Papagaio Cubano – Amazona l. leucocephala
Amazona l. leucocephala
(Linne 1758)
Inglês: Cuban Amazon
Português: Papagaio Cubano
Distribuição: Centro e leste de Cuba.
Descrição: Sua plumagem em geral é verde, cada pena possui um bordo preto, a testa, à parte da frente da cabeça e a área ao redor dos olhos são brancas, as bochechas, a garganta e às vezes algumas poucas penas do peito são rosas, as penas que cobrem os ouvidos são pretas, o abdômen é avermelhado, as penas primárias e as secundárias têm a extremidade azul, a região coberta pelo rabo é verde amarelada, à parte de cima do rabo é verde com a ponta amarela esverdeada, a base das penas do rabo são vermelhas, o círculo ao redor dos olhos é branco, o bico é cinza claro, a íris é marrom avermelhada e os pés são castanhos.
Comprimento: 32 cm e de asa 183 a 204 mm.
Sub-espécies
Amazone l. palmarum
Amazone l. palmarum
(Todd 1916)
Inglês: Western Cuban Amazon
Português: Papagaio Cubano
Distribuição: Oeste de Cuba e Ilha de Pines.
Descrição: Semelhante a leucocephala, mas é ligeiramente mais escuro. As marcas do abdômen avermelhadas são mais extensas e a garganta tem mais vermelho.
Comprimento: 32 cm e de asa 187 a 202 mm.
Amazona l. caymanensis
Amazona l. caymanensis
(Cory 1886)
Inglês: Cayman Island Amazon
Português: Papagaio Cubano
Distribuição: Ilha Cayman.
Descrição: Semelhante a leucocephala, mas geralmente o verde é mais amarelado e o bordo enegrecido das penas não é tão pronunciado, o branco é restrito a testa e ao redor dos olhos, o rosa das bochechas e da garganta frequentemente são separadas por penas verdes, as marcas vermelhas do abdômen raramente estão presentes e é ligeiramente maior em tamanho.
Comprimento: 34 cm e de asa 192 a 207 mm.
Amazone l. hesterna
Amazone l. hesterna
(Bangs 1916)
Inglês: Cayman Brac Amazon
Português: Papagaio Cubano
Distribuição: Ilhas Cayman e Pequena Cayman.
Descrição: Semelhante a leucocephala, mas geralmente o verde é mais amarelado, as marcas do abdômen são mais extensas e roxas, as bochechas e a garganta tem o vermelho mais forte e é menor em tamanho.
Comprimento: 30 cm e de asa 171 a 185 mm.
Amazona l. bahamensis
Amazona l. bahamensis
(Bryant 1867)
Inglês: Bahamas Amazon
Português: Papagaio Cubano
Distribuição: Ilhas Bahama do Grande Inagua e Ábaco. Antigamente também eram encontrados nas ilhas do Ábaco Pequeno, Acklin, Longo, Dobrado e Fortuna.
Descrição: Semelhante a leucocephala, mas com o branco mais extenso na testa, na cabeça e em muitos pássaros debaixo dos olhos também. As marcas vermelhas do abdômen estão ausentes ou dificilmente visualizadas, menos vermelho na base das penas do rabo e é maior em tamanho.
Comprimento: 34 cm e de asa 200 a 217 mm.
Nota: Nas subespécies palmarum e caymanensis, existe uma discussão de que apenas alguns pássaros se assemelhariam a descrição, o resto se assemelham a leucocephala.
Hábitat: Planícies e florestas de montanha. Preferem as coníferas. Ocasionalmente se alimentam em plantações de frutas e outras áreas cultivadas.
Status: Raro. As populações de ilhas pequenas estão em perigo de extinção por causa do desmatamento e pela introdução de pequenos predadores. Só é ligeiramente menos raro em algumas localidades.
Hábitos: Andam em pares, grupos ou bandos pequenos de até 30 pássaros fora da época reprodutiva. É menos tímido em áreas remotas e cauteloso onde é perseguido. Ruidoso, especialmente em vôo, mas quieto quando estão se alimentando, Seu vôo é direto com batidas fortes de asa. Seu chamado é estridente e metálico. Possui um repertório extenso de sons.
Características: Embora sua cor predominante seja verde, sua face rosa e branca forma um contraste que a torna uma ave bela. Pertencente a família psittacidae e há 05 subespécies. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. Muito vivos, resistentes, gostam de tomar banho e são bastante barulhentos, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Não podem ser mantidos com outros papagaios, pois são agressivos.
São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, mesmo no estado selvagem, toleram a sua presença e a sua aproximação, parecendo ter prazer nisso. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress.
A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.
Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.
Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são idênticos, mas em média, as fêmeas são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.
Dieta natural: Frutas, bagas, sementes, nozes, flores e brotos. Ocasionalmente se alimentam em jardins, plantações de frutas e grãos, onde causam um dano considerável.
Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc…), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo (03) vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.
Período de reprodução: De setembro a dezembro.
Reprodução: Embora a população em cativeiro seja pequena é alcançada regularmente. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Ficam agressivos aos tratadores neste período. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.
Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 03 a 04 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até 03 posturas por ano. Ovo mede 35.0 x 28.2 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos de árvores altas e muitas vezes mortas ou cavidades de pedra calcária até 3.2 m de fundura, usando o mesmo buraco todos os anos. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que eles não o destruam. É interessante que seja colocado na parte mais alta e escura do viveiro. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.
Tempo de incubação: 26 a 28 dias.
Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas sem o bordo escuro das penas, menos rosa na face e com pequeno ou nenhum vermelho no abdômen. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2×1, 5×1 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Umidade: 45 a 50%.
Tamanho da anilha: 09 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.