Cacatua Pastinator – Cacatua p. pastinator

Cacatua Pastinator – Cacatua p. pastinator

Cacatua p. pastinator
(Gould 1841)

Inglês: Bare-eyed Corella
Português: Cacatua Pastinator

Distribuição: Sudoeste da Austrália.

Descrição: A plumagem em geral é branca, sua crista embora larga, é muito pequena. A região das narinas, a base das penas da cabeça, a nuca, o peito e a parte de atrás tem uma cor abóbora tendendo para o rosa, sendo que na região das narinas esta cor é bem mais forte. As penas sobre os ouvidos e sobre os olhos são amareladas, os lados internos do rabo e das asas também são amarelados, seu bico é da cor de chifre e bem comprido, o círculo ao redor dos olhos é azul, se estendendo para baixo, sua íris é marrom escuro e os pés cinza.

Comprimento: 40 cm e de asa 288 a 330 mm.

Sub-espécies



Alisterus s. minor

Cacatua p. gymnopsis
(Sclater 1871)

Inglês: Sclaters Bare-eyed Cockatoo
Português: Cacatua Gymnopsis

Distribuição: Zonas áridas do sudeste do Território do norte, parte central e sudeste de Queensland, parte ocidental da Nova Gales do Sul, noroeste de Victoria, Sul da Austrália oriental, como também na Austrália Ocidental na costa oeste, incluindo as ilhas maiores fora da orla.

Descrição: Semelhante a pastinator, mas com o bico muito encurvado e pequeno, círculo ao redor do olho azul e menor em tamanho.

Comprimento: 36 cm e de asa 250 a 280 mm.



Cacatua p. sanguinea

Cacatua p. sanguinea
(Gould 1843)

Inglês: Little Corella
Português: Cacatua Sangüinea

Distribuição: Norte da Austrália, inclusive as ilhas de fora da orla.

Descrição: Semelhante a gymnopsis, mas com a cor abóbora mais clara nas narinas e na base das penas, o círculo ao redor dos olhos é azul e também mais claro, o bico é encurvado e pequeno, ligeiramente maior em tamanho.

Comprimento: 38 cm e de asa 260 a 313 mm.



Cacatua p. normantoni

Cacatua p. normantoni
(Mathews 1917)

Inglês: Mathews Little Corella
Português: Cacatua Normantoni

Distribuição: Oeste da Península de Cape York, nordeste da Austrália, sua distribuição exata ainda é desconhecida.

Descrição: Semelhante a gymnopsis, mas com a cor abóbora na base das penas mais clara, o círculo ao redor do olho é azul, o bico muito encurvado e pequeno, além de ser menor em tamanho.

Comprimento: 34 cm e de asa 237 a 247 mm.



Cacatua p. transfreta

Cacatua p. transfreta (Mees 1982)

Inglês: New Guinea Little Corella
Português: Cacatua Transfreta

Distribuição: Da parte meridional da Nova Guiné desde Kurik, Irian Jaya até o Rio Bensbach e Papua Nova Guiné.

Descrição: Semelhante a gymnopsis, mas só com a cor abóbora mais clara na região das narinas e na base das penas, os lados internos do rabo e das asas tem uma cor castanho amarelada, o círculo ao redor dos olhos é azulado, seu bico é encurvado e pequeno, além de ser menor em tamanho.

Comprimento: 34 cm e de asa 224 a 255 mm.

Hábitat: Bosques abertos (especialmente com árvores de eucalipto), florestas de galeria, áreas pantanosas, áreas cultivadas com grupos isolados de árvores, também pode ser encontrada em áreas com arbustos altos, cidades, jardins e parques em algumas localidades.

Status: Com exceção da pastinator, todas as outras subespécies estão entre comum a muito comum. A pastinator só era achada em populações pequenas, mas recuperou-se em recentes anos por causa de proteção estatutária.

Hábitos: Normalmente são achadas em bandos, frequentemente ajuntamentos de mais de 100 e ocasionalmente milhares de pássaros. Os bandos parecem ser constituídos em média de 20% que casais que criam, 50% de casais que não criam, 20% de pássaros solteiros e 10% de filhotes. Os casais se separam do bando para criar, mas depois retornam com o filhote. Ocasionalmente podem ser encontradas junto com as Cacatuas galeritas. Suas árvores de descanso noturno estão normalmente perto de locais com água, elas bebem lá antes de partir de manhã bem cedo para se alimentar. Costumam se alimentar no solo e descansar nas horas quentes do meio-dia na sombra das folhagens das árvores, o bando é muitas vezes tão grande que as árvores parecem ser cobertas com folhas brancas. Voltam a tarde a se alimentar antes de voltar para dormir, bebem novamente água. Fazem migrações locais de até 250 km. Seu vôo é poderoso, com batidas de asas longas, porém rápidas, alternado com fases de planeio e gritos de chamado altos e contínuos.

Características: O nome cacatua vem do malaio, Kakatua, que significa papagaio grande, pois seu porte pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte dessas espécies possui uma charmosa crista de tamanho, cor e forma específica, que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Muito ativa imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoar às pessoas. Extremamente elegante e vistosa vem conquistando seu espaço como companheira de estimação. Por ser uma ave rara que pode falar, fazer truques como: andar de patins, pegar objetos e etc., seu preço não é nada em conta, podendo variar entre 3 e 35 mil reais dependendo da espécie. São monogâmicas e uma das coisas interessantes sobre essa magnífica ave é que batem com a pata em cima do ninho para dizer que ele lhes pertence. Cacatuas são de natureza agradável, porém bastante ruidosas, inicialmente são tímidas. São mais reservadas em viveiros grandes, mas logo se tornam confiantes. Muitos pássaros destroem partes de madeira regularmente em viveiros e telas de arame também, então, proveja madeira para que elas possam destruir. Galhos frescos são ignorados frequentemente, mas madeira podre e tábuas serão destruídas completamente. É normalmente pacífica, porém durante o período de criação tende a atacar pássaros de viveiros próximos, bicando os dedos do pé de seus vizinhos, chegando muita das vezes a amputá-los.

Dimorfismo: Só se consegue distinguir machos e fêmeas pela íris depois de 01 ano, onde o macho terá a íris preta e a fêmea um castanho avermelhado.

Dieta natural: Sementes de vários tipos de grama, vegetais, frutas, bagas, raízes, brotos, insetos e suas larvas. A pastinator cava regularmente a procura de raízes e de tubérculos (cebola, aipo, batata e etc.) que é a grande parte de sua dieta. Costumam danificar plantações de arroz, grãos e milho, especialmente na Austrália Ocidental.

Alimentação: Algumas espécies se alimentam exclusivamente nas árvores e outras também no chão, esta especificamente adora cavar atrás de tubérculos. São pássaros que possuem bico bem forte e geralmente pesado, permitindo comer todo tipo de castanhas, grãos e mistura de sementes grandes e pequenas como: girassol, milho, aveia, trigo e semente de abóbora. Gostam muito de milho verde, cana de açúcar, cenoura e pepino. Ainda comem também sementes germinadas, várias frutas, alguns tipos de tubérculos (aipo, batata, beterraba e etc.), verduras e legumes, frequentemente são seletivas, e ao se alimentar passam a fazer muito barulho, tornam-se relutantes em aceitar frutas, legumes e sementes diferentes. Então se fazem necessários suplementos minerais regulares e vitaminas. Não devem comer muita aveia no máximo três vezes por semana para não engordarem muito, animais gordos tem baixo índice de fertilidade. E nem muito girassol porque ataca o fígado, o ideal é uma ração que tenha uma mistura balanceada de sementes.

Período de reprodução: Depende das condições do tempo, no sudoeste da Austrália começa em agosto e vai até dezembro, na Austrália Ocidental de maio até junho e no norte da Austrália é desconhecido.

Reprodução: É alcançada regularmente, mas apenas recentemente, não é tão difícil como outras espécies de cacatua. É essencial isolar o casal durante esse período e colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Tornam-se muito barulhentas antes e durante o período de reprodução. O casal permanece à noite no ninho durante o período de criação. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 04 a 05 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que uma cacatua pode viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 04 ovos normalmente, mas pode chegar a 05 ovos, o choco começa a partir do segundo ovo colocado, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer duas posturas por ano. Ovo mede 38.8 x 28.5 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos das árvores, na Austrália Ocidental e em ilhas fora da orla também usam fendas e excepcionalmente podem usar pequenos montes. Já fora observado ninhos localizados a uma altura de 3.4 m a 9.8 m do solo. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore e forrados com 10 a 15 cm de serragem, têm uma ainda melhor aceitação.

Tempo de incubação: 23 a 24 dias.

Filhotes: Os filhotes são iguais aos adultos, mas com o bico menor e o círculo ao redor do olho com um azul mais claro. Após 01 ano as fêmeas podem ser identificadas pelas íris que começam a clarear e só com 04 anos é que a cor se define por completo. Normalmente nascem os 02, mas a mãe às vezes só alimenta 01 dos filhotes. Deve-se então retirar 01 do ninho e tratá-lo no bico. Só saem do ninho de 45 a 56 dias e depois levam um bom tempo (04 semanas) ainda sendo alimentados pelos pais.
Viveiros: Ideal 4 x 2 x 2 m. Podem ser criadas em gaiolas de 1 m/ 1,2 m/ 3 m, mas há necessidade de entretenimento, do contrário podem desenvolver vários vícios como o de gritar alto, destruir com o bico tudo ao seu redor e até arrancar as próprias penas. A solução é mantê-la ocupada com coisas para brincar e mastigar como: poleiros, brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela, ossos de couro de boi para cães e alimentos de difícil acesso (nozes, sementes, castanhas, vagens e etc.). Por causa de tal comportamento e por serem monogâmicas, aconselha-se manter apenas um casal em cada viveiro. Se for mais de um par devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até a morte. Em viveiros grandes se sentem mais seguras e consequentemente a reprodução é melhor. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidas de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: 11 mm para a Pastinator e 10 mm para as demais.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas significa doença.



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