Arara Nobilis – Ara n. nobilis

Arara Nobilis – Ara n. nobilis

Ara n. nobilis
(Linné 1758)

Inglês: Red-shouldered Macaw
Português: Arara Nobilis

Distribuição: Guiana, Suriname, Guiana francesa, leste da Venezuela e no Brasil ao norte da Amazônia nos estados de Roraima e Pará.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a testa e a parte de cima da cabeça são azuis escuros, a dobra e a extremidade da asa são vermelhas, as partes externas das penas primárias são azuis, lado inferior do rabo é amarelo esverdeado, a área nua ao redor de olhos indo até parte do bico é branca, o bico é cinza escuro, sua íris é castanho-avermelhado e os pés são cinzas escuros.

Comprimento:  30 cm e de asa 163 a 177 mm.

Sub-espécies



Ara n. camanensis

Ara n. camanensis
(Lichtenstein 1823)

Inglês: Noble Macaw
Português: Arara Nobilis

Distribuição: No Brasil ao sul do Amazonas, nos estados do Pará, Maranhão, Piauí e Bahia. Existe uma população híbrida com a longipennis na parte central de Goiás.

Descrição: Semelhante a nobilis, mas com a parte de cima do bico de cor cinza claro e a debaixo cinza escuro, o azul da testa e da cabeça é mais claro e é maior em tamanho.

Comprimento:  33 cm e de asa 173 a 190 mm.



Ara n. longipennis

Ara n. longipennis
(Neumann 1931)

Inglês: Neumanns Macaw
Português: Arara Nobilis

Distribuição: Brasil nos estados de Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Espírito Santo.

Descrição: Semelhante a cumanensis, mas maior em tamanho.

Comprimento: 35 cm e de asa 181 a 200 mm.

Hábitat: Florestas abertas, savanas com florestas adjacentes, áreas de caatinga, áreas de palmeiras, extremidades de florestas tropicais, ocasionalmente em plantações.

Status: Comum na maior parte da sua área de distribuição, chegando a ser numeroso em algumas localidades.

Hábitos: Andam normalmente em grupos pequenos de 10 ou mais pássaros fora da época reprodutiva. Porém fora desta época pode ser visto agrupamento ocasionalmente maior, de 100 ou mais pássaros. São bastante tímidos e só são acessíveis quando estão se alimentando. Podem ser visualizados principalmente em vôo, sendo bastante barulhentos. Seu vôo é rápido e direto, caracterizado por batidas de asas aos arrancos. Seu chamado é estridente, rouco e repetido rapidamente.

Características: Embora seja comum e sua cor predominante seja verde, sua face branca forma um contraste que a torna uma ave bela. Pertencente a família psittacidae, tendo três subespécies. Embora vivam em bandos, são monogâmicas. Muito vivas, resistentes, bastante barulhentas, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde, não são muito exigentes em relação a banho. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Por serem muito destruidoras, proveja regularmente galhos verdes. São extremamente sociáveis e por incrível que pareça, quando criadas em cativeiro, se sentirem falta do dono ou de companhia, irão sofrer de stress, devendo-se sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente.

Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são idênticos, mas em média, as fêmeas são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.

Dieta natural: Sementes, frutas, baga, nozes e flores.

Alimentação: Nozes, amendoins, frutas e legumes (pêra, manga, laranja, maçã, ameixas, banana, pepino, milho meio-amadurecido, cenoura, etc), mistura de sementes pequenas e grandes, trigo, aveias, sementes brotadas. Comida de pombo encharcada. Precisa de uma fonte de vitamina regular e suplementos de minerais (especialmente D e B), proteína animal (camarão seco, ovo, carne de galinha e ossos).

Reprodução: Frequentemente alcançada, não é difícil. Costuma ser mais próspero em recintos fechados. Neste período costumam ficar agressivas com os tratadores, mas são também muito tímidos. O sistema de colônia não é viável, costumam ser bastante agressivas com outras espécies. Só a fêmea choca. São monogâmicas. Ocasionalmente são sensíveis a perturbação e inspeção do ninho e preferem que os mesmos estejam em lugares bem escuros.

Amadurecimento sexual: 03 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 20 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 04 a 06 ovos normalmente, que poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 32.8 x 26.9 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos principalmente em buracos de palmeiras mortas, mas usam também montículos de térmita e ocasionalmente arbustos, sendo que costumam usar o mesmo ninho ano a ano. Já foram vistos 02 ninhos em uma mesma palmeira. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados em cativeiro. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar.

Tempo de incubação: 23 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem mais fosca, não tem o azul da testa e da parte de cima da cabeça, o vermelho é menos extenso e o bico é mais claro. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam pouco tempo (01 semana) sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2 x 1,5 x 1 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 08 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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