Barnardi – Barnardius b. barnardi

Barnardi – Barnardius b. barnardi

Macho
Fêmea

Barnardius b. barnardi
(Vigors and Horsfield 1827)

Inglês: Mallee Ringneck Parrot
Português: Barnardi

Distribuição: Interior do sudeste da Austrália com exceção de Flinders Ranges, onde a whitei está presente.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a parte de cima e os lados da cabeça são verdes brilhantes, as bochechas têm uma cor levemente azulada, possui uma faixa vermelha na testa, a nuca é marrom esverdeada que se junta ao colarinho amarelo do pescoço, a parte mais baixa das costas é preto azulado, o peito e o abdômen são turquesas com uma faixa alaranjada de tamanho variável, a dobra da asa é azul se transformando em azul esverdeado na parte mais externa das asas, o centro da asa é verde amarelado, as penas medianas da parte de cima do rabo são verdes escuras com as pontas azuis, as penas laterais são azuis com as pontas claras, o bico é cinza esbranquiçado, o anel ao redor dos olhos é estreito e cinza, a íris é marrom escuro e os pés são cinzas.

Comprimento: 35 cm.

Sub-espécies



Barnardius b. whitei

Barnardius b. whitei
(Mathews 1912)

Inglês: Paler Mallee Ringneck Parrot
Português: Barnardi Whitei

Distribuição: Flinders Ranges, parte mais externa do oeste da Nova Gales do Sul, norte para noroeste do sul da Austrália e sudoeste de Queensland.

Descrição: Semelhante ao barnardi, mas com plumagem variável porque esta subespécie cruza com o B.b. barnardi, assim como também com o Barnardius zonarius em Flinders Ranges, porém geralmente tem a plumagem mais fosca, especialmente no peito e no abdômen onde o turquesa é ausente, as costas são verdes acinzentadas chegando a verde escuro e às vezes azul escuro.

Comprimento: 35 cm.


Barnardius b. macgillivrayi

Barnardius b. macgillivrayi
(North 1900)

Inglês: Cloncurry Parrot
Português: Barnardi Macgillivrayi

Distribuição: Noroeste de Queensland e próximo do leste do Território do Norte, Austrália.

Descrição: Semelhante ao barnardi, mas o verde geralmente é mais claro e se estende até as costas, as bochechas e a região dos ouvidos são azuis claros brilhantes, possui uma faixa amarela clara e larga no abdômen, a asa é verde claro, a testa é verde amarelado claro e é menor em tamanho.

Comprimento: 33 cm.

Hábitat: Áreas de eucalipto baixo, bosques abertos, árvores ao lado de cursos d’água e áreas de acácia.

Status: Razoavelmente comum na maior parte da área de sua distribuição, só é menos comum nos últimos anos em localidades onde as áreas de eucalipto baixo foram convertidas em áreas cultivadas.

Hábitos: Andam normalmente aos pares ou grupos pequenos, porém agrupamentos muito maiores de até 200 pássaros podem ser vistos esporadicamente. Os grupos saem de suas árvores de descanso ao amanhecer, voam para as poças d’água para beber e depois é que vão se alimentar. No chão, frequentemente estão juntos com as Platycercus flaveolus, as Platycercus adscitus palliceps, os Psephotus haematonotus ou os Psephotus haematogaster. Costumam descansar a sombra das folhagens das árvores ao meio-dia e ocasionalmente continuam a se alimentar lá, antes de voar para suas árvores de descanso, voltam novamente a beber nas poças d’água. São sedentários e bastante tímidos, só ocasionalmente o tempo os força a uma migração. Seu vôo é semelhante ao das Rosellas. Chama continuamente quando está se movendo nas árvores, costuma voar abaixo, perto do chão antes de planar até um galho mais alto. Seu chamado de alarme é severo e metálico, mas quando está se alimentando no chão não faz nenhum barulho.

Características: Os Barnardi pertencem à subfamília Barnardius, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. Eles compreendem 02 espécies dentro de aproximadamente 06 gêneros. São aves extremamente alegres que dão vida a qualquer viveiro, embora durante a fase de aclimatação sejam tímidos e nervosos, costumam imitar determinados sons e músicas. Não devem ser criadas com outras espécies em um mesmo viveiro, pois são agressivos. Gostam de frequentar o chão dos viveiros. Não suportam vento e nem muito frio. No período de mudança da fase jovem para adulta ficam muito sensíveis e se não forem bem cuidadas podem morrer. Ao importarmos uma rosella ou um outro psitacídeo australiano de um país europeu, essas aves sairão do local onde nasceram que é relativamente frio (aprox. 20º C) e seco (aprox. 18%), e irão entrar em contato com germes de um ambiente quente (aprox. 27º/ 28º C), e úmido (aprox. 70%), em apenas 01 ou 02 dias de viagem. Isso somado ao estresse do transporte, desde o criadouro da Europa até o importador no Brasil, fará com que fiquem debilitadas e com baixa imunidade. Psitacídeos australianos tão populares na Europa, aqui se tornam frágeis e susceptíveis a doenças infecciosas. No entanto, as nascidas no Brasil são bastante resistentes, pois já estão bem aclimatadas.

Dimorfismo: As fêmeas tem a plumagem mais clara, as costas são verdes acinzentadas escuras e possuem uma faixa clara que normalmente é visível de debaixo da asa.

Dieta natural: Principalmente sementes de grama e vegetais no solo, mas comem frutas, bagas, brotos, nozes, flores, néctar, insetos e suas larvas.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes (cenoura) e frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de repolho, jiló e milho verde.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É alcançada regularmente. É importante que o casal seja harmonioso, e para maior possibilidade de sucesso, devem ser apresentados quando ainda jovens. Em exibição de namoro os machos ficam com as asas ligeiramente abertas e jogadas para frente, as penas do peito ficam arrepiadas, a cabeça fica levantada e inclinada ligeiramente para trás ou lateralmente em movimentos de cima para baixo e de baixo para cima, ficam ainda com o rabo aberto e tudo isso acompanhado de uma espécie de “conversação” contínua. O macho costuma ficar agressivo neste período e frequentemente persegue a fêmea. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro e de preferência sem casais de sua espécie próximos. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 02 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 04 a 06 ovos, podendo chegar a 08 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede: barnardi 27,6 x 22,9 mm, whitei 29,6 x 24,6 mm, macgillivrayi 28,6 x 22,0 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos principalmente em buracos ou em galhos ocos de árvores de eucalipto e os forram com pequenos pedaços de madeira apodrecida. Em cativeiro, aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 20 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes às fêmeas, mas com a plumagem mais fosca. A nuca e atrás da cabeça são castanhos, o azul das bochechas é mais extenso, as costas são verdes acinzentadas e normalmente possuem uma faixa branca debaixo da asa. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 05 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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