Galah-Galah – Eolophus r. roseicapillus

Galah-Galah – Eolophus r. roseicapillus

Eolophus r. roseicapillus (Vieillot 1817)

Inglês: Galah
Português: Cacatua Galah-Galah

Distribuição: Partes oriental, central e norte da Austrália, algumas ilhas próximas da costa e foi introduzida na Tasmânia.

Descrição: Sua plumagem em geral é cor-de-rosa bem forte, sua cabeça, crista e nuca têm uma cor rosa claro. Suas costas, asas e rabo são cinzas, as partes baixas do abdômen, penas secundárias e a parte interna do rabo são cinza claro. Possui um círculo ao redor do olho que é rosa-avermelhado, sua íris é marrom escuro, tem os pés cinza e o bico cinza claro.

Comprimento: 35 cm.

Sub-espécies



Eolophus r. assimilis

Eolophus r. assimilis (Mathews 1912)

Inglês: Western Galah
Português: Cacatua Galah Assimilis

Distribuição: Parte ocidental do sul da Austrália.

Descrição: Igual a roseicapillus, mas geralmente com plumagem mais clara, cabeça ligeiramente mais rosa e o círculo ao redor do olho é cinza. A fêmea tem as mesmas características.

Comprimento: 35 cm.

Nota: A subespécie antigamente descrita Eolophus r. kuhli, não é reconhecida.

Hábitat: Originalmente era encontrada em bosques e prados com árvores, em zonas semi-áridas, hoje é encontrada em todo o país, que inclui áreas cultivadas, regiões de montanha, parques, jardins e cidades.

Status: Comum, até mesmo numerosa em alguns lugares, está provavelmente em aumento de população e povoando áreas novas.

Hábitos: Sedentária. Os pares se formam de grupos perdidos, mas raramente se encontram a distâncias maiores que 10 km das árvores onde fazem seus ninhos, grupos estes formados por jovens e adultos nômades. Ocasionalmente formam bandos enormes e frequentemente com outra espécie de cacatua. Não permitem aproximação quando estão se alimentando com Cacatuas sulfureas e galeritas. Quando estão se alimentando, um pássaro age como sentinela e por qualquer perturbação o bando inteiro sai voando. Ficam mais acessíveis quando só existem Galahs. Ao amanhecer voam das árvores de descanso para beber antes de se alimentarem. Costumam se alimentar no solo e descansam em árvores altas durante as horas quentes do meio dia. Destroem galhos e troncos gritando e às vezes danificam seriamente as árvores. Bebem novamente antes do anoitecer, antes de voltar às árvores de descanso. Os pares sedentários, à noite, dormem juntos ou próximos do ninho. Seu vôo é bastante rápido e com batidas rítmicas, podendo voar a velocidades de até 60 km por hora. O vôo é acompanhado por gritos contínuos altos e estridentes. Muito barulhenta e muito resistente, gosta de destruir e por isto é importante proporcionar uma provisão regular de galhos frescos com folhas. Gosta também de estar no chão.

Características: O nome cacatua vem do malaio, Kakatua, que significa papagaio grande, pois seu porte pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte destas espécies possui uma charmosa crista de tamanho, cor e forma específica, que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Muito ativa imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoar às pessoas. Extremamente elegante e vistosa vem conquistando seu espaço como companheira de estimação. Por ser uma ave rara que pode falar, fazer truques como: andar de patins, pegar objetos e etc., seu preço não é nada em conta, podendo variar entre 3 e 35 mil reais dependendo da espécie. São monogâmicas e uma das coisas interessantes sobre essa magnífica ave é que batem com um dos pés em cima do ninho para dizer que ele lhes pertence. Cacatuas são de natureza agradável, porém bastante ruidosas. Inicialmente são tímidas. São mais reservadas em viveiros grandes, mas logo se tornam confiantes. Muitos pássaros destroem partes de madeira regularmente em viveiros e telas de arame também, então, proveja madeira para que elas possam destruir. Galhos frescos são ignorados frequentemente, mas madeira podre e tábuas serão destruídas completamente. É normalmente pacífica, porém durante o período de criação tende a atacar pássaros de viveiros próximos, bicando os dedos do pé de seus vizinhos, chegando muita das vezes a amputá-los.
Já existem várias mutações desta cacatua. Pelo que eu saiba, tudo começou no estado selvagem. Uma das mais atordoantes mutações é a chamada branca. Nesta, à parte de trás e as asas que são cinzentas, tornam-se brancas. Há duas variantes desta mutação. A lutina no qual os olhos são vermelhos e a com os olhos escuros e neste caso então, um diluído. Outra mutação é um pássaro canela, em que à parte de trás e asas é um marrom pálido misturado com branco. Existe também a chamada prata que tem um manto prateado-cinzento claro e às vezes está é chamada de canela recessiva, que só durante a reprodução poderá ser visto. A última conhecida é a azul, que é extremamente rara. Nesta, a coloração rosa do pássaro é branca, formando assim um grande contraste com a cor cinza do resto do corpo. Este pássaro foi reproduzido em cativeiro, mas levou dez anos para reproduzir a cor da mutação original de sua mãe.

Dimorfismo: Só se consegue distinguir machos e fêmeas pela íris, onde o macho terá a íris preta e a fêmea um castanho avermelhado.

Dieta natural: Sementes de grama, plantas herbáceas, grãos (especialmente trigo e aveia), frutas, bagas, raízes, flores, brotos, insetos e suas larvas. Frequentemente causam um enorme dano para plantações de girassol.

Alimentação: Como são pássaros do deserto adquiriram uma habilidade de absorverem os alimentos não havendo quase desperdício. Isto é ótimo no deserto, pois tem que percorrer grandes distâncias atrás de comida. Mas em cativeiro por falta de espaço para exercícios, resulta em aves muito gordas, causando dificuldade na reprodução. Devendo-se, portanto ter uma dieta bem balanceada. São comedoras de semente como: girassol, milho, aveia, trigo, linho e semente de abóbora. Gostam muito de milho verde, pepino, legumes, sementes germinadas, nozes e cana de açúcar. São verdadeiramente apaixonadas por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo duas vezes por semana para não engordarem muito. Animais gordos têm baixo índice de fertilidade. Tampouco muito girassol, porque ataca o fígado. O ideal é uma ração que tenha uma vasta mistura de sementes pequenas e grandes. Deve-se sempre que possível espalhar sementes pelo chão, pois na natureza é onde ela mais se alimenta.

Período de reprodução: Cria em diferentes períodos; ao Sul da Austrália, de julho a dezembro, ao norte, de fevereiro a junho e na Austrália central de acordo com chuva.

Reprodução: É regularmente alcançada. Forneça galhos com folhas para forrar o ninho, obstrua parcialmente a entrada do ninho com uma madeira macia, isto estimula a reprodução. Forneça mais proteína animal antes e durante a criação. Ambos chocam, fazem um revezamento, o macho durante o dia e a fêmea à noite. Durante esse período, é importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea bote os ovos, vá se retirando e colocando ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a choca-los todos ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nasceram primeiro, muitas das vezes não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que uma cacatua pode viver em cativeiro, com os devidos cuidados, entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: 03 a 05 ovos por postura podendo fazer 02 posturas por ano. Ovo mede 35.3 x 26.5 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em ocos de galhos ou árvores mortas, de preferência eucaliptos altos ao lado de água, a entrada do ninho estará entre 1 e 20 m do solo. O casal roí todos os lados do ninho e gostam de forrá-lo com folhas de eucalipto. Os verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, assim como as quinas que o bico delas pode alcançar por cantoneiras de ferro, para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida.

Tempo de incubação: 30 dias.

Filhotes: Os filhotes são iguais aos adultos. Após 01 ano as fêmeas podem ser identificadas pelas íris que começam a clarear e só com 04 anos é que a cor se define por completo. Podem nascer todos, mas não é incomum que a mãe só alimente 01 ou 02 dos filhotes. Deve-se então retirar os demais do ninho e tratá-los no bico. Saem do ninho com 8 semanas e se tornam independentes de 4 a 6 semanas após deixá-lo.

Viveiros: Podem ser criadas em gaiolas de 1 m/ 1,2 m /3 m, mas há necessidade de entretenimento, do contrário, pode desenvolver vários vícios como o de gritar alto, destruir com o bico tudo ao seu redor e até arrancar as próprias penas. A solução é mante-la ocupada com coisas para brincar e mastigar como: poleiros, brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela, ossos de couro de boi para cães e alimentos de difícil acesso (nozes, sementes, castanhas, vagens e etc.). Por causa de tal comportamento e por serem monogâmicas, aconselha-se manter apenas um casal em cada viveiro. Se for mais de um par, devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até a morte, em viveiros grandes se sentem mais seguras e a reprodução é melhor.
Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: 10mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas significa doença.



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