Himalayana – Psittacula h. himalayana

Himalayana – Psittacula h. himalayana

Psittacula h. himalayana
(Lesson 1832)

Inglês: Slaty-headed Parakeet
Português: Himalayana

Distribuição: Leste do Afeganistão até o norte da Índia, Assam norte de Brahmaputra, Nepal.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a cabeça é cinza escuro com uma leve cor azulada, circundada por uma faixa preta que vai das bochechas a nuca com uma faixa verde azulada adjacente, a parte mais baixa das costas é verde azulada, possui uma mancha vermelha escura na parte externa das asas, debaixo das asas é azul esverdeado, as penas medianas do rabo são azuis com a base verde e as pontas amarelas, à parte de cima do bico é vermelha com a ponta amarela e a debaixo é amarela, sua íris é branca e os pés são cinzas.

Comprimento: 40 cm e de asa 158 a 178 mm.

Sub-espécies



Psittacula h. finschii

Psittacula h. finschii (Hume 1874)

Inglês: Finschs Parakeet
Português: Himalayana Finschii

Distribuição: Sul de Assam, Burma, norte da Tailândia, Laos, Vietnã e norte de Yunnan, sudoeste da China.

Descrição: Semelhante a himalayana, mas é geralmente mais amarelada, a cabeça é menos azulada, debaixo da asa é verde azulado escuro, as penas medianas do rabo são azuis violeta com as pontas brancas amareladas, mas embora seja menor em tamanho, o rabo é do mesmo comprimento da himalayana.

Comprimento: 36 cm e de asa 140 a 152 mm.

Mutação amarela

Hábitat: Florestas entre 650 m e 3.800 m, em algumas localidades também pode ser visto a 250 m, frequentam terrenos arborizados abertos, áreas cultivadas com árvores altas, florestas secundárias (preferem carvalho e cedro), regularmente invadem plantações de frutas e campos de arroz.

Status: Só são comuns em algumas localidades, mas já estão escassos em muitas áreas.

Hábitos: Vivem em grupos pequenos de 04 a 06 pássaros fora da estação reprodutiva, ao entardecer se agrupam em bandos maiores. Em algumas regiões fazem migração sazonal entre alturas, no inverno costumam ir para áreas mais baixas, muitas das vezes em algumas localidades estão juntos com a Psittacula cyanocephala, Psittacula roseata e a Psittacula krameri, seu vôo é rápido e reto, os bandos voam sem esforço e fazendo curvas rápidas pelas árvores para depois pousar em nos galhos mais altos, seu chamado é alto ou muito macio e melodioso.

Características: Este periquito asiático de elegantes proporções e bonitas cores faz parte da família das psittaculas. Embora não o seja, por causa de sua grande semelhança com a Psittacula cyanocephala, é confundido regularmente como se fosse uma mutação, mas também é caracterizado pela cor da cabeça, cor esta que aparece nos machos e nas fêmeas.
São muito pacificas e monogâmicas, já tendo sido mantidas em viveiros ao lado de aves de outras espécies vivendo felizes. Possuem uma peculiaridade, ao se movimentarem levantam o rabo para que não encoste no poleiro, evitando assim danos ao mesmo. Muitas tentativas de criação resultaram em filhotes mortos na casca ou morto ao fim de poucos dias. Em Portugal existem alguns criadores que criam esta ave com sucesso.

Dimorfismo: As fêmeas não tem ou a mancha vermelha escuro das asas é muito pequena.

Dieta natural: Sementes, nozes, bagas, frutas (figos, goiabas, etc…), flores e brotos de folha. Causam danos em plantações de frutas e arroz em algumas áreas.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos, etc…), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (maçã, kiwi, laranja), a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal, gostam muito de repolho, jiló e milho verde, chegam a comer ração de faisão.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É alcançada frequentemente. São sensíveis a perturbação e a inspeção do ninho. É essencial um acasalamento harmonioso, a fêmea ocasionalmente poder ser agressiva com o macho. Embora sejam inofensivos com outras aves, é interessante manter apenas um casal por viveiro para se obter melhores resultados na reprodução, embora já tenham sido observados na natureza 03 casais com ninho na mesma árvore. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 02 a 03 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 04 a 05 ovos, podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 28.3 x 22.2 mm.

Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Na natureza fazem seus ninhos em buracos ou galhos de árvores feitos por pica-paus ou em árvores mortas. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados em cativeiro. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 23 a 24 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes se assemelham às fêmeas, mas tem a cabeça cinza esverdeada, às partes de cima e debaixo do bico são cinzas com a base castanha e a plumagem de adulto só é adquirida depois de 30 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 06 a 07 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Assegure temperatura constante (quente) e que o mesmo seja bastante claro. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para poderem ser desgastados. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 06 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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