Cacatua Sulfúrea – Cacatua s. sulphurea

Cacatua Sulfúrea – Cacatua s. sulphurea

Cacatua s. sulphurea
(Gmelin 1788)

Inglês: Lesser Sulphur-crested Cockatoo
Português: Cacatua Sulfúrea

Distribuição: Sulawesi, Buton, Muna, Tukangbesi, Djampea, Kajuadi, Kalao, Madu e Kalaotura, alguma população em Cingapura.

Descrição: Sua plumagem é quase toda branca. Tem uma mancha amarela formada de penas que cobrem o ouvido, a crista também é amarela, debaixo da asa e a parte interna do rabo são amarelos claros, o anel ao redor dos olhos é branco, tem a íris marrom escuro, os pés cinza e o bico preto acinzentado.

Comprimento: 33 cm e de asa 210 a 245 mm.

Sub-espécies



Cacatua s. parvula

Cacatua s. parvula
(Bonaparte 1850)

Inglês: Timor Cockatoo
Português: Cacatua Párvula

Distribuição: Ilhas de Sunda (menos Sumba) de Lombok até o Timor e Samao como também Noesa Penida e Indonésia.

Descrição: Como a sulphurea, mas com as penas que cobrem o ouvido amarelo mais claro.

Comprimento: 33 cm e de asa 210 a 235 mm.



Cacatua s. abbotti

Cacatua s. abbotti
(Oberholser 1917)

Inglês: Abbotts Lesser Sulphur-crested Cockatoo
Português: Cacatua Abotti

Distribuição: Ilha de Solombo Besar e Indonésia.

Descrição: Como a sulphurea, mas com a mancha que cobre o ouvido amarelo mais claro e muito maior.

Comprimento: 40 cm e de asa 260 a 275 mm.



Cacatua s. citrinocristata

Cacatua s. citrinocristata
(Fraser 1844)

Ingês: Citron-crested Cockatoo
Português: Cacatua Citrinocristata

Distribuição: Ilha de Sumba e Indonésia.

Descrição: Como a sulphurea, porém maior e a mancha que cobre o ouvido, assim como a crista, cor de abóbora.

Comprimento: 38 cm e de asa 230 a 260 mm.

Nota: Não são mais reconhecidas como subespécie a occidentalis e a djampeana. Antigamente considerava-se o tamanho do bico como característica para estas subespécies, hoje se sabe que varia consideravelmente dentro de cada população de ilha.

Hábitat: Preferem bosques abertos, extremidades de floresta e áreas semi-áridas com cobertura de árvores a 1,200 m. Costumam visitar áreas cultivadas e casas regularmente quando estão se alimentando.

Status: Todas as subespécies estão ameaçadas de extinção em virtualmente todas as ilhas por causa do comércio, provavelmente já estão extintas em Lombok, Noesa Penida e Solombo Besar.

Hábitos: São vistas em pares ou grupos pequenos de até 10 pássaros, excepcionalmente em bandos maiores ao se alimentar em árvores, ocasionalmente podem ser vistas junto com os papagaios Ecletus na Ilha de Sumba. É vista principalmente em vôo, pois é bastante barulhenta. Permite aproximação quando está se alimentando. Dormem em árvores em florestas de montanha. Voam ao amanhecer para se alimentar em vales, prefere buscar comida em árvores, mas também descem ao solo e costumam comer em plantações. Seu vôo é bastante rápido, com movimentos de asa rasos acompanhados de gritos, o chamado é bem alto e repetido.

Características: O nome cacatua vem do malaio, Kakatua, que significa papagaio grande, pois seu porte pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte dessas espécies possui uma charmosa crista de tamanho, cor e forma específica, que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Muito ativa imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoar às pessoas. Extremamente elegante e vistosa vem conquistando seu espaço como companheira de estimação. Por ser uma ave rara que pode falar, fazer truques como: andar de patins, pegar objetos e etc., seu preço não é nada em conta, podendo variar entre 3 e 35 mil reais dependendo da espécie. São monogâmicas e uma das coisas interessantes sobre essa magnífica ave é que batem com a pata em cima do ninho para dizer que ele lhes pertence. Cacatuas são de natureza agradável, porém bastante ruidosas, inicialmente são tímidas. São mais reservadas em viveiros grandes, mas logo se tornam confiantes. Muitos pássaros destroem partes de madeira regularmente em viveiros e telas de arame também, então, proveja madeira para que elas possam destruir. Galhos frescos são ignorados frequentemente, mas madeira podre e tábuas serão destruídas completamente. É normalmente pacífica, porém durante o período de criação tende a atacar pássaros de viveiros próximos, bicando os dedos do pé de seus vizinhos, chegando muita das vezes a amputá-los.

Dimorfismo: Só se consegue distinguir machos e fêmeas pela íris depois de 01 ano, onde o macho terá a íris preta e a fêmea um castanho avermelhado. Além disto às fêmeas normalmente serão menores e os bicos menores também.

Dieta natural: Sementes, frutas, bagas, flores e provavelmente insetos e suas larvas.

Alimentação: Algumas espécies se alimentam exclusivamente nas árvores e outras também no chão. São pássaros que possuem bico bem forte e geralmente pesado, permitindo comer todo tipo de castanhas, grãos e mistura de sementes grandes e pequenas como: girassol, milho, aveia, trigo e semente de abóbora. Gostam muito de milho verde, cana de açúcar, cenoura e pepino. Ainda comem também sementes germinadas, várias frutas (principalmente maçã), verduras e legumes, frequentemente são seletivas, e ao se alimentar passam a fazer muito barulho, tornam-se relutantes em aceitar frutas, legumes e sementes diferentes. Então se fazem necessários suplementos minerais regulares e vitaminas. Não devem comer muita aveia no máximo três vezes por semana para não engordarem muito, animais gordos tem baixo índice de fertilidade. E nem muito girassol porque ataca o fígado, o ideal é uma ração que tenha uma mistura balanceada de sementes.

Período de reprodução: Período que vai de setembro até dezembro.

Reprodução: É alcançada regularmente, não é tão difícil como outras espécies de cacatua. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto e grande é muito vantajoso. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que uma cacatua pode viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 03 ovos normalmente, mas podem chegar a 05, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer três posturas por ano. Ovo mede 41.2 x 27.1 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos das árvores. Já fora observado ninhos localizados a uma altura de 6 m do solo. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.

Tempo de incubação: 24 dias.

Filhotes: Os filhotes são iguais aos adultos, mas com pés e bicos mais claros. Após 01 ano as fêmeas podem ser identificadas pelas íris que começam a clarear e só com 03 anos é que a cor se define por completo. Normalmente nascem os 02, mas a mãe às vezes só alimenta 01 dos filhotes, além do fato de que não é incomum o macho atacar os filhotes após algum tempo. Deve-se então retirá-los do ninho e tratá-los no bico. Só saem do ninho de 08 a 10 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais.

Viveiros: Ideal 5 x2 x 2 m. Podem ser criadas em gaiolas de 1 m/ 1,2 m/ 3 m, mas os machos podem ser muito agressivos com as fêmeas, há necessidade de entretenimento, do contrário podem além de matar as fêmeas, desenvolver vários vícios como o de gritar alto, destruir com o bico tudo ao seu redor e até arrancar as próprias penas. A solução é mantê-la ocupada com coisas para brincar e mastigar como: poleiros, brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela, ossos de couro de boi para cães e alimentos de difícil acesso (nozes, sementes, castanhas, vagens e etc.). Por causa de tal comportamento e por serem monogâmicas, aconselha-se manter apenas um casal em cada viveiro. Se for mais de um par devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até a morte. Em viveiros grandes se sentem mais seguras e consequentemente a reprodução é melhor. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidas de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: 11 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas significa doença.



Translate »