venham a comê-lo, o girassol é totalmente desaconselhável e nocivo.

Período de reprodução: De setembro a março.

Reprodução: É frequentemente alcançada, mas são muito sensíveis à temperatura, a infecção por fungo e não são tão prolíferos. O sistema de criação em colônia só possível fora do período reprodutivo, mas não é recomendado. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, o que é bastante comum ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Durante o dia a fêmea fica no ninho e a noite ambos. São agressivos com outras espécies, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 01 a 02 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anos e que consiga reproduzir até os 25 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até três posturas por ano. Ovo mede 22.9 x 19.5 mm.

Ninhos: Quase todos os loris preferem pernoitar num refúgio qualquer, aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais, mas eles gostam muito de ninhos onde possam descer uma rampa e ficar bem no escuro o que lhes dá mais segurança.
Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 25 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes têm o bico castanho, sua íris é castanha, possui uma faixa amarela na parte interna das asas, o rabo é mais curto e pontudo, seus pés são marrons acinzentados, as coxas são pretas azuladas, a parte mais baixa do abdômen é esverdeada e as marcas amarelas características das fêmeas freqüentemente só aparecem depois de 05 ou 06 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 07 a 08 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não deve faltar jiló, pois faz parte da alimentação básica dos filhotes. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Os loris aprendem a comer mais rápido do que os outros psitacídeos. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1, 2×2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 05 mm.

Fezes: Estão em uma fase entre líquidas e pastosas que esguicham a alguma distância e é esse um dos grandes motivos para não se tê-lo dentro de casa.



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