Amazona f. festiva – Papagaio Festiva
Amazona f. festiva
(Linné 1758)
Inglês: Festive Amazon
Português: Papagaio Festiva
Distribuição: Do leste do Equador, nordeste do Peru e o sudeste do leste da Colômbia até a parte mais baixa do Rio Madeira na bacia do Amazonas.
Descrição: Sua plumagem em geral é verde, as penas da nuca tem as pontas levemente enegrecidas, as penas de vôo possuem uma faixa verde amarelada, a testa e a região das narinas possuem uma faixa estreita vermelha escura, a área sobre olho e o queixo são azuis, as bochechas são verdes amareladas, a parte mais baixa das costas é vermelha, a extremidade das asas são verdes amareladas, as penas primárias são azuis violeta, o rabo é verde com a ponta amarela esverdeada, o círculo ao redor dos olhos é cinza, o bico é cinza, a íris é vermelha alaranjada e os pés são cinzas.
Comprimento: 34 cm.
Sub-espécies
Amazona f. bodini
Amazona f. bodini
(Finsch 1873)
Inglês: Bodinus Amazon
Português: Papagaio Festiva
Distribuição: Parte central da Venezuela ao longo de Orinoco até o Rio Meta e noroeste da Guiana.
Descrição: Semelhante ao festiva, mas com a plumagem geralmente mais amarelada, a faixa vermelha da testa estende até a parte de trás da cabeça, as penas da parte de cima da cabeça e da nuca possuem um bordo lilás, a região das narinas tem uma linha estreita enegrecida, as bochechas são azuis, as penas primárias são verdes, o círculo ao redor dos olhos é cinza escuro e o bico é negro.
Comprimento: 34 cm.
Hábitat: Florestas e vegetação secundária ao longo de rios e ilhas arborizadas dentro de malhas fluviais.
Status: Comum.
Hábitos: Andam em pares ou grupos pequenos. Grupos ocasionalmente maiores podem ser vistos em árvores quando estão se alimentando, e lá dificilmente podem ser visualizados em razão de sua plumagem que lhes provem uma excelente camuflagem. Voam cedo para se alimentar e ao entardecer retornam para as árvores de descanso. Seu vôo é rápido e na parte da manhã é feito imediatamente após a alvorada. Seu chamado é alto e metálico.
Características: Embora seja comum e sua cor predominante seja verde, suas marcações azuis e vermelhas, formam um contraste que a torna uma ave bela. Pertencente a família psittacidae e há 02 subespécies. No entanto, a particularidade que o caracteriza, mesmo para as pessoas que têm poucos conhecimentos sobre, é a sua habilidade de repetir palavras e de ser um grande falador. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. Muito vivos, resistentes, gostam de tomar banho e são bastante barulhentos, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Podem ser mantidos com outros papagaios até mesmo na época reprodutiva, desde que em viveiros grandes. Seu temperamento é muito quieto e raramente fica excitado.
Tem desaparecido de seu habitat natural devido ao desmatamento e a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, mesmo no estado selvagem, toleram a sua presença e a sua aproximação, parecendo ter prazer nisso. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress.
A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.
Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.
Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são idênticos, mas em média, as fêmeas são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.
Dieta natural: Frutas, bagas, sementes, nozes, flores e brotos. Ocasionalmente se alimentam em plantações de milho , onde causam um dano considerável.
Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc…), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo 03 vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.
Período de reprodução: De setembro a dezembro.
Reprodução: É um pouco mais difícil que o aestiva. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.
Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 03 a 04 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede aproximadamente 38,1 x 29,6 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos de árvores altas e muitas vezes mortas, usando o mesmo buraco todos os anos. Já fora observado ninhos a uma altura de 30m do solo. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.
Tempo de incubação: 26 dias.
Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem mais fosca, a cabeça tem as cores menos intensa, a parte mais baixa das costas são praticamente verde, algumas penas laterais do rabo tem a base vermelha e a íris escura. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2×1, 5×1 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Umidade: 45 a 50%.
Tamanho da anilha: 09 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.