Cacatua Magníficus -Calyptorhynchus m. magnificus
Calyptorhynchus m. magnificus or female (Shaw 1790)
Inglês: Red-tailed Cockatoo
Português: Cacatua Magníficus
Distribuição: Austrália oriental, desde a Península de Cape York e o Golfo de Carpentaria do sul até o nordeste de Nova Wales do Sul, antigamente se estendia até Sydney.
Descrição: Sua plumagem em geral é vermelha, possui uma faixa azul estreita na nuca, as costas e as asas são verdes, tem uma listra de cor verde clara no meio da asa, a anca e a região mais alta coberta pelo rabo são azuis, as penas centrais do rabo são pretas, as penas laterais são pretas esverdeadas, a parte superior do bico é vermelha com a ponta preta, enquanto a debaixo é completamente preta, sua íris é amarela e seus pés são cinzas.
Comprimento: 42 cm e de asa 205 a 233 mm.
Sub-espécies
Calyptorhynchus m. macrorhynchus
Calyptorhynchus m. macrorhynchus or female
(Gould 1842)
Inglês: Goulds Red-tailed Cockatoo
Português: Cacatua macrorhynchus
Distribuição: Ao norte da Austrália e algumas ilhas perto da praia.
Descrição: É igual a magnificus, mas com o bico mais largo e mais forte.
Comrimento: 60 cm e de asa 385 a 455 mm.
Calyptorhynchus m. samueli
Calyptorhynchus m. samueli (Matthews 1917)
Inglês: Matthews Red-tailed Cockatoo
Português: Cacatua Samueli
Distribuição: Austrália central.
Descrição: Igual a magnificus, mas menor em tamanho e bico.
Comprimento: 55 cm e de asa 375 a 400 mm.
Calyptorhynchus m. naso
Calyptorhynchus m. naso
(Gould 1836)
Inglês: Western Red-tailed Cockatoo
Português: Cacatua Naso
Distribuição: Está limitada a região sul da Austrália ocidental
Descrição: Semelhante a magnificus, mas com a crista menor e mais arredondada, bico menor, mas aparentemente mais forte.
Comprimento: 55 cm e de asa 365 a 412 mm.
Hábitat: Áreas abertas com árvores, especialmente ao longo de cursos de água, floresta litorânea, áreas cultivadas, plantações e savanas.
Status: Normalmente comum, mas rara em alguns lugares.
Hábitos: São vistas aos pares, grupos familiares e bandos pequenos fora período reprodutivo, ocasionalmente podem ser vistas em grandes grupos com mais de 100 pássaros e muitas das vezes junto com Cacatuas funereus. Ruidosa, é fácil de ser distinguida. Em áreas arborizadas só descem ao solo para beber, mas em áreas abertas elas se alimentam também no solo, ficando inclusive, menos cautelosa. Caso seja perturbada, o bando inteiro voa imediatamente. As árvores de descanso estão preferencialmente localizadas ao longo de cursos de água, de onde ao amanhecer voam para beber e só depois saem para se alimentar, durante período do meio-dia que está quente, elas descansam em árvores altas de eucalipto e logo antes do pôr-do-sol elas buscam água novamente, então voltam aos seus lugares de descanso. Ficam bem ativas em noites enluaradas em suas árvores de descanso. Fazem migrações sazonais no norte da Austrália, já no sul, elas são completamente nômades, a direção depende da disponibilidade de comida. Voam devagar, com um grito contínuo e extremamente estridente.
Características: O nome cacatua vem do malaio, Kakatua, que significa papagaio grande, pois seu porte pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte dessas espécies possui uma charmosa crista de tamanho, cor e forma específica, que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Muito ativa imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoar às pessoas. Extremamente elegante e vistosa vem conquistando seu espaço como companheira de estimação. Por ser uma ave rara que pode falar, fazer truques como: andar de patins, pegar objetos e etc., seu preço não é nada em conta, podendo variar entre 3 e 35 mil reais dependendo da espécie. São monogâmicas e uma das coisas interessantes sobre essa magnífica ave é que batem com a pata em cima do ninho para dizer que ele lhes pertence. Cacatuas são de natureza agradável, porém bastante ruidosas, inicialmente são tímidas. São mais reservadas em viveiros grandes, mas logo se tornam confiantes. São muito robustas depois de aclimatadas, às vezes tem problemas com mudanças de dieta, proporcione então, para galhos com flores e brotos como também frutos, é sensível a umidade e a tempo frio. Muitos pássaros destroem partes de madeira regularmente em viveiros e telas de arame também, então, proveja madeira para que elas possam destruir. Galhos frescos são ignorados frequentemente, mas madeira podre e tábuas serão destruídas completamente. É normalmente pacífica, porém durante o período de criação tende a atacar pássaros de viveiros próximos, bicando os dedos do pé de seus vizinhos, chegando muita das vezes a amputá-los.
Dimorfismo: A fêmea é geralmente castanho escuro, possuem várias pintas marrons claras na cabeça e nas penas de vôo primárias, suas penas do peito e abdômen terminam com uma lista marrom clara e como o macho possui uma faixa lateral no rabo, só que ao invés de vermelha, é amarela e tem o bico preto acinzentado.
Dieta natural: Sementes de eucalipto, sementes pequenas, inclusive sementes de grama, frutas, néctar, bagas, insetos e suas larvas.
Alimentação: Algumas espécies se alimentam exclusivamente nas árvores e outras também no chão. São pássaros que possuem bico bem forte e geralmente pesado, permitindo comer todo tipo de castanhas, grãos e mistura de sementes grandes e pequenas como: girassol, milho, aveia, trigo e semente de abóbora. Gostam muito de milho verde, cana de açúcar, cenoura e pepino. Ainda comem também sementes germinadas, várias frutas (especialmente maçã), verduras e legumes, devem ter uma provisão regular de insetos, vermes etc., embora frequentemente recuse, queijo e picadinho de carne são alternativas. Frequentemente são seletivas, e ao se alimentar passam a fazer muito barulho, tornam-se relutantes em aceitar frutas, legumes e sementes diferentes. Então se fazem necessários suplementos minerais regulares e vitaminas. Não devem comer muita aveia no máximo três vezes por semana para não engordarem muito, animais gordos tem baixo índice de fertilidade. E nem muito girassol porque ataca o fígado, o ideal é uma ração que tenha uma mistura balanceada de sementes.
Período de reprodução: Seu período de procriação é variado entre julho a outubro na maioria das localidades e de março a abril no sudoeste da Austrália, onde é possível que haja duas posturas.
Reprodução: É raramente alcançada. É essencial isolar o casal durante esse período e colocá-los em um viveiro grande e quieto é muito vantajoso. Forneça mais proteína animal antes e durante a criação. Ambos chocam, fazem um revezamento, o macho durante o dia e a fêmea à noite. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.
Amadurecimento sexual: 04 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que uma cacatua pode viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 01 raramente 02 ovos, frequentemente infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer duas posturas por ano. Ovo mede 51.1 x 36.5 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em galhos grandes ou nos ocos nas árvores de eucalipto mortas, altas de preferência e forrados com pedaços pequenos de madeira. Em cativeiro, o ninho deve ficar bem alto e deverão ser oferecidos galhos para construção do mesmo, os verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.
Tempo de incubação: 30 dias.
Filhotes: Os filhotes são iguais às fêmeas, machos jovens atingem plumagem de adulto com 04 anos. Podem nascer os 02, mas a mãe só alimenta 01 dos filhotes. Deve-se então retirar 01 do ninho e tratá-lo no bico. Só saem do ninho entre 75 a 96 dias e depois ainda levam 04 meses sendo alimentados pelos pais.
Viveiros: Ideal 8x3x2m. Podem ser criadas em gaiolas de 1 m/ 1,2 m/ 3 m, mas tornam-se apáticos, há então, necessidade de entretenimento, do contrário pode desenvolver vários vícios como o de gritar alto, destruir com o bico tudo ao seu redor e até arrancar as próprias penas. A solução é mantê-la ocupada com coisas para brincar e mastigar como: poleiros, brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela, ossos de couro de boi para cães e alimentos de difícil acesso (nozes, sementes, castanhas, vagens e etc.). Por causa de tal comportamento e por serem monogâmicas, aconselha-se manter apenas um casal em cada viveiro. Se for mais de um par devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até a morte. Em viveiros grandes se sentem mais seguras e consequentemente a reprodução é melhor. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidas de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos de forma a receber o sol da manhã.
Umidade: 45 a 50%.
Tamanho da anilha: 13 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.