Cacatua Inca – Cacatua l. leadbeateri

Cacatua Inca – Cacatua l. leadbeateri

Cacatua l. leadbeateri
(Vigors 1831)

Inglês: Major Mitchells Cockatoo
Português: Cacatua Inca ou Major Mitchell

Distribuição: Áreas áridas e semi-áridas do interior da Austrália com exceção do nordeste.

Descrição: As penas da crista têm a base rosa, as pontas brancas, uma faixa central vermelha e nesta uma listra amarela no centro. Sua cabeça, peito e abdômen são de cor salmão, possui ainda um vistoso branco na parte mais baixa do abdômen e nas asas, o círculo ao redor dos olhos é branco, sua íris é marrom escuro, têm os pés cinza e o bico cinza escuro.

Comprimento: 35 cm.

Sub-espécies



Cacatua l. mollis

Cacatua l. mollis (Mathews 1912)

Inglês: Mathews Pink Cockatoo
Português: Cacatua Rosa

Distribuição: Só é encontrada da Missão de Warburton no Distrito de Carnamah na Austrália Ocidental.

Descrição: Semelhante a leadbeateri, mas com o vermelho da crista mais escuro e a faixa amarela completamente ausente ou muito tênue.

Comprimento: 35 cm.

Hábitat: Áreas com árvores nas zonas áridas e semi-áridas. Preferem eucalipto e árvores de casuarina. Regularmente é vista em pastos com pequena cobertura de árvores e ao longo de cursos de água.

Status: De incomum para rara. Em alguns lugares são expulsas pelas Galahs (roseicapillus de Eolophus).

Hábitos: Normalmente são encontradas aos pares ou grupos pequenos, só excepcionalmente em bandos grandes de até 60 pássaros, frequentemente são vistas junto com as cacatuas Galahs. Gasta a maior parte do dia se alimentando no chão, em arbustos ou em árvores. Dificilmente permitem aproximação. Ao amanhecer voam de suas árvores de descanso para beber, então se alimentam e vão descansar em árvores altas durante o período do meio-dia que é bem quente, logo antes o pôr-do-sol elas buscam água novamente e então voltam ao seu local de descanso. Quando pousam erguem suas cristas. Em parte, pode ser considerada nômade, pois sua direção é determinada pela quantidade de água disponível. Seu vôo é ligeiramente rápido, acompanhado por gritos contínuos e raramente voa distâncias longas ou altas.

Características: O nome cacatua vem do malaio, Kakatua, que significa papagaio grande, pois seu porte pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte dessas espécies possui uma charmosa crista de tamanho, cor e forma específica, que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Muito ativa imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoar às pessoas. Extremamente elegante e vistosa vem conquistando seu espaço como companheira de estimação. Por ser uma ave rara que pode falar, fazer truques como: andar de patins, pegar objetos e etc., seu preço não é nada em conta, podendo variar entre 3 e 35 mil reais dependendo da espécie. São monogâmicas e uma das coisas interessantes sobre essa magnífica ave é que batem com a pata em cima do ninho para dizer que ele lhes pertence. Cacatuas são de natureza agradável, porém bastante ruidosas, inicialmente são tímidas. São mais reservadas em viveiros grandes, mas logo se tornam confiantes. Muitos pássaros destroem partes de madeira regularmente em viveiros e telas de arame também, então, proveja madeira para que elas possam destruir. É incompatível com outra espécie de cacatua e necessita de calor. É normalmente pacífica, porém durante o período de criação tende a atacar pássaros de viveiros próximos, bicando os dedos do pé de seus vizinhos, chegando muita das vezes a amputá-los.

Dimorfismo: A fêmea é bem parecida com o macho, porém com mais branco no abdômen, a faixa amarela da crista é mais larga e a íris é castanha avermelhada.

Dieta natural: Sementes de grama, vegetais, frutas, bagas, raízes, insetos e suas larvas, sementes de melão são sua preferência.

Alimentação: Algumas espécies se alimentam exclusivamente nas árvores e outras também no chão. São pássaros que possuem bico bem forte e geralmente pesado, permitindo comer todo tipo de castanhas, grãos e mistura de sementes grandes e pequenas como: girassol, milho, aveia, trigo e semente de abóbora. Gostam muito de milho verde, cana de açúcar, cenoura e pepino. Ainda comem também sementes germinadas, várias frutas (especialmente maçã), verduras e legumes, frequentemente são seletivas, e ao se alimentar passam a fazer muito barulho, tornam-se relutantes em aceitar frutas, legumes e sementes diferentes. Então se faz necessários suplementos minerais regulares e vitaminas. Não devem comer muita aveia no máximo três vezes por semana para não engordarem muito, animais gordos tem baixo índice de fertilidade. E nem muito girassol porque ataca o fígado, o ideal é uma ração que tenha uma mistura balanceada de sementes.

Período de reprodução: Sua estação de procriação é variada, no norte da Austrália em maio e ao sul, entre agosto e dezembro.

Reprodução: É normalmente alcançada. Forneça galhos frescos com folhas para forrar o ninho, obstrua parcialmente a entrada do ninho com uma madeira macia, isto estimula a reprodução. Forneça mais proteína animal antes e durante a criação. Ambos chocam, fazem um revezamento, o macho durante o dia e a fêmea à noite. Durante esse período, é importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que o fêmeo bote os ovos, vá se retirando e colocando ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los todos ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nasceram primeiro, muitas das vezes não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que uma cacatua pode viver em cativeiro, com os devidos cuidados, entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: 03 a 04 ovos (muito raramente 05) por postura podendo fazer 02 posturas por ano. Ovo mede 39.1 x 29.5 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em ocos de galhos ou árvores mortas, de preferência eucaliptos altos e ao lado de água, a entrada do ninho estará entre 3m e 9m do solo. O casal faz o ninho juntos, roem todos os lados do ninho e gostam de forrá-lo com pequenos pedaços de madeira. Em cativeiro, os verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, assim como as quinas que o bico delas pode alcançar por cantoneiras de ferro, para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação..

Tempo de incubação: 26 dias.

Filhotes: Filhotes tem plumagem ligeiramente mais escura e a íris em ambos sexos é marrom. Saem do ninho com 8 semanas e se tornam independentes de 4 a 6 semanas após deixá-lo. Podem nascer todos, mas a mãe às vezes só alimenta 01 ou 02 filhotes. Deve-se então retirar os demais do ninho e tratá-los no bico.

Viveiros: Ideal 6 x 2 x 2 m. Podem ser criadas em gaiolas de 1 m/ 1,2 m/ 3 m, mas há necessidade de entretenimento, do contrário, pode desenvolver vários vícios como o de gritar alto, destruir com o bico tudo ao seu redor e até arrancar as próprias penas. A solução é mantê-la ocupada com coisas para brincar e mastigar como: poleiros, brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela, ossos de couro de boi para cães e alimentos de difícil acesso (nozes, sementes, castanhas, vagens e etc.). Por causa de tal comportamento e por serem monogâmicas, aconselha-se manter apenas um casal em cada viveiro. Se for mais de um par, devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até a morte, em viveiros grandes se sentem mais seguras e a reprodução é melhor.
Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: 11 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas significa doença.



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