Grande Alexandre – Psittacula e. eupatria

Grande Alexandre – Psittacula e. eupatria

Psittacula e. eupatria
(Linné 1766)

Inglês: Alexandrine Parakeet
Português: Grande Alexandre

Distribuição: Sul da Índia ao norte de Hyderabad, Andhra Pradesh, Sri Lanka.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, as bochechas e a nuca são levemente tingidas de azul acinzentado. Os machos frequentemente só possuem a faixa estreita azul acinzentada na nuca, a faixa larga e preta que sai das bochechas se estreita na nuca e possuem ainda uma faixa larga cor-de-rosa também na nuca, seu abdômen é verde amarelado, possuem uma mancha vermelha escura na parte externa das asas, à parte de cima das penas medianas do rabo são verdes azuladas com a base verde e as pontas amarelas, as penas laterais são verdes, o lado inferior do rabo é amarelo, seu bico é avermelhado com a ponta amarela, sua íris é branca amarelada e seus pés são cinzas.

Comprimento: 58 cm e de asa 189 a 215 mm.

Sub-espécies



Psittacula e. nipalensis

Psittacula e. nipalensis
(Hodgson 1836)

Inglês: Nepalese Alexandrine Parakeet
Português: Grande Alexandre

Distribuição: Leste do Afeganistão, leste e oeste do Paquistão, região central e norte da Índia, Nepal, Butão e Assam.

Descrição: Semelhante a eupatria, mas as penas do peito e do abdômen em ambos os sexos tem uma cor branca acinzentada, as bochechas e a nuca são tingidas de azul, a faixa rosa da nuca é larga e é maior em tamanho.

Comprimento: 62 cm e de asa 200 a 240 mm.



Psittacula e. magnirostris

Psittacula e. magnirostris
(Ball 1872)

Inglês: Andaman Island Parakeet
Português: Grande Alexandre

Distribuição: Ilhas Andaman.

Descrição: Semelhante a eupatria, mas as penas do peito e do abdômen em ambos os sexos tem uma cor branca acinzentada, a faixa rosa da nuca é bem larga, a cor azul na nuca sobre a faixa rosa é muito restrita, chegando a não existir em alguns pássaros, o bico é maior e mais pesado, a mancha vermelha escura das asas em muitos pássaros é mais clara e é ligeiramente maior em tamanho.

Comprimento: 60 cm e de asa 200 a 225 mm.



Psittacula e. avensis

Psittacula e. avensis
(Kloss 1917)

Inglês: Indo-Burmese Alexandrine Parakeet
Português: Grande Alexandre

Distribuição: Distrito de Cachar em Assam até Amherst, Birmânia.

Descrição: Semelhante a eupatria, mas o topo da cabeça e da nuca são verdes amarelados, a cor azul aparece apenas nas bochechas, não existindo na nuca e embora a faixa rosa da nuca tem uma cor mais forte, ela é mais estreita.

Comprimento: 58 cm e de asa 194 a 220 mm.



Psittacula e. siamensis

Psittacula e. siamensis
(Kloss 1917)

Inglês: Laos Alexandrine Parakeet
Português: Grande Alexandre

Distribuição: Vietnã, Camboja, Laos, norte e oeste da Tailândia.

Descrição: Semelhante a eupatria, mas a atrás da cabeça e na nuca o azul é bem claro, se estendendo até a parte de cima da cabeça em alguns pássaros, as bochechas são verdes amarelas, assim como a avensis, tem a faixa rosa da nuca com uma cor mais forte, sendo também mais estreita, a mancha na parte externas das asas é mais avermelhada e é ligeiramente menor em tamanho.

Comprimento: 56 cm e de asa 179 a 205 mm.

Mutações

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Hábitat: Florestas secas e úmidas a 800 m, em algumas localidades também a 1.600 m, áreas cultivadas, áreas abertas com árvores, também frequentam áreas urbanas, parques e jardins, ocasionalmente se alimentam em plantações de frutas e coco.

Status: Só são comuns em algumas localidades, sendo raros ou só observados em algumas épocas em grandes partes de sua área de distribuição.

Hábitos: Andam aos pares ou grupos pequenos fora da época de criação, ao entardecer se reúnem em bandos maiores, ocasionalmente mais de mil pássaros podem ser vistos em grupos de árvores ou seções de florestas, gritam muito e bem alto ao amanhecer, então grupos pequenos saem voando em formação para as áreas de alimentação, cauteloso e tímido, seu vôo é rápido e reto, freqüentemente alto e com batidas de asas lentas, porém rítmicas, fazem uma migração sazonal em algumas regiões.

Características: Este periquito asiático de elegantes proporções e maravilhosas cores faz parte da família das psittaculas. Já existem várias mutações desta espécie. De porte e postura magníficas, bem como a morfologia do crânio dá-lhe um aspecto majestoso, costumam ser muito barulhentos ao amanhecer e ao entardecer, gostam de passar bastante tempo no chão dos viveiros, depois de aclimatados são muito resistentes. Estão entre os maiores desta família e com certeza também com grande poder de destruição, seus bicos, verdadeiros alicates, cortam arames com a mesma facilidade que uma torquês. Logo, aconselha-se que as telas dos viveiros sejam bem mais fortes que as normais e tudo que for colocado dentro do recinto que habitam deverão obrigatoriamente ser reforçados, poleiros e ninho serão destruídos em poucas horas se não forem de madeira bem dura. Em exibição de namoro, são ouvidos sons macios, as fêmeas fazem movimentos de semicírculo com a cabeça, as pupilas ficam dilatas e expandem as asas, os machos levantam a cabeça por cima da delas, movem-se lateralmente, abrem as asas, erguem um pé e as alimentam, resultando então na cópula.

Dimorfismo: As fêmeas diferem dos machos principalmente por não terem o colar preto e a faixa rosa na nuca, a plumagem é geralmente ligeiramente mais fosca e as penas medianas do rabo em média são mais curtas.

Dieta natural: Sementes, frutas, flores, bagas, pequenas nozes, néctar(Salmalia, Butea, Erythrina e flores da Bassia latifolia), pólen e brotos de folhas. Costumam causar um dano considerável para as plantações de grãos, arroz, milho e frutas, onde destroem mais do que realmente comem.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos, etc…), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (maçã, kiwi, laranja, manga, pêra, figos, etc…), a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal, gostam muito de repolho, jiló e milho verde.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É frequentemente alcançada, não é difícil. Não são sensíveis a perturbação e a inspeção do ninho. É essencial um acasalamento harmonioso e interessante manter apenas um casal por viveiro para se obter melhores resultados na reprodução, embora possam ser criados em colônias em viveiros bem grandes. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 03 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 03 a 05 ovos, podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 34.0 x 26.9 mm.

Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Na natureza fazem seus ninhos em buracos de árvores grandes e os forram com minúsculos pedaços de madeira, preferem palmeiras mortas ou árvores de madeira macia como a Salmalia malabarica, também usam ninhos velhos de pica-paus. Algumas vezes criam em colônia e são vistos vários casais em uma mesma árvore. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados em cativeiro. De um modo geral usa-se ninhos em “L” porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que eles não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico deles pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que eles o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não estiver acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 25 a 26 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes se assemelham às fêmeas, mas a íris é escura e não possuem a mancha vermelha escura nas asas. A plumagem de adulto só é atingida do 02 para o 03 ano. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 07 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Assegure temperatura constante (quente) e que o mesmo seja bastante claro. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para poderem ser desgastados. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 07 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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