Loris Borneo – Eos b. bornea

Loris Borneo – Eos b. bornea

Eos b. bornea
(Linné 1758)

Inglês: Red Lory
Português: Loris Borneo

Distribuição: Amboina e Saparua.

Descrição: Sua plumagem em geral é vermelho vivo, as penas maiores de baixo das asas, assim como as secundárias têm as pontas pretas, as primárias são pretas com partes vermelhas, debaixo do rabo e na parte mais baixa das costas é azul, a parte de cima do rabo embora vermelha tende ao marrom e o lado inferior vermelho vivo, o círculo ao redor dos olhos é estreito e azul acinzentado, tem a íris cor de abóbora, os pés são cinza e bico laranja.

Comprimento: 31 cm e de asa 160 a 175 mm.

Sub-espécies



Eos b. rothschildi

Eos b. rothschildi
(Stresemann 1912)

Inglês: Stresemanns Red Lory
Português: Loris Borneo Rothschildi

Distribuição: Ceram.

Descrição: Semelhante ao bornea, porém menor.

Comprimento: 28 cm e de asa 150 a 160 mm.



Eos b. bernsteini

Eos b. bernsteini
(Rosenberg 1863)

Inglês: Bernsteins Red Lory
Português: Loris Borneo

Distribuição: Ilhas Kai.

Descrição: Semelhante ao bornea, porém ligeiramente maior.

Comprimento: 32 cm e de asa 160 a 180 mm.

Nota: Os filhotes têm algumas penas azuis em cima de olhos, uma faixa azul que vai dos olhos passa por cima dos ouvidos e vai em direção a nuca, as penas da garganta tem um bordo azul claro estreito.



Eos b. cyanonothus

Eos b. cyanonothus
(Vieillot 1818)

Inglês: Buru Red Lory
Português: Loris Borneo

Distribuição: Buru.

Descrição: Semelhante ao bornea, mas geralmente com a plumagem vermelha mais escura, debaixo das asas é bem mais escuro e menor em tamanho.

Comprimento: 28 cm e de asa 145 a 160 mm.

Hábitat: Áreas litorais arborizadas, interior montanhoso de ilhas a 1.250 m, pântanos e gramados.

Status: Comum, o declínio da população em algumas ilhas em recentes anos é por causa do comércio.

Hábitos: É visto normalmente em bandos de 20 ou mais pássaros fora do período de reprodução, é bastante comum estarem se alimentando em árvores que estejam florescendo (Eugênia e Erythrina) e nessas, podem ter ajuntamentos ocasionalmente grandes. Os bandos são frequentemente observados voando ao redor e gritando em noites enluaradas. Provavelmente também voa entre ilhas vizinhas, procurando por árvores que estejam florescendo.

Características: Os loris pertencem à subfamília Loriinae, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. Os loris compreendem 53 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. O que difere e separa os loris dos demais papagaios é a sua forma de alimentação, assim como todo o aparato alimentar, como por exemplo, a língua, que quando estendida, transforma-se numa espécie de escova para coletar néctar. Possuir loris é ser um verdadeiro amante dos psitacídeos. São essencialmente aves de árvores e arbustos que dão flor, muito ativos, com cores exuberantes de sua plumagem e que quando voam mostram sob as asas umas cores ainda mais brilhantes, que é característica de muitas espécies. Personalidade, docilidade, comportamento irrequieto, porém sociável e extremamente curioso, proporcionarão uma infindável fonte de alegria e um prazer que desafia qualquer “moda”, pois eles possuem um fascínio que nunca se desvanece. Vê-los brincar é um verdadeiro deleite. Como grupo, estão entre as aves mais coloridas do mundo, talvez apenas se rivalizando com os faisões. Por possuírem uma plumagem excepcionalmente brilhante há necessidade de tomar muito banho de modo a mantê-la em ótimas condições. Criação em colônia nem sempre é aconselhável, exceto quando forem espécies de menor porte e em aviários bastante grandes. Com loris de maior porte seria meio caminho andado para um completo desastre, pois em tais circunstâncias, estes se transformariam em verdadeiros assassinos. Excetuando as Charmosinas, os demais loris são capazes de suportar baixas temperaturas. Na natureza são em sua maioria nômades. Importante saber que eles possuem comportamento homossexual e não é porque dois loris estejam se acariciando ou dormindo juntos que podemos dizer que é um casal. Na maioria das vezes, precisaremos fazer a sexagem (laparoscopia ou DNA) para se ter certeza. Em quase todas as espécies os casais têm um laço muito forte, passando horas a arrumar as penas ou brincar um com outro. No poleiro estão sempre a se tocar mutuamente e ficam muito agitados se são separados mesmo que por breves momentos. São ligados mentalmente ao dono. Este fenômeno foi estudado em particular nos gansos pelo austríaco Konrad Lorenz.

Dimorfismo: Não há, mas se repararmos bem, iremos ver em adultos:
– Porte maior, cabeça maior e mais achatada para os machos.
– Bico mais arredondado para as fêmeas.

Dieta natural: Pólen, néctar, frutas, flores e insetos.

Alimentação: Ramos frescos são simultaneamente comida, brinquedo e tônico, devem ser considerados fundamentais e não apenas uma “guloseima” esporádica. Devem ainda comer verduras várias vezes por semana, bem como leguminosas demolhadas ou cozidas e pão integral. Vegetais crus, como cenoura e a abóbora são muito apreciados, principalmente pelos jovens que gostam de “lutar” com uma cenoura inteira antes de comê-la. São pássaros sugadores e por isso, a alimentação no cativeiro basicamente deve ser uma papa de frutas bem líquida e adoçada com açúcar refinado ou frutose (que é mais cara, mas é bem melhor), incluindo também nessa papa um complexo vitamínico e mineral completo. Geralmente as espécies pequenas são mais dependentes de néctar (quanto menor o loris, mais líquida devem ser a papa), enquanto que as maiores aceitam bem os frutos. A papa deve ser trocada duas vezes ao dia para evitar que azede, e em épocas muito quentes, até três vezes ao dia. Essa papa pode ser feita uma vez por dia e guardada na geladeira para ser servida posteriormente no mesmo dia. Nunca dê girassol para um loris, embora alguns raros indivíduos venham a comê-lo, o girassol é totalmente desaconselhável e nocivo.

Período de reprodução: De setembro a março.

Reprodução: É alcançada regularmente e bastante prolífera. Aumente a proteína animal nos primeiros dias depois de estarem chocando. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Durante o dia a fêmea fica no ninho e a noite ambos. São extremamente agressivos com outras espécies, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anos e que consiga reproduzir até os 25 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 ovos normalmente, excepcionalmente 03 e ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até seis posturas por ano. Ovo mede 30.2 x 24.2 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em árvores velhas muito altas. Quase todos os loris preferem pernoitar num refúgio qualquer, os em formato de (Z) são os mais recomendáveis, pois essas aves gostam de descer para um lugar bem escuro e também para evitar que eles se joguem em cima dos filhotes ao entrar no ninho. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da parte inclinada até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 26 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes têm a plumagem vermelha mais fosca, bico e íris escuros. A plumagem de adulto é adquirida aos 7 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 7 a 9 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não deve faltar jiló, pois faz parte da alimentação básica dos filhotes. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Os loris aprendem a comer mais rápido do que os outros psitacídeos. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1, 2×2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: Cyanonothus 06 mm, os demais 07 mm.

Fezes: Estão em uma fase entre líquidas e pastosas que esguicham a alguma distância e é esse um dos grandes motivos para não se tê-lo dentro de casa.



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