Arara Militar – Ara m. militaris

Arara Militar – Ara m. militaris

Ara m. militaris
(Linné 1766)

Inglês: Military Macaw
Português: Arara Militar

Distribuição: Na Colômbia elas aparecem nas montanhas de Santa Marta e de Perij, ao longo de declives ao sul e oeste do leste dos Andes até Bucaramanga, ao longo de declives ao leste e ao norte da parte central dos Andes até a parte mediana do vale de Cauca, assim como também em declives ao leste da parte superior do vale de Magdalena e nas montanhas de Macarena, ocasionalmente também no Vale de Dagua. A noroeste da Venezuela, ao leste do Equador e nas províncias de Lambayeque e Cajamarca no norte do Peru.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a testa é vermelha, a área da bochecha sem penas é rósea, nela há várias linhas de penas pretas, quando excitada, esta área se torna mais avermelhada. As extremidades da área das bochechas e queixo vão de marrons esverdeados a marrons escuros, possuem uma cor azul atrás da cabeça, em muitos pássaros aparece nas costas e na região coberta pelas asas uma cor bronze esverdeada, a parte mais baixa das costas, a anca e a região coberta pelo rabo é azul, a parte externa das penas primárias são azuis, à parte de cima das penas do rabo são marrons avermelhadas com as pontas azuis, o lado interno das asas é amarelo esverdeado, o bico é negro com a ponta clara, a íris é amarelada e os pés são cinzas.

Comprimento: 70 cm e de asa 345 a 360 mm.

Sub-espécies



Ara m. mexicana / Arara Militar Mexicana

Ara m. mexicana
(Ridgway 1915)

Inglês: Mexican Green Macaw
Português: Arara Militar Mexicana

Distribuição:  Desde Chiapas e do norte de Oaxaca até o sudoeste de Chihuahua, nordeste de Sinaloa e sudeste Sonora, no México.

Descrição: Semelhante a militaris, mas em média é ligeiramente mais escura. A cor marrom esverdeada das costas e na região coberta pelas asas não existe na maioria dos pássaros, além de ser maior em tamanho.

Comprimento: 80 cm e de asa 350 a 395 mm.



Ara m. boliviana / Arara Militar Boliviana

Ara m. boliviana
(Reichenow 1908)

Inglês: Bolivian Green Macaw
Português: Arara Militar Boliviana

Distribuição: Sudoeste da Bolívia e na maioria das partes do norte e oeste da Argentina, nas províncias de Salta e Jujuy.

Descrição: Semelhante a militaris, mas a garganta tem um tom marrom avermelhado, em alguns pássaros não é bem visível à cor marrom avermelhado das penas que cobrem os ouvidos. A parte externa das penas primárias e o rabo é azul mais escuro em alguns pássaros.

Comprimento: 70 cm e de asa 345 a 375 mm.

Hábitat: Florestas de zona tropical e áreas parcialmente claras adjacentes, planícies abertas com árvores, grupos de árvores ao longo de cursos d’água, áreas secas e semi-áridas, coníferas e florestas de carvalho a 2.500 m. Evitam áreas úmidas e florestas tropicais.

Status: Não são comuns e em muitos lugares já estão extintas. A mexicana e a boliviana estão em extinção, cujas causas principais são: a captura para o comércio, a caça e a perda de hábitat.

Hábitos: Andam em pares, grupos familiares e bandos de 08 a 40 pássaros fora da época reprodutiva. Os casais são facilmente reconhecidos dentro do grupo. O bando é distinguido por causa de seu grito extremamente alto. Preferem os galhos externos das copas das árvores, onde lá ficam bem camuflados por causa de sua plumagem. Ativos, ágeis em subidas ao redor dos galhos. Não são tímidos, permitem aproximação, não são facilmente perturbados quando estão se alimentando nas árvores. Se alarmados, observam e então continuam se alimentando, só saem voando se houver um perigo extremo. Regularmente voam para os locais de descanso e frequentemente são distâncias consideráveis. Seu vôo é caracterizado por batidas lentas e regulares de asas. Seu chamado é um guincho rouco e severo.

Características: Embora sua cor predominante seja verde, as marcações em seu corpo azuis e vermelhas, além de sua face branca com linhas de penas negras, formam um contraste que a tornam uma ave bela e rara. Pertencente a família psittacidae, tendo três subespécies. São monogâmicas, tranqüilas e seu chamado é bem alto. Demoram mais a se aclimatar que outras espécies de araras grandes, mas depois de aclimatados são bastante resistentes. Pássaros recentemente importados são inicialmente reservados, mas logo se acostumam com os tratadores. Filhotes são extremamente dóceis. São excepcionais destruidores, logo é importante uma provisão regular de tocos de árvore e galhos para mantê-las ocupadas. Adoram tomar banho de chuva. Fora da época reprodutiva podem ser mantidas com outras araras grandes.

Dimorfismo (diferença sexual): É quase imperceptível, o ideal é fazer a sexagem por DNA.

Dieta natural: Nozes, sementes, frutas e vegetais. Costumam se alimentar nas árvores.

Alimentação: Nozes, amendoins, bastante frutas e legumes (pera, laranja, maçã, ameixas, banana, pepino, milho meio-amadurecido, cenoura, etc), mistura de sementes grandes, trigo, aveias, sementes brotadas. Comida de pombo encharcada. Precisa de uma fonte de vitamina regular e suplementos de minerais (especialmente D e B), proteína animal (camarão seco, ovo, carne de galinha e ossos).

Período de reprodução: De setembro a janeiro.

Reprodução: Frequentemente alcançada. É normal o casal se tornar agressivo nesta época, até com os tratadores, mas não é tão agressivo como outras espécies de arara grandes. Durante esse período é importante variar bastante a alimentação, aumentar a quantidade de frutas e legumes, facilitando assim a comida a ser regurgitada aos filhotes.

Amadurecimento sexual: 04 a 05 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 50 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 03 ovos, raramente 04, que poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 46.4 x 32.8 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em buracos de árvores altas ou buracos em precipícios de pedra calcária e costumam usar o mesmo ninho ano a ano. Em cativeiro, os horizontais são os preferidos. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação. A inspeção do ninho deve ser feita com cuidado, para que o casal não se assuste e danifiquem os ovos ou até mesmo machuquem os filhotes.

Tempo de incubação: 26 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem mais fosca e a íris é marrom. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2 x 1,5 x 3 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 13 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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