Hooded asa amarela – Psephotus c. chrysopterygius

Hooded asa amarela – Psephotus c. chrysopterygius

Psephotus c. chrysopterygius (Gould 1858)

Inglês: Golden-shouldered Parrot
Português: Hooded asa amarela

Distribuição: Centro e sul da península de Cape York no norte de Queensland.

Descrição: Sua plumagem em geral é azul, a testa e a região das narinas são amarelas limão, ficando azul esverdeado com nuances amarelos na parte superior das bochechas, na parte mais baixa das bochechas, na garganta, no peito, dos lados do corpo, da anca e na região mais alta coberta pelo rabo são azuis turquesa, à parte de cima da cabeça e a nuca são pretas, abaixo da nuca é preto acastanhado com um bordo azul, o queixo é acinzentado, as costas e parte das asas são marrons acinzentadas, o abdômen, a região coberta pelo rabo e as coxas são vermelhas alaranjadas com as pontas brancas, a parte mediana das asas é amarela, as penas medianas da parte superior do rabo são verde acastanhadas, quase bronze, com as pontas pretas azuladas, as penas laterais do rabo são azuis esverdeadas com as pontas azuis claras, o lado inferior azul claro, o bico é cinza da cor de cifre, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris é marrom e seus pés são marrons acinzentados.

Comprimento: 26 cm.

Sub-espécies



Psephotus c. dissimilis

Psephotus c. dissimilis (Collet 1898)

Inglês: Hooded Parrot
Português: Hooded

Distribuição: Nordeste do Território do Norte desde o Rio McArthur até o planalto de Arnhem.

Descrição: Semelhante a chrysopterygius, mas o preto da cabeça se estende até a parte superior do bico, a nuca e as costas são cinzas acastanhadas escuros, a parte amarela da asa está mais para dourado, os lados da nuca e da parte superior do peito são azuis turquesa mais forte, a parte mais baixa do peito, o abdômen e as coxas são azuis turquesa e o bico é cinza azulado.

Comprimento: 28 cm.

Hábitat: Bosques abertos e savanas semi-áridas com árvores e florestas de galeria entre rios.

Status: Está em perigo de extinção. Atualmente apenas são encontrados em algumas localidades. A redução marcante em sua população está relacionada à perda de seu hábitat e pela captura para o comércio ilegal.

Hábitos: Andam normalmente em pares ou grupos de família pequenos, grupos ocasionalmente maiores podem ser encontrados em poças d’água ou em lugares de alimentação, permite aproximação, voa ao entardecer e no começo da manhã para beber em poças d’água ou rios, entrando frequentemente na água e então voa para uma árvore perto para secar a plumagem e acertar as penas, preferem galhos que se salientam, regularmente são vistos se alimentando no chão, se transtornado dão seu grito de alarme e voam uma pequena distância e depois descem novamente para o chão, chega a fazer migrações sazonais. Seu vôo é ligeiramente ondulante com planeio, voam bastante baixo, mas em vôos mais longos o fazem por cima das copas das árvores com gritos constantes de chamada.

Características: Este periquito asiático de elegantes proporções e belas cores faz parte da espécie dos Psephotus. Bastante ativos, com som melódico e não é tímido. Por serem pássaros delicados só deveriam estar com criadores experientes, pois são muito sensíveis a resfriado e áreas úmidas. Agressivos, não devem ser mantidos com outros da mesma espécie e nem estar em viveiros próximos, gostam de tomar banho e frequentemente são vistos no chão do viveiro.

Dimorfismo: Enquanto os machos são bem coloridos, as fêmeas são mais uniformes, sua cor predominante é o verde com algum azul e um vermelho tênue debaixo do rabo.

Dieta natural: Quase que exclusivamente sementes de grama que são primeiro derrubadas no chão para depois serem consumidas, ocasionalmente comem sementes maiores em arbustos e provavelmente também insetos e suas larvas.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, milho alvo de diversos tipos e etc.), devem comer ainda verduras (espinafre, chicória, couve e etc…). Próximo à época de reprodução é interessante que comam ração de insetos.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É regularmente alcançado, mas não é fácil. Em exibição de namoro os machos voam ao redor da fêmea, vão para o poleiro antes dela e ficam com asas ligeiramente abertas, as penas da cabeça se elevam formando uma pequena crista, movem então a cabeça de cima para baixo e de baixo para cima, o rabo fica esparramado, mantém uma conversação contínua e depois trocam alimento mutuamente. Sabe-se que na natureza o calor do sol ajuda no choco e que apenas a fêmea tem participação, embora o macho entre e saia do ninho rapidamente. Durante o período do meio-dia frequentemente a fêmea deixa ninho durante várias horas, provavelmente por causa de calor dentro de ninho e é esse o problema no cativeiro, pois ela faz a mesma coisa, assim os ovos esfriam e os embriões morrem. A solução é utilizar amas-secas (Psephotus haematonotus: Red-rumped) ou incubá-los artificialmente.

Amadurecimento sexual: As fêmeas muitas das vezes amadurecem no 01 ano e os machos normalmente no 02 ano.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 04 a 06 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 21.3 x 18.4 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em buracos nos montículos de térmita ou bancos de areia, sendo à entrada do ninho normalmente pela parte mais baixa, em um caso a 23cm da câmara central que tem aproximadamente de 38 a 45cm de diâmetro e 20cm de altura, o túnel que vai da entrada até a câmara é circular e tem normalmente 04 cm de diâmetro. Uma característica interessante do ninho é que ele é mantido limpo por uma larva de traça (Neossiosynoeca scatophaga), que se alimenta dos dejetos dos filhotes e que vira pupa logo depois dos filhotes saírem do ninho. Em cativeiro, o melhor formato é o horizontal, pois é o que mais se assemelha ao natural. Deverá ser forrado de areia.

Tempo de incubação: 19 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes dos chrysopterygius são semelhantes às fêmeas, porém nos machos jovens as bochechas são azuis turquesa, a nuca e a parte de cima da cabeça são marrons mais escuras, o abdômen é rosa mais escuro, possui ainda uma faixa debaixo das asas e o bico é mais amarelado. Os filhotes dos dissimilis também são semelhantes às fêmeas, porém ocasionalmente nos machos jovens as bochechas são azuis turquesa. A plumagem de adulto de ambos é atingida aos 16 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 04 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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