Loris Bailarino – Lorius l. lory
Lorius l. lory
(Linné 1758)
Inglês: Black-capped Lory
Português: Loris Bailarino
Distribuição: Península Vogelkop, oeste de Irian e ilhas de Waigeu, Batanta, Salawati e Misool.
Descrição: Sua plumagem em geral é vermelha, a testa, a região das narinas, a parte de cima da cabeça e a nuca são pretas, a parte superior do peito é vermelha e a parte inferior do peito, o abdômen, as coxas, a região coberta pelo rabo, a parte abaixo da nuca e as costas são azuis escuros, a faixa azul vem da nuca indo até o peito formando um colar, as asas são verdes, a região coberta pelas asas é vermelha, possui uma faixa amarela larga no lado interno das asas, o lado interno do rabo é amarelo esverdeado, o círculo ao redor dos olhos é preto, sua íris vai do amarelo ao laranja avermelhado, seus pés são cinzas e o bico é laranja avermelhado.
Comprimento: 31 cm e de asa 150 a 175 mm.
Sub-espécies
Lorius l. erythrothorax
Lorius l. erythrothorax
(Salvadori 1877)
Inglês: Red-breasted Lory
Português: Loris Bailarino Eritrotórax
Distribuição: Sudeste da Nova Guiné, oeste da península de Huon no norte e ao sul o rio Purari.
Descrição: Semelhante ao lory, mas o peito é quase todo vermelho, o azul do abdômen não se estende aos lados do peito e a faixa que vem da nuca começa larga e se estreita até quase desaparecer por completo quando chega no peito.
Comprimento: 31 cm e de asa 145 a 172 mm.
Lorius l. salvadorii
Lorius l. salvadorii
(A.B. Meyer 1891)
Inglês: Meyers Black-capped Lory
Português: Loris Bailarino Salvadorii
Distribuição: Norte da Nova Guiné desde Aitape até a Baía de Astrolábio.
Descrição: Semelhante ao lory, mas a região coberta pelas asas é azul escuro, a parte mais baixa do peito é virtualmente preta, se estendendo até encontrar o azul escuro da região coberta pelas asas, formando assim uma faixa escura que na sua parte mais baixa forma uma região vermelha que vai até as coxas e o rabo.
Comprimento: 31 cm e de asa 150 a 173 mm.
Lorius l. viridicrissalis
Lorius l. viridicrissalis
(De Beaufort 1909)
Inglês: Beauforts Black-capped Lory
Português: Loris Bailarino Viridicrissalis
Distribuição: Norte da Nova Guiné entre a baía de Humboldt e rio Mamberano.
Descrição: É a versão mais escura do salvadorii, nas partes azuis ele é virtualmente preto.
Comprimento: 31 cm e de asa 150 a 173 mm.
Lorius l. jobiensis
Lorius l. jobiensis
(A.B. Meyer 1874)
Inglês: Jobi Lory
Português: Loris Bailarino Jobiensis
Distribuição: É a versão mais pálida do salvadorii, o vermelho é ligeiramente mais claro, a região coberta pelas asas é azul escuro, a faixa da nuca é azul escuro, a parte mais baixa do peito e abdômen são azuis escuros e o peito é vermelho mais claro.
Descrição: Ilhas de Jobi e Mios Num e baía de Geelvink.
Comprimento: 31 cm e de asa 167 a 175 mm.
Lorius l. cyanuchen
Lorius l. cyanuchen
(S. Müller 1841)
Inglês: Biak Lory
Português: Loris Bailarino Cyanuchen
Distribuição: Ilha de Biak na baía de Geelvink.
Descrição: Semelhante ao salvadorii, porém fácil diferenciar pela falta de vermelho na nuca, a faixa azul da nuca se encontra diretamente com a cor preta da cabeça e é maior em tamanho.
Comprimento: 33 cm e de asa 161 a 187 mm.
Lorius l. somu
Lorius l. somu
(Diamond 1967)
Inglês: Somu Lory
Português: Loris Bailarino Somu
Distribuição: Sul da Nova Guiné Nova desde a Bacia de Karimui a região de Tedi.
Descrição: Semelhante ao lory, porém fácil de diferenciar pela falta da faixa azul na nuca e é menor em tamanho.
Comprimento: 29 cm e de asa 148 a 165 mm.
Hábitat: Florestas, pântanos arborizados, extremidades de floresta, vegetação secundária alta, bosques abertos em planícies e colinas baixas, só ocasionalmente é visto em altitudes de 1.550 m, evita florestas de galerias, jardins e plantações de coco.
Status: São comuns em várias regiões.
Hábitos: Andam aos pares ou grupos pequenos de até 10 pássaros fora da época de criação, bandos ocasionalmente grandes podem ser vistos em árvores com frutas e flores, costumam ser tímidos e inabordáveis, são quietos e tornam-se imperceptíveis quando estão se alimentando em árvores altas, ruidoso e facilmente distinguido quando estão voando por cima de florestas, seu vôo é rápido com batidas de asas rasas, são ativos e barulhentos ao entardecer, seu chamado é repetido, variado e muitas das vezes embora alto é melodioso, quando está descansando tem o hábito de sussurrar algum tipo de som.
Características: Os loris pertencem à subfamília Loriinae, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. Os loris compreendem 53 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. O que difere e separa os loris dos demais papagaios é a sua forma de alimentação, assim como todo o aparato alimentar, como por exemplo, a língua, que quando estendida, transforma-se numa espécie de escova para coletar néctar. Possuir loris é ser um verdadeiro amante dos psitacídeos. São essencialmente aves de árvores e arbustos que dão flor, muito ativos, com cores exuberantes de sua plumagem e que quando voam mostram sob as asas umas cores ainda mais brilhantes, que é característica de muitas espécies. Personalidade, docilidade, comportamento irrequieto, porém sociável e extremamente curioso, proporcionarão uma infindável fonte de alegria e um prazer que desafia qualquer “moda”, pois eles possuem um fascínio que nunca se desvanece. Vê-los brincar é um verdadeiro deleite. Como grupo, estão entre as aves mais coloridas do mundo, talvez apenas se rivalizando com os faisões. Por possuírem uma plumagem excepcionalmente brilhante há necessidade de tomar muito banho de modo a mantê-la em ótimas condições. Criação em colônia nem sempre é aconselhável, exceto quando forem espécies de menor porte e em aviários bastante grandes. Com loris de maior porte seria meio caminho andado para um completo desastre, pois em tais circunstâncias, estes se transformariam em verdadeiros assassinos. Excetuando as Charmosinas, os demais loris são capazes de suportar baixas temperaturas. Na natureza são em sua maioria nômades. Importante saber que eles possuem comportamento homossexual e não é porque dois loris estejam se acariciando ou dormindo juntos que podemos dizer que é um casal. Na maioria das vezes, precisaremos fazer a sexagem (laparoscopia ou DNA) para se ter certeza. Em quase todas as espécies os casais têm um laço muito forte, passando horas a arrumar as penas ou brincar um com outro. No poleiro estão sempre a se tocar mutuamente e ficam muito agitados se são separados mesmo que por breves momentos. São ligados mentalmente ao dono. Este fenômeno foi estudado em particular nos gansos pelo austríaco Konrad Lorenz.
Dimorfismo: Teoricamente não há, mas se repararmos bem iremos ver em adultos:
– Porte maior, cabeça maior e mais achatada para os machos.
– Bico mais arredondado para as fêmeas.
Nas subespécies: Lorius l. viridicrissalis, as fêmeas serão azuis escuras na região coberta pelas asas e nos Lorius l. jobiensis, as fêmeas terão a faixa azul da nuca mais clara.
Dieta natural: Pólen, néctar, frutas, flores, larvas e insetos.
Alimentação: Ramos frescos são simultaneamente comida, brinquedo e tônico, devem ser considerados fundamentais e não apenas uma “guloseima” esporádica. Devem ainda comer verduras várias vezes por semana, bem como leguminosas demolhadas ou cozidas e pão integral. Vegetais crus, como cenoura e a abóbora são muito apreciados, principalmente pelos jovens que gostam de “lutar” com uma cenoura inteira antes de comê-la. São pássaros sugadores e por isso, a alimentação no cativeiro basicamente deve ser uma papa de frutas bem líquida e adoçada com açúcar refinado ou frutose (que é mais cara, mas é bem melhor), incluindo também nessa papa um complexo vitamínico e mineral completo. Geralmente as espécies pequenas são mais dependentes de néctar (quanto menor o loris, mais líquida devem ser a papa), enquanto que as maiores aceitam bem os frutos. A papa deve ser trocada duas vezes ao dia para evitar que azede, e em épocas muito quentes, até três vezes ao dia. Essa papa pode ser feita uma vez por dia e guardada na geladeira para ser servida posteriormente no mesmo dia. Nunca dê girassol para um loris, embora alguns raros indivíduos venham a comê-lo, o girassol é totalmente desaconselhável e nocivo.
Período de reprodução: De setembro a março.
Reprodução: É alcançada regularmente. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Durante o dia a fêmea fica no ninho e a noite ambos. São extremamente agressivos com outras espécies, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anos e que consiga reproduzir até os 25 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 02 ovos excepcionalmente 03, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até quatro posturas por ano. Ovo mede em média 28.5 x 22.7 mm.
Ninhos: Quase todos os loris preferem pernoitar num refúgio qualquer, os em formato de (Z) são os mais recomendáveis, pois essas aves gostam de descer para um lugar bem escuro e também para evitar que eles se joguem em cima dos filhotes ao entrar no ninho. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da parte inclinada até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.
Tempo de incubação: 26 dias.
Temperatura de incubação: 37,5º C.
Umidade: 45 aa 50%.
Filhotes: O filhote têm a íris escura, bico preto e o círculo ao redor dos olhos são esbranquiçados. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 95 dias e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não deve faltar jiló, pois faz parte da alimentação básica dos filhotes. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Os loris aprendem a comer mais rápido do que os outros psitacídeos. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1, 2×2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Tamanho da anilha: 08 mm.
Fezes: Estão em uma fase entre líquidas e pastosas que esguicham a alguma distância e é esse um dos grandes motivos para não se tê-lo dentro de casa.