Geoffroyus heteroclitus – Geoffroyus h. heteroclitus
Geoffroyus h. heteroclitus (Hombron e Jacquinot 1841)
Inglês: Singing Parrot
Português: Geoffroyus heteroclitus
Distribuição: Ilhas de Umboi, Nova Inglaterra, Nova Irlanda, Lolobao, Duque de York, Nova Hannover, Tabar e Lihir, no arquipélago de Bismarck. Ilhas Solomon (menos em Rennell), Bougainville e Buka.
Descrição:
Macho: Sua plumagem geral é verde, a cabeça é amarela, possui um colarinho cinza esverdeado na nuca que se estende aos lados do pescoço, o peito, o abdômen, à parte de cima do rabo e a região coberta pelo rabo são verdes amarelados, a parte mais baixa das costas é verde, possui uma mancha marrom avermelhada no meio das asas, a região coberta pelas asas é azul violeta, o lado inferior do rabo é amarelo fosco, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, a íris é amarela clara, os pés são cinzas, a parte superior do bico é cinza claro e a de baixo cinza escuro.
Fêmea: Semelhante aos machos, mas a cabeça é cinza acastanhada com marcações azuis variáveis, as bochechas são mais cinzas esverdeadas, a parte superior do bico e de baixo são cinzas acastanhadas.
Comprimento: 25 cm.
Sub-espécies
Geoffroyus h. hyacinthinus
Geoffroyus h. hyacinthinus
(Mayr 1931)
Inglês: Rennell Singing Parrot
Português: Geoffroyus hyacinthinus
Distribuição: Rennell, uma das ilhas de Solomon.
Descrição:
Macho: Semelhante ao heteroclitus, mas o colarinho cinza esverdeado se estende para as costas e para a parte superior do peito, ocasionalmente aos lados do corpo e ao abdômen, a dobra da asa é azulada e geralmente maior em tamanho.
Fêmea: Semelhante a do heteroclitus, mas o azul acinzentado da parte de cima da cabeça é bem mais marcado e geralmente maior em tamanho.
Comprimento: 27 cm.
Hábitat: Planícies arborizadas, extremidades de floresta, vegetação secundária, floresta de galeria, em áreas cultivadas, também jardins em algumas localidades a 600 m e na Nova Irlanda a 1.760 m.
Status: Raro ou incomum em muitas ilhas, só é numeroso em algumas localidades.
Hábitos: Andam em pares, grupos pequenos de 08 a 10 pássaros ou grupos de família pequenos fora do período reprodutivo, preferem os galhos altos de árvores altas. Cautelosos e tímidos, são difíceis de serem observados. Escondem-se na folhagem, onde ficam muito bem camuflados por causa de sua plumagem, praticamente invisíveis, podendo apenas ser identificados através de seu chamado. Nunca desce ao chão, ocasionalmente estão juntos com as Chalcopsitta cardinalis e as Charmosyna margarethae. São bastante ruidosos durante vôo, mas ficam muito quietos quando estão se alimentando. De manhã cedo em galhos sem folhas gritam ruidosamente, ao meio-dia descansam no meio da folhagem de árvores altas e ao entardecer voam rápido, alto e direto (sem parar) para as árvores de descanso. Seu chamado é forte e metálico
Características: Esta ave de cores contrastantes faz parte da subfamília dos Geoffroyus, e faz parte da família dos Psitacídeos. Eles compreendem 02 espécies dentro de aproximadamente 17 subespécies. São bastante sensíveis e muito quietos (às vezes permanecem parados durante horas). É comum a morte súbita sem uma causa certa, o pássaro morre dentro de horas sem sintomas preliminares, possivelmente ocasionados por tensão ou dieta defeituosa (em cativeiro raramente vivem mais que 02 a 03 meses). Tem desaparecido de seu habitat natural devido ao desmatamento e a sua captura para o mercado de animais de estimação. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir.
A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.
Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.
Dimorfismo: Os machos tem a cabeça colorida e as fêmeas tem a cabeça marrom.
Dieta natural: Sementes, nozes, bagas, frutas, flores, brotos, insetos e suas larvas. Ocasionalmente causam dano a plantações de banana, pomares e campos de grãos.
Alimentação: Sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), sementes germinadas, sais minerais, vitaminas, papa de loris com mel e pólen. É importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas como: maçã, uva, figo, pêssego (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de milho verde.
Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.
Reprodução: É raramente alcançada, pois são aves muito sensíveis e costumam morrer sem causa aparente (em cativeiro raramente vivem mais que 02 a 03 meses). Deve ser mantido apenas um casal por viveiro. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Amadurecimento sexual: 03 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 02 a 03 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até 02 posturas por ano. Ovo mede aproximadamente 30.0 x 25.5 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em buracos de árvores altas e mortas (frequentemente escavados em madeira muito podre). Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições em cativeiro, mas coloque-o em um canto escuro, pois é de suma importância. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.
Tempo de incubação: 25 a 27 dias.
Temperatura de incubação: 37, 5º C.
Umidade: 45 a 50%.
Filhotes: Os filhotes são semelhantes as fêmeas, mas a parte de cima da cabeça e a nuca tem a cor cinza azulada entremeada com verde, o bico é cinza acastanhado e a íris é escura. A plumagem de adulto é conseguida provavelmente aos 14 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 09 a 10 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Tamanho da anilha: 06 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.