Cacatua Negra – Probosciger a. aterrimus

Cacatua Negra – Probosciger a. aterrimus

Probosciger a. aterrimus
(Gmelin 1788)

Inglês: Palm Cockatoo.
Português: Cacatua Negra

Distribuição: Ilhas de Aru, Ilha de Misool, parte meridional da Nova Guiné desde o leste de Merauke até o Golfo de Papua e na Península de York no norte da Austrália.

Descrição: Sua plumagem em geral é preta acinzentada. Possui testa preta, bochechas vermelhas e que quando excitada, fica ainda mais vermelha. Sua crista consiste de penas estreitas e longas encurvadas para trás, a pele circular ao redor do olho é preta, tem íris marrom escuro e os pés cinza.

Comprimento: 60 cm e asa de 305 mm: 390 mm.

Sub-espécies



Probosciger a. goliath

Probosciger a. goliath
(Kuhl 1820)

Inglês: Great Palm Cockatoo
Português: Cacatua Negra Goliath

Distribuição: Península de Vogelkop, na parte ocidental da Nova Guiné, do leste para o sudeste de Papua e nas Ilhas Papuan ocidentais (menos Misool).

Descrição: Muito parecida com a aterrimus, porém maior.

Comprimento: 68 cm e asa de 355: 405 mm.



Probosciger a. goliath

Probosciger a. goliath
(Kuhl 1820)

Inglês: Great Palm Cockatoo
Português: Cacatua Negra Goliath

Distribuição: Península de Vogelkop, na parte ocidental da Nova Guiné, do leste para o sudeste de Papua e nas Ilhas Papuan ocidentais (menos Misool).

Probosciger a. stenolophus (van Oort 1911)

Inglês: Van Oorts Palm Cockatoo
Português: Cacatua Negra de Van Oorts

Distribuição: Norte da Nova Guiné desde o Rio de Mamberamo, parte ocidental de Irian, leste da baía de Collingwood , parte oriental da Papua e na Ilha de Japen.

Descrição: Muito parecida com a aterrimus, porém maior. Tem um afilamento bem pronunciado das penas da crista (não mais curta como ocasionalmente é mencionado).

Comprimento: 68 cm e asa de 355: 410 mm.

Nota: Já foram descritas as subespécies alecto e a intermedius, porém não são reconhecidas.

Hábitat: Floresta tropical, extremidades de floresta, áreas de clareiras, floresta secundária alta, áreas pantanosas e savanas com bosques de até 1.350 metros de altura.

Status: Era comum, mas já não é achada em muitas áreas, está em risco de extinção por causa da captura e da caça.

Hábitos: Vive isoladamente, em pares ou grupos pequenos de até 07 (sete) pássaros fora da estação de criação. Discreta, é vista principalmente empoleirada em árvores altas ou em vôo no começo da manhã ou ao entardecer. Freqüentemente está com a crista levantada, particularmente se transtornada. Voam com a crista abaixada e com batidas de asas lentas interrompidas por fases planeio, mantém contato umas com as outras com gritos durante o vôo, sua chamada de alarme é um guincho rouco e curto. Busca comida em árvores, ocasionalmente procura alimentação no chão.

Características: O nome cacatua vem do malaio, Kakatua, que significa papagaio grande, pois seu porte pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte dessas espécies possui uma charmosa crista de tamanho, cor e forma específica, que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Muito ativa imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoar às pessoas. Extremamente elegante e vistosa vem conquistando seu espaço como companheira de estimação. Por ser uma ave rara que pode falar, fazer truques como: andar de patins, pegar objetos e etc., seu preço não é nada em conta, podendo variar entre 3 e 35 mil reais dependendo da espécie. São monogâmicas e uma das coisas interessantes sobre essa magnífica ave é que batem com a pata em cima do ninho para dizer que ele lhes pertence. Cacatuas são de natureza agradável, porém bastante ruidosas, inicialmente são tímidas. São mais reservadas em viveiros grandes, mas logo se tornam confiantes, ficam apáticas em gaiolas ou viveiros pequenos. Muitos pássaros destroem partes de madeira regularmente em viveiros e telas de arame também, então, proveja madeira para que elas possam destruir. É normalmente pacífica, porém durante o período de criação tende a atacar pássaros de viveiros próximos, bicando os dedos do pé de seus vizinhos, chegando muita das vezes a amputá-los.

Dimorfismo: A fêmea é igual ao macho, porém menor e com a parte superior do bico também menor.

Dieta natural: Sementes, nozes, frutas, bagas, raízes, brotos, insetos e suas larvas.

Alimentação: Algumas espécies se alimentam exclusivamente nas árvores e outras também no chão. São pássaros que possuem bico bem forte e geralmente pesado, permitindo comer todo tipo de castanhas, grãos e mistura de sementes grandes e pequenas como: girassol, milho, aveia, trigo e sementes de abóbora. Gostam muito de milho verde, nozes, cana de açúcar, cenoura e pepino. Ainda comem também sementes germinadas, várias frutas (em particular maçãs), verduras e legumes, frequentemente são seletivas, e ao se alimentar passam a fazer muito barulho, tornam-se relutantes em aceitar frutas, legumes e sementes diferentes. Os maiores problemas acontecem com a mudança de dieta durante aclimatação, nozes e avelãs são as que primeiro são comidas. Então se faz necessários suplementos minerais regulares e vitaminas. Não devem comer muita aveia no máximo três vezes por semana para não engordarem muito, animais gordos tem baixo índice de fertilidade. E nem muito girassol porque ataca o fígado, o ideal é uma ração que tenha uma mistura balanceada de sementes.

Período de reprodução: Cria de agosto a janeiro.

Reprodução: Sua reprodução não é frequentemente alcançada. Durante o namoro suas bochechas ficam ainda mais vermelhas, sua crista se ergue e costuma fazer barulho com seus pés ou com pedaços de galhos batendo-os contra um tronco. Forneça galhos para forrar o ninho, obstrua parcialmente a entrada do ninho com uma madeira macia, isto estimula a reprodução. Forneça mais proteína animal antes e durante a criação. Quando os casais estão criando são sensíveis à perturbação e mudanças de ambiente. Durante esse período, é importante variar bastante a alimentação para que o filhote tenha um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 08 a 10 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que uma cacatua pode viver em cativeiro, com os devidos cuidados, entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: 01 único ovo por postura podendo fazer 02 posturas por ano. Ovo mede 48,9 x 36,5 mm.

Ninhos: Na natureza procuram por buracos em galhos grandes ou árvores mortas. A entrada de seu ninho estará geralmente a 10m de altura, com 1,30 m de profundidade e diâmetro de entre 25 cm e 60 cm. O casal roí todos os lados do ninho e gostam de forrá-lo com pequenos pedaços de madeira. Em cativeiro, os verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima do filhote. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, assim como as quinas que o bico delas pode alcançar por cantoneiras de ferro, para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida.

Tempo de incubação: 28 a 35 dias.

Filhotes: O filhote têm a parte superior do bico bem mais claro que os adultos. Sai do ninho com 95 a 110 dias e se torna independente de 4 a 6 semanas após deixá-lo.

Viveiros: Ideal 8 x 3 x 2 m. Há necessidade de viveiros grandes para a reprodução. Podem ser criadas em gaiolas de 1 m/ 1,2 m/ 3 m, mas há necessidade de entretenimento, do contrário, pode desenvolver vários vícios como o de gritar alto, destruir com o bico tudo ao seu redor e até arrancar as próprias penas. A solução é mantê-la ocupada com coisas para brincar e mastigar como: poleiros, brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela, ossos de couro de boi para cães e alimentos de difícil acesso (nozes, sementes, castanhas, vagens e etc.). Por causa de tal comportamento e por serem monogâmicas, aconselha-se manter apenas um casal em cada viveiro. Se for mais de um par, devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até a morte, em viveiros grandes se sentem mais seguras e a reprodução é melhor.
Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: 13 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas significa doença.



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