Arara Ambígua – Ara a. ambigua

Arara Ambígua – Ara a. ambigua

Ara a. ambigua
(Bechstein 1811)

Inglês: Buffons Macaw
Português: Arara Ambígua

Distribuição: Oeste da Colômbia, ao norte das montanhas Baudó, passando pelo Panamá e Costa Rica indo até a Nicarágua.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde amarelada, a testa é vermelha, a área da bochecha sem penas é rósea, nela há várias linhas de penas vermelhas e uma linha de penas pretas, quando excitada, esta área se torna mais avermelhada. A área mais externa das bochechas e o queixo são marrons escuros, os machos geralmente possuem uma cor azulada na cabeça, a parte mais baixa das costas, a anca e a região coberta pelo rabo são azuis claros, a parte externa das penas primárias são azuladas, a parte de cima do rabo é vermelho acastanhado claro com as pontas azuis claros, o lado inferior do rabo é verde amarelado, o bico é poderoso e negro com a ponta mais clara, sua íris é amarela clara e seus pés são cinzas.

Comprimento: 85 cm e de asa 356 a 422 mm.


Sub-espécies



Ara a. guayaquilensis

Ara a. guayaquilensis
(Chapman 1925)

Inglês: Ecuadorian Buffons Macaw
Português: Arara Ambígua

Distribuição: Oeste do Equador e possivelmente sudoeste da Colômbia.

Descrição: Semelhante a ambígua, mas com o bico mais estreito (não menor, como ocasionalmente já fora descrito erradamente), lado inferior das penas de vôo e o rabo são ligeiramente mais verdes.

Comprimento: 85 cm e de asa 355 a 420 mm.

Nota: Recentemente foi sugerido que a guayaquilensis seja um híbrido de Ara ambigua e Ara militaris. Como o material de pele colhido era velho, não pode ser claramente definido, mas é possível que um híbrido tenha sido feito em avicultura por causa da extremamente baixa população de Ara a. guayaquilensis e a dificuldade subseqüente de achar um companheiro satisfatório.

Hábitat: Florestas úmidas de planícies, florestas secas sazonais e proximidades, áreas parcialmente sem árvores a 650 m, ocasionalmente mais alto.

Status: Ambas subespécies são extremamente raras e correm perigo de extinção. As causas principais são: o comércio, a caça e a destruição de seu hábitat.

Hábitos: Andam normalmente em pares ou grupos familiares. Raramente podem ser vistos em bandos maiores de 8 a 12 pássaros. Ocasionalmente são vistos pássaros solitários. Os casais são facilmente reconhecidos dentro do grupo. Geralmente são menos sociáveis que outras espécies de arara grandes. Nunca são vistos associados com outras espécies de araras, preferem os galhos externos das copas das árvores, onde ficam bem camuflados por causa de sua plumagem. São notados apenas quando gritam ou derrubam comida no chão. Bastante tímidos, só se tornam acessíveis quando estão se alimentando. Seu vôo é relativamente rápido e direto, caracterizado por batidas silenciosas e regulares de asa, seu grito de alarme é bem forte e ligeiramente rouco.

Características: É uma ave bela e rara. Pertencente a família psittacidae, tendo duas subespécies. São monogâmicas, tranquilas e seu chamado que é alto, não é ouvido frequentemente. Demoram mais a se aclimatar que outras espécies de araras grandes, mas depois de aclimatados são bastante resistentes. Pássaros recentemente importados são inicialmente reservados, mas logo se acostumam com os tratadores. Filhotes são extremamente dóceis. São excepcionais destruidores, logo é importante uma provisão regular de tocos de árvore e galhos para mantê-las ocupadas. Adoram tomar banho de chuva. Fora da época reprodutiva podem ser mantidas com outras araras grandes.

Dimorfismo (diferença sexual): É quase imperceptível, o ideal é fazer a sexagem por DNA.

Dieta natural: Nozes, sementes, frutas e vegetais. Podem abrir nozes extremamente duras como a Lecythis costaricensis, com seu bico poderoso.

Alimentação: Nozes, amendoins, bastante frutas e legumes (pera, laranja, maçã, ameixas, banana, pepino, milho meio-amadurecido, cenoura, etc), mistura de sementes grandes, trigo, aveias, sementes brotadas. Comida de pombo encharcada. Precisa de uma fonte de vitamina regular e suplementos de minerais (especialmente D e B), proteína animal (camarão seco, ovo, carne de galinha e ossos).

Período de reprodução: De setembro a janeiro.

Reprodução: Frequentemente alcançada. É normal o casal se tornar agressivo nesta época, até com os tratadores, mas não é tão agressivo como outras espécies de arara grandes. É comum nesta espécie uma frequência de ovos inférteis. Durante esse período é importante variar bastante a alimentação, aumentar a quantidade de frutas e legumes, facilitando assim a comida a ser regurgitada aos filhotes.

Amadurecimento sexual: 04 a 05 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 50 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 01 a 03 ovos, que poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 55.0 x 46.0 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em buracos de árvores altas ou galhos grandes e costumam usar o mesmo ninho ano a ano. Em cativeiro, os horizontais são os preferidos. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação. A inspeção do ninho deve ser feita com cuidado, para que o casal não se assuste e danifiquem os ovos ou até mesmo machuquem os filhotes.

Tempo de incubação: 26 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem mais fosca, as penas medianas do rabo têm as pontas amareladas e a íris é marrom. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2 x 1,5 x 3 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 13 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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