Loris Arco-Íris – Trichoglossus h. haematodus
Trichoglossus h. haematodus
(Linné 1771)
Inglês: Rainbow Lory
Português: Loris Arco-Íris
Distribuição: Buru, Amboina, Ceram, Ceramlaut, Ilhas de Goram, Watubela, muitas ilhas na baía de Geelvink (menos Biak) e oeste da Nova Guiné desde a baía de Humboldt até a parte superior do Rio Fly.
Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a testa, a cabeça e a área das bochechas são azuis, à parte de trás da cabeça ao termino do azul e na garganta tem uma pequena faixa preta, da nuca a lateral da garganta é amarelo esverdeado, tem o peito vermelho (aproximadamente 2 cm largura) em que cada pena termina com um bordo preto azulado, o abdômen é verde escuro, as coxas e a área que o rabo cobre são amarelos esverdeados com bordo verde escuro, a área coberta pelas asas é laranja, o lado inferior das penas de vôo tem uma faixa amarela larga, o círculo ao redor dos olhos é estreito e acinzentado, sua íris é marrom avermelhada, tem os pés cinza e o bico laranja avermelhado.
Comprimento: 26 cm e de asa 135 a 150 mm.
Sub-espécies
Trichoglossus h. intermedius
Trichoglossus h. intermedius
(Rothschild and Hartert 1901)
Inglês: Blue-faced Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Intermédius
Distribuição: Norte da Nova Guiné desde as Montanhas de Torricelli e a região de Sepik até a Baía de Astrolábio.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas com menos azul na cabeça e o azul não se estende até a parte superior do peito, tem o abdômen verde escuro e uma faixa amarela esverdeada que vai até a nuca.
Comprimento: 26 cm e de asa 135 a 154 mm.
Trichoglossus h. micropteryx
Trichoglossus h. micropteryx
(Stresemann 1922)
Inglês: Southern Green-naped Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Micropteryx
Distribuição: Leste da Nova Guiné, ilhas de Manam, Bagabag e Misima.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas a plumagem é geralmente mais clara, tem uma cor laranja avermelhado no peito com bordo azul escuro estreito ao final das penas, o abdômen é verde escuro, tem uma faixa amarela esverdeada que vai até a nuca e é ligeiramente menor em tamanho.
Comprimento: 25 cm e de asa 132 a 140 mm.
Trichoglossus h. massena
Trichoglossus h. massena
(Bonaparte 1854)
Inglês: Massenas Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Massena
Distribuição: Karkar, Archipelago de Bismarck e Ilhas Salomão.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas a plumagem é geralmente mais clara, atrás da cabeça e na nuca é fortemente tingido de marrom, tem uma cor laranja avermelhado no peito com bordo azul escuro ao final das penas, o abdômen é verde escuro, tem uma faixa verde amarelada bem clara que vai até a nuca e é bem menor em tamanho.
Comprimento: 23 cm e de asa 131 a 145 mm.
Trichoglossus h. deplanchii
Trichoglossus h. deplanchii
(Verreaux and Des Murs 1860)
Inglês: Deplanchis Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Deplanchii
Distribuição: Nova Caledonia e as Ilhas Loyalty.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas a plumagem é geralmente mais clara, a cabeça tem um azul bem vivo com riscos claros, tem uma cor laranja avermelhado no peito com bordo azul escuro estreito ao final das penas, semelhante ao Trichoglossus h. micropteryx, só que mais vivo, o abdômen é verde, tem uma faixa verde amarelada que vai até a nuca, suas coxas e as penas cobertas pelo rabo tem menos amarelo e a parte de cima do rabo é cor de azeitona.
Comprimento: 26 cm e de asa 133 a 149 mm.
Trichoglossus h. caeruleiceps
Trichoglossus h. caeruleiceps
(DAlbertis and Salvadori 1879)
Inglês: Pale-headed Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Caeruleiceps
Distribuição: Sul da Nova Guiné e no sul, na região por onde o rio Fly corta indo até a parte mais baixa do Rio Fly.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas com um azul mais claro na cabeça, com o peito laranja avermelhado bem vivo com bordo azul muito estreito ao final das penas, o abdômen é verde muito escuro, praticamente preto e tem uma faixa amarela ligeiramente esverdeada que vai até a nuca.
Comprimento: 24 cm e de asa 133 a 146 mm
Trichoglossus h. nigrogularis
Trichoglossus h. nigrogularis
(G.R. Gray 1858)
Inglês: Black-throated Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Nigrogularis
Distribuição: Ilhas Aru e leste das Ilhas Kai.
Descrição: Semelhante ao caeruleiceps, mas com o azul mais forte na cabeça, tem numerosas penas vermelhas na nuca e é ligeiramente maior.
Comprimento: 28 cm e de asa 140 a 161 mm.
ATrichoglossus h. brooki
Trichoglossus h. brooki
(Ogilvie-Grant 1907)
Inglês: Brooks Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Brooki
Distribuição: É desconhecida a distribuição exata, provavelmente Spirit, uma das Ilhas de Aru.
Descrição: Semelhante ao caeruleiceps, mas com o azul mais forte na cabeça, só difere do Trichoglossus h. nigrogularis porque o preto do abdômen é mais extenso.
Comprimento: 26 cm e de asa 150 a 154 mm.
Nota: O Trichoglossus h. brooki só é conhecido de dois espécimes de museu, possivelmente filhotes do Trichoglossus h. nigrogularis cujo preto do abdômen é mais extenso.
Trichoglossus h. rosenbergii
Trichoglossus h. rosenbergii
(Schlegel 1871)
Inglês: Rosenbergs Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Rosenbergii
Distribuição: Ilha de Biak na Indonesia.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas com um azul mais forte na cabeça, tem o bordo das penas do peito mais largo, possui uma faixa amarela muito larga na nuca, que termina na parte mais alta com uma faixa vermelha estreita, seu abdômen é azul violeta, tem ainda uma faixa laranja larga pelo lado interno das penas de vôo.
Comprimento: 26 cm e de asa 132 a 150 mm.
Trichoglossus h. flavicans
Trichoglossus h. flavicans
(Cabanis and Reichenow 1876)
Inglês: Olive-green Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Flavicans
Distribuição: Nova Hanover e Ilhas Admiralty.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas a plumagem é geralmente variável, o verde varia do azeitona amarelado ao verde forte, atrás da cabeça e na nuca é marrom escuro avermelhado, a testa, a região das narinas e a área ao redor dos olhos é azul violeta, o resto é quase preto na cabeça tem riscos verdes acinzentados, o peito é vermelho com um bordo azul escuro muito estreito nas penas, abdômen é verde, tem uma faixa amarela na nuca e é em média ligeiramente maior.
Comprimento: 27 cm e de asa 142 a 155 mm.
Trichoglossus h. nesophilus
Trichoglossus h. nesophilus
(Neumann 1929)
Inglês: Ninigo Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Nesophilus
Distribuição: Ilhas do grupo Ninigo.
Descrição: Semelhante ao flavicans, mas as penas das costas, as debaixo do rabo e o verde do rabo tendem para um verde azeitona amarelado.
Comprimento: 26 cm e de asa 132 a 151 mm.
Trichoglossus h. mitchellii
Trichoglossus h. mitchellii
(G.R. Gray 1859)
Inglês: Mitchells Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Mitchellii
Distribuição: Ilhas de Bali, Lombok na Indonesia.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas com a cabeça mais escura, a testa e as bochechas têm riscos verdes acinzentados, os lados da nuca são também mais escuros, o peito é vermelho com o bordo das penas muito tênue, em muitos pássaros não é visível, o abdômen é preto arroxeado, tem uma faixa na nuca amarelo esverdeado e é menor em tamanho.
Comprimento: 24 cm e de asa 124 a 136 mm.
Trichoglossus h. forsteni
Trichoglossus h. forsteni
(Bonaparte 1850)
Inglês: Forstens Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Forsteni
Distribuição: Ilha de Sumbawa na Indonesia.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas com bastante marrom na cabeça, sua testa e bochechas tem riscos azul violeta, em alguns pássaros os lados da nuca são pretos, as penas do peito tem um vermelho bem forte e sem bordos, seu abdômen é violeta, também tem uma faixa na nuca amarela e é menor em tamanho.
Comprimento: 24 cm e de asa 132 a 139 mm.
TrTrichoglossus h. djampeanus
Trichoglossus h. djampeanus
(Hartert 1897)
Inglês: Djampea Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Djampeanus
Distribuição: Ilha de Djampea na Indonesia.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas com a cabeça enegrecida, sua testa e bochechas têm riscos azuis violetas pronunciados, as penas do peito tem um vermelho bem forte e sem bordos, seu abdômen é violeta, também tem uma faixa na nuca amarela, porém a parte mais baixa termina com violeta escuro.
Comprimento: 26 cm e de asa 137 a 146 mm.
Trichoglossus h. stresemanni
Trichoglossus h. stresemanni
(Meise 1929)
Inglês: Stresemanns Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Stresemanni
Distribuição: Ilha Kalao-tua na Indonesia.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas a cabeça é esverdeada, a testa é azul violeta, abaixo dos olhos é escurecido com riscos azuis violetas, sua nuca é esverdeada, as penas do peito são laranjas e sem bordos, seu abdômen é violeta escuro e a faixa na nuca é verde amarelado.
Comprimento: 26 cm e de asa 135 a 152 mm.
Trichoglossus h. fortis
Trichoglossus h. fortis
(Hartert 1898)
Inglês: Sumba Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Fortis
Distribuição: Ilha Sumba na Indonesia.
Descrição: Semelhante ao haematodus, sua testa é azul escuro e suas bochechas ainda mais escuras e ambos com riscos azuis violetas, acima dos olhos e a nuca são verdes, as penas do peito são amarelas alaranjadas e virtualmente sem bordos, seu abdômen é verde escuro e às vezes quase preto, tem uma faixa na nuca amarela esverdeada e debaixo das asas é amarelo.
Comprimento: 26 cm e de asa 145 a 159 mm.
Trichoglossus h. capistratus
Trichoglossus h. capistratus
(Bechstein 1811)
Inglês: Edwards Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Capistratus
Distribuição: Ilha do Timor na Indonesia.
Descrição: Semelhante ao fortis, porém a testa e as bochechas são azuis mais claros, com riscos também azuis violetas, as penas do peito podem sofrer uma variação no amarelo entremeado com laranja, mas sem bordos, abdômen é verde escuro, tem uma faixa na nuca verde amarelada, debaixo das asas é amarelo entremeado com laranja.
Comprimento: 26 cm e de asa 140 a 151 mm.
Trichoglossus h. flavotectus
Trichoglossus h. flavotectus
(Hellmayr 1914)
Inglês: Wetar Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Flavotectus
Distribuição: Ilhas Wetar and Roma na Indonesia.
Descrição: Semelhante ao fortis, sua testa é azul escuro e suas bochechas ainda mais escuras e ambos com riscos azuis violetas, acima dos olhos e a nuca são verdes, as penas do peito são amarelas claras, raramente alaranjadas e virtualmente sem bordos, seu abdômen é verde escuro e às vezes quase preto, têm uma faixa na nuca amarela esverdeada e debaixo das asas é amarelo.
Comprimento: 26 cm e de asa 143 a 152 mm.
Nota: As subespécies fortise flavotectus são idênticas em cores e não podem ser distinguidas sem saber a origem da ave, possivelmente estão apenas separados geograficamente.
Trichoglossus h. weberi
Trichoglossus h. weberi
(Hartert 1898)
Inglês: Webers Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Weberi
Distribuição: lha das Flores na Indonesia.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas sua cabeça é completamente verde, existe na testa e na região das narinas um azul muito tênue, seu peito é amarelo esverdeado, tem o abdômen verde, possui uma faixa na nuca amarela esverdeada e é menor em tamanho.
Comprimento: 23 cm e de asa 125 a 135 mm.
Trichoglossus h. moluccanus
Trichoglossus h. moluccanus
(Gmelin 1788)
Inglês: Rainbow Lory
Português: Loris Arco-Íris Moluccanus
Distribuição: Leste da Austrália, sudeste da Austrália desde a Península Correição assim como também na Ilha Canguru e na Tasmânia.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas sua cabeça é completamente azul violeta, as penas de seu peito no centro são laranjas quase vermelhas dos lados são amarelos e sem bordos, o abdômen é azul violeta escuro, tem uma faixa na nuca verde amarelada, debaixo das asas é laranja, entremeado com amarelo e maior em tamanho.
Comprimento: 28 cm e de asa 135 a 160 mm.
Trichoglossus h. rubritorquis
Trichoglossus h. rubritorquis
(Vigors and Horsfield 1826)
Inglês: Red-collared Lorikeet
Português: Loris Arco-Íris Rubritorquis
Distribuição: Norte da Australia.
Descrição: Semelhante ao haematodus, mas sua cabeça é completamente azul violeta, a garganta e ao lado da nuca são enegrecidos, as penas de seu peito são laranjas avermelhadas e sem bordo, seu abdômen é preto esverdeado, a faixa da nuca é também laranja avermelhada e é maior em tamanho.
Comprimento: 28 cm e de asa 141 a 160 mm.
Hábitat: Todas as subespécies são de áreas com cobertura de árvores, florestas tropicais abertas, vegetações secundárias, savanas e plantações em planícies até 1.000 m, ocasionalmente até 2.200 m na Nova Guiné.
Status: Com exceção da subespécie mitchellii que está em perigo de extinção e o brooki que só é conhecido de dois espécimes de museu, as outras são comuns.
Hábitos: São vistos aos pares, em grupos de família pequenos e em bandos muito grandes fora de estação de reprodução, ocasionalmente podem ser vistos bandos de várias centenas de pássaros alimentando-se em árvores, são facilmente distinguidos e bastante barulhentos, escalam com facilidade os galhos das árvores, permitem aproximação quando estão se alimentando, mas frequentemente não permitem em outras situações. Podem estar associados com outras espécies de loris como, por exemplo, T. chlorolepidotus ou P. fuscata em árvores que estejam florescendo, os pássaros que estão voando reagem com os outros que estão empoleirados em árvores abaixo deles, os chamados são respondidos, o bando se instala quase sempre nas mesmas árvores. Fazem algumas migrações sazonais e isto está relacionado com a comida disponível, ocasionalmente até mesmo visitam ilhas distantes, conseqüentemente podem ser observados então em mar aberto, seu chamado é estridente, enrolado e fica ainda mais alto durante o vôo.
Características: Os loris pertencem à subfamília Loriinae, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. Os loris compreendem 53 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. O que difere e separa os loris dos demais papagaios é a sua forma de alimentação, assim como todo o aparato alimentar, como por exemplo, a língua, que quando estendida, transforma-se numa espécie de escova para coletar néctar. Possuir loris é ser um verdadeiro amante dos psitacídeos. São essencialmente aves de árvores e arbustos que dão flor, muito ativos, com cores exuberantes de sua plumagem e que quando voam mostram sob as asas umas cores ainda mais brilhantes, que é característica de muitas espécies. Personalidade, docilidade, comportamento irrequieto, porém sociável e extremamente curioso, proporcionarão uma infindável fonte de alegria e um prazer que desafia qualquer “moda”, pois eles possuem um fascínio que nunca se desvanece. Vê-los brincar é um verdadeiro deleite. Como grupo, estão entre as aves mais coloridas do mundo, talvez apenas se rivalizando com os faisões. Por possuírem uma plumagem excepcionalmente brilhante há necessidade de tomar muito banho de modo a mantê-la em ótimas condições. Criação em colônia nem sempre é aconselhável, exceto quando forem espécies de menor porte e em aviários bastante grandes. Com loris de maior porte seria meio caminho andado para um completo desastre, pois em tais circunstâncias, estes se transformariam em verdadeiros assassinos. Excetuando as Charmosinas, os demais loris são capazes de suportar baixas temperaturas. Na natureza são em sua maioria nômades. Importante saber que eles possuem comportamento homossexual e não é porque dois loris estejam se acariciando ou dormindo juntos que podemos dizer que é um casal. Na maioria das vezes, precisaremos fazer a sexagem (laparoscopia ou DNA) para se ter certeza. Em quase todas as espécies os casais têm um laço muito forte, passando horas a arrumar as penas ou brincar um com outro. No poleiro estão sempre a se tocar mutuamente e ficam muito agitados se são separados mesmo que por breves momentos. São ligados mentalmente ao dono. Este fenômeno foi estudado em particular nos gansos pelo austríaco Konrad Lorenz.
Dimorfismo: Não há.
Dieta natural: Pólen, néctar, frutas, flores, insetos e suas larvas.
Alimentação: Ramos frescos são simultaneamente comida, brinquedo e tônico, devem ser considerados fundamentais e não apenas uma “guloseima” esporádica. Devem ainda comer verduras várias vezes por semana, bem como leguminosas demolhadas ou cozidas e pão integral. Vegetais crus, como cenoura e a abóbora são muito apreciados, principalmente pelos jovens que gostam de “lutar” com uma cenoura inteira antes de comê-la. São pássaros sugadores e por isso, a alimentação no cativeiro basicamente deve ser uma papa de frutas bem líquida e adoçada com açúcar refinado ou frutose (que é mais cara, mas é bem melhor), incluindo também nessa papa um complexo vitamínico e mineral completo. Geralmente as espécies pequenas são mais dependentes de néctar (quanto menor o loris, mais líquida devem ser a papa), enquanto que as maiores aceitam bem os frutos (particularmente maçã, pêra e uva). A papa deve ser trocada duas vezes ao dia para evitar que azede, e em épocas muito quentes, até três vezes ao dia. Essa papa pode ser feita uma vez por dia e guardada na geladeira para ser servida posteriormente no mesmo dia. Nunca dê girassol para um loris, embora alguns raros indivíduos venham a comê-lo, o girassol é totalmente desaconselhável e nocivo.
Período de reprodução: Na natureza o período de criação nas ilhas varia bastante, no Ceram de novembro a janeiro, nas Ilhas Salomão de outubro a dezembro, na Nova Guiné em fevereiro, na Ilha de Flores de fevereiro a agosto, na Austrália de agosto a janeiro ou de abril a maio, em cativeiro, de setembro a março.
Reprodução: É alcançada regularmente, é bem fácil e prolífero. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Durante o dia a fêmea fica no ninho e a noite ambos. Podem ser agressivos com outras espécies, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anos e que consiga reproduzir até os 25 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 02 a 03 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até quatro posturas por ano. Ovo mede em média 26.9 x 22.4 mm.
Ninhos: Quase todos os loris preferem pernoitar num refúgio qualquer, os em formato de (Z) são os mais recomendáveis, pois essas aves gostam de descer para um lugar bem escuro e também para evitar que eles se joguem em cima dos filhotes ao entrar no ninho. No caso dos loris arco-íris poderemos também usar os verticais para subespécies menores. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da parte inclinada até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.
Tempo de incubação: De 23 a 26 dias dependendo da subespécie.
Temperatura de incubação: 37,5º C.
Umidade: 45 a 50%.
Filhotes: Os filhotes têm a cor fosca, a íris escura, o bico preto e o círculo ao redor dos olhos é branco. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 7 a 8 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Mesmo depois de deixarem o ninho, os filhotes costumam usá-lo para dormir. Não deve faltar jiló, pois faz parte da alimentação básica dos filhotes. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Os loris aprendem a comer mais rápido do que os outros psitacídeos. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1×1, 2×2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Tamanho da anilha: 06 mm para o micropteryx, massena, caeruleiceps, mitchellii, forsteni, weberi e 07 mm para os demais.
Fezes: Estão em uma fase entre líquidas e pastosas que esguicham a alguma distância e é esse um dos grandes motivos para não se tê-lo dentro de casa.