Cacatua Ducorps – Cacatua Ducorps
Inglês: Ducorps Cockatoo
Português: Cacatua Ducorps
Distribuição: Parte oriental das Ilhas Salomão, de Bougainville até Malaita, mas também podem ser achadas no grupo de ilhas de San Cristovão.
Descrição: É quase toda branca, sua cabeça e às vezes as penas do peito podem ter uma cor rosa pálido, mas não é muito perceptível, o lado interno das asas e as penas do rabo são amarelo claro, possui uma crista larga e redonda, o anel ao redor do olho é branco, sua íris vai do marrom ao negro e tem pés cinza.
Comprimento: 31 cm.
Hábitat: Florestas, extremidades de floresta e vegetação secundária alta de mata tropical, coberta de nuvens a 1,700 m, ocasionalmente é encontrada em árvores de jardins.
Status: É bem comum.
Hábitos: Andam aos pares ou grupos pequenos de até 8 pássaros fora da estação reprodução, rebanhos ocasionalmente maiores são vistos em áreas com comida abundante. Juntam-se ao entardecer em árvores de descanso, empoleirando-se em galhos externos das árvores mais altas. Pela manhã, elas voam cedo, guinchando ruidosamente e alimentando-se no solo. Tímida e cautelosa, só desce ao solo para se alimentar e beber com alguns pássaros em vigia em árvores circunvizinhas, se perturbada, elas saem voando e gritando ruidosamente. Seu vôo é variado entre batidas fortes de asa, intercalados com fases de planeio, dão gritos roucos e altos durante vôo, frequentemente o guincho é contínuo.
Características: O nome cacatua vem do malaio, Kakatua, que significa papagaio grande, pois seu porte pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte dessas espécies possui uma charmosa crista de tamanho, cor e forma específica, que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Muito ativa imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoar às pessoas. Extremamente elegante e vistosa vem conquistando seu espaço como companheira de estimação. Por ser uma ave rara que pode falar, fazer truques como: andar de patins, pegar objetos e etc., seu preço não é nada em conta, podendo variar entre 3 e 35 mil reais dependendo da espécie. São monogâmicas e uma das coisas interessantes sobre essa magnífica ave é que batem com a pata em cima do ninho para dizer que ele lhes pertence. Cacatuas são de natureza agradável, porém bastante ruidosas, inicialmente são tímidas. São mais reservadas em viveiros grandes, mas logo se tornam confiantes. Muitos pássaros destroem partes de madeira regularmente em viveiros e telas de arame também, então, proveja madeira para que elas possam destruir. Galhos frescos são ignorados frequentemente, mas madeira podre e tábuas serão destruídas completamente. É normalmente pacífica, porém durante o período de criação tende a atacar pássaros de viveiros próximos, bicando os dedos do pé de seus vizinhos, chegando muita das vezes a amputá-los.
Dimorfismo: Só se consegue distinguir machos e fêmeas pela íris depois de 01 ano, onde o macho terá a íris preta e a fêmea um castanho avermelhado.
Dieta natural: Sementes, frutas, baga, flores, plantas carnosas, brotos de folha, insetos e suas larvas. Ocasionalmente se alimentam em plantações de milho e campos de grão, causando dano considerável, elas comem banana e mamão em plantações de frutas e cavam para pegar batatas doces em plantações, apesar disto não perseguida pelos habitantes.
Alimentação: Algumas espécies se alimentam exclusivamente nas árvores e outras também no chão. São pássaros que possuem bico bem forte e geralmente pesado, permitindo comer todo tipo de castanhas, grãos e mistura de sementes grandes e pequenas como: girassol, milho, aveia, trigo e semente de abóbora. Gostam muito de milho verde, cana de açúcar, cenoura e pepino. Ainda comem também sementes germinadas, galhos frescos com flores e brotos, várias frutas, verduras e legumes, frequentemente são seletivas, e ao se alimentar passam a fazer muito barulho, tornam-se relutantes em aceitar frutas, legumes e sementes diferentes. Então se faz necessários suplementos minerais regulares e vitaminas. Não devem comer muita aveia no máximo três vezes por semana para não engordarem muito, animais gordos tem baixo índice de fertilidade. E nem muito girassol porque ataca o fígado, o ideal é uma ração que tenha uma mistura balanceada de sementes.
Período de reprodução: Na natureza criam de julho a setembro.
Reprodução: Não é frequentemente alcançada. Acertar casais compatíveis é talvez uma das coisas mais difíceis. É essencial isolar o casal durante esse período e colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Macho ataca frequentemente e fere a fêmea. Uma boa maneira de evitar danos maiores à fêmea é cortar um pouco as asas do macho, dificultando-o de alcança-la. São muito sensíveis a qualquer tipo de perturbação. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.
Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que uma cacatua pode viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 02 a 04 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer duas posturas por ano. Ovo mede 37.5 x 26.7 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em buracos de árvores altas ou galhos grandes e costumam usar o mesmo ninho ano a ano. Já fora observado ninhos localizados em oco a uma altura de 6 m. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.
Tempo de incubação: 28 dias.
Filhotes: Os filhotes são iguais aos adultos, mas tem uma plumagem cinza claro e a íris escura, a fêmea atinge a cor do olho de adulto aos 02 a 03 anos. Os filhotes frequentemente devem ser retirados para criar na mão, pois os pais os abandonam. Só saem do ninho de 10 a 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais.
Viveiros: Ideal 4 x 2 x 2 m. Podem ser criadas em gaiolas de 1 m/ 1,2 m/ 3 m, mas há necessidade de entretenimento, do contrário podem desenvolver vários vícios como o de gritar alto, destruir com o bico tudo ao seu redor e até arrancar as próprias penas. A solução é mantê-la ocupada com coisas para brincar e mastigar como: poleiros, brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela, ossos de couro de boi para cães e alimentos de difícil acesso (nozes, sementes, castanhas, vagens e etc.). Por causa de tal comportamento e por serem monogâmicas, aconselha-se manter apenas um casal em cada viveiro. Se for mais de um par devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até a morte. Em viveiros grandes se sentem mais seguras e consequentemente a reprodução é melhor. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidas de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos de forma a receber o sol da manhã.
Umidade: 45 a 50%.
Tamanho da anilha: 10 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas significa doença.