Cacatua Galerita Galerita – Cacatua g. galerita

Cacatua Galerita Galerita – Cacatua g. galerita

Cacatua g. galerita (Latham 1790)

Inglês: Sulphur-crested cockatoo
Português: Cacatua Galerita Galerita

Distribuição: Parte oriental e sul do leste da Austrália até a parte mais sul da parte meridional da Austrália, Tasmânia e Ilha Rei. Foi introduzida na Nova Zelândia.

Descrição: Em geral sua plumagem é toda branca, sua orelha é coberta por penas amarelas claras e tem a crista amarela. Debaixo da asa e na parte interna do rabo, tem uma cor amarela clara, o anel ao redor do olho é branco e ocasionalmente pode ser de cor azul bem claro, sua íris é marrom quase preta e os pés cinza.

Comprimento: 50 cm e asa 295: 390 mm.

Sub-espécies



Cacatua g. fitzroyi

Cacatua g. fitzroyi (Mathews 1912)

Inglês: Mathews Cockatoo
Português: Cacatua Mathews

Distribuição: Norte da Austrália, encontrada desde o Rio Fitzroy até o Golfo de Carpentaria e mais todas as grandes ilhas próximas.

Descrição: Semelhante a scapularis, mas bem menor.

Comprimento: 38 cm e de asa 185 a 203 mm.



Cacatua g. triton

Cacatua g. triton (Temminck 1849)

Inglês: Triton Cockatoo
Português: Cacatua Triton

Distribuição: Nova Guiné e Ilhas Papuan Ocidentais, ilhas da Baía de Geelvink, Goodenough, Fergusson e Normanby, Arquipélago de Louisiade, Trobri: Ilhas Woodlark, foi introduzida em Ceramlaut e Goramlaut, Indonésia como também nas ilhas Palau no Pacífico.

Descrição: Igual a galerita, mas com crista mais larga e mais arredondada, anel ao redor do olho azul e é menor em tamanho.

Comprimento: 46 cm e asa 260: 350 mm.



Cacatua g. eleonora

Cacatua g. eleonora (Finsch 1863)

Inglês: Eleonora Cockatoo
Português: Cacatua Eleonora

Distribuição: Ilhas Aru, Indonesia, foi introduzida nas Ilhas Kai.

Descrição: Como a triton, mas com o bico bem menor e menor em tamanho também.

Comprimento: 44 cm e asa 260: 295 mm.

Hábitat: Florestas, áreas parcialmente abertas, bosques abertos, extremidades de floresta e áreas a 1,500 m semi-áridas com árvores e localidades a 2,400 m. Alimentam-se regularmente em áreas cultivadas e próximas a comunidades.

Status: Tem sido comum. Em algumas localidades sua população tem diminuído por causa da caça e do comércio.

Hábitos: Na Nova Guiné permitem a aproximação, porém na Austrália é frequentemente difícil. É distinguida por causa do seu barulho. Não é difícil de vê-la na folhagem. Andam aos pares ou em bandos pequenos de até 30 pássaros. Fora do período de reprodução já foram vistos bandos com mais de 100 pássaros na Austrália, excepcionalmente pode ser encontrada em bandos ainda maiores se alimentando em árvores. Preferem para poleiro, árvores altas em extremidade de floresta, ao amanhecer voam e gritam ruidosamente quando estão próximas de poças d´água, passam o dia nas áreas de alimentação, preferem se alimentar em árvores, mas também vão ao solo, muito cautelosas, alguns pássaros montam guarda enquanto o bando se alimenta. Passam as horas quentes do dia na sombra das copas das árvores, retornando as árvores de descanso ao entardecer e de lá, gritam e alguns brigam até anoitecer. Migram entre diferentes altitudes no inverno e verão, seus vôos são bastante regular, com batidas de asas fracas intercaladas com planeio, frequentemente em círculos largos, extensos. O vôo é acompanhado por chamadas, gritos repetidos e altos, mas também de vez em quando, assobia ou gorjeia. Sua chamada de alarme é bem estridente.

Características: O nome cacatua vem do malaio, Kakatua, que significa papagaio grande, pois seu porte pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte destas espécies possui uma charmosa crista de tamanho, cor e forma específica, que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Muito ativa imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoar às pessoas. Extremamente elegante e vistosa vem conquistando seu espaço como companheira de estimação. Por ser uma ave rara que pode falar, fazer truques como: andar de patins, pegar objetos e etc., seu preço não é nada em conta, podendo variar entre 3 e 35 mil reais dependendo da espécie. São monogâmicas e uma das coisas interessantes sobre essa magnífica ave é que batem com um dos pés em cima do ninho para dizer que ele lhes pertence. Cacatuas são de natureza agradável, porém bastante ruidosas. Inicialmente são tímidas. São mais reservadas em viveiros grandes, mas logo se tornam confiantes. Muitos pássaros destroem partes de madeira regularmente em viveiros e telas de arame também, então, proveja madeira para que elas possam destruir. Galhos frescos são ignorados frequentemente, mas madeira podre e tábuas serão destruídas completamente. É normalmente pacífica, porém durante o período de criação tende a atacar pássaros de viveiros próximos, bicando os dedos do pé de seus vizinhos, chegando muita das vezes a amputá-los.

Dimorfismo: Só se consegue distinguir machos e fêmeas pela íris, onde o macho terá a íris quase preta e a fêmea um castanho avermelhado.

Dieta natural: Sementes, frutas, bagas, brotos, flores, insetos e suas larvas, regularmente se alimentam em áreas cultivadas.

Alimentação: Algumas espécies se alimentam exclusivamente nas árvores e outras também no chão. São pássaros que possuem bico bem forte e geralmente pesado, permitindo comer todo tipo de castanhas, grãos e mistura de sementes grandes e pequenas como: girassol, milho, aveia, sementes de ervas daninhas, trigo e semente de abóbora. Gostam muito de milho verde, cana de açúcar, cenoura e pepino. Ainda comem: sementes germinadas, várias frutas (maçã, laranja, cerejas, uvas e etc.), verduras e legumes, frequentemente são seletivas, e ao se alimentar passam a fazer muito barulho, tornam-se relutantes em aceitar frutas, legumes e sementes diferentes. Então se fazem necessários suplementos minerais regulares e vitaminas. Não devem comer muita aveia no máximo três vezes por semana para não engordarem muito, animais gordos tem baixo índice de fertilidade. E nem muito girassol porque ataca o fígado, o ideal é uma ração que tenha uma mistura balanceada de sementes.

Período de reprodução: Cria na Austrália meridional de agosto a janeiro, ao norte, de maio a setembro, na parte meridional da Nova Guiné de agosto a novembro e no norte em fevereiro.

Reprodução: É regularmente alcançada. Deve-se isolar os casais em viveiros grandes, notoriamente sossegados. São muitas vezes sensíveis as inspeções do ninho. Em exibição de namoro quando da aproximação do macho, a fêmea levanta sua crista, move a cabeça para cima e para baixo, de um lado para outro, acariciam-se mutuamente e finalmente copulam. Forneça galhos com folhas para forrar o ninho, obstrua parcialmente a entrada do ninho com uma madeira macia, isto estimula a reprodução. Forneça mais proteína animal antes e durante a criação. Ambos chocam, fazem um revezamento, o macho durante o dia e a fêmea à noite. Durante esse período, é importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea bote os ovos, vá se retirando e colocando ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los todos ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nasceram primeiro, muitas das vezes não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que uma cacatua pode viver em cativeiro, com os devidos cuidados, entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 03 ovos normalmente, ocasionalmente acontece de estarem infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer duas posturas por ano. Ovo mede 46,5 x 33,5 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em ocos de galhos ou árvores mortas, de preferência eucaliptos altos ao lado de cursos d´água, a entrada do ninho estará entre 1 e 20 m do solo. O casal roí todos os lados do ninho e gostam de forrá-lo com folhas de eucalipto. Os verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, assim como as quinas que o bico delas pode alcançar por cantoneiras de ferro, para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.

Tempo de incubação: 29 a 30 dias.

Filhotes: Os filhotes são iguais aos adultos. Após 01 ano as fêmeas podem ser identificadas pelas íris que começam a clarear e só com 04 anos é que a cor se define por completo. Podem nascer os 02, mas não é incomum que a mãe só alimente 01 dos filhotes. Saem do ninho com 9 a 10 semanas e se tornam independentes de 4 a 6 semanas após deixá-lo.

Viveiros: Ideal deverá ter 5 x 2 x 3 m. Podem ser criadas em gaiolas de 1 m/ 1,2 m/ 3 m, mas há necessidade de entretenimento, do contrário, pode desenvolver vários vícios como o de gritar alto, destruir com o bico tudo ao seu redor e até arrancar as próprias penas. A solução é mantê-la ocupada com coisas para brincar e mastigar como: poleiros, brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela, ossos de couro de boi para cães e alimentos de difícil acesso (nozes, sementes, castanhas, vagens e etc.). Por causa de tal comportamento e por serem monogâmicas, aconselha-se manter apenas um casal em cada viveiro. Se for mais de um par, devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até a morte, em viveiros grandes se sentem mais seguras e a reprodução é melhor.
Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Umidade: 45 a 50%.

Tamanho da anilha: Nas maiores 13 mm e nas menores 12 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas significa doença.



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