Papagaio Albifrons – Amazona a. albifrons
Amazona a. albifrons
(Sparrman 1788)
Inglês: White-fronted Amazon
Português: Papagaio Albifrons
Distribuição: Parte oeste do centro do México, no sul do estado de Nayarit até Chiapas e no sudoeste da Guatemala.
Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a testa e a parte da frente da cabeça são brancas, em alguns pássaros pode ser creme, área ao redor dos olhos, a área lateral as narinas e a parte interna das asas são vermelhas, à parte de cima da cabeça é azul com as bordas das penas enegrecidas, as penas primárias são azuis, a região coberta pelo rabo é verde amarelada, a parte de cima do rabo é verde com as pontas amarelas esverdeadas e as penas laterais são vermelhas, o círculo ao redor dos olhos é cinza, o bico é amarelo acinzentado, a íris vai de amarelo claro a laranja e os pés são cinzas.
Comprimento: 26 cm e de asa 170 a 190 mm.
Sub-espécies
Amazona a. saltuensis
Amazona a. saltuensis (Nelson 1899)
Inglês: Sonora White-fronted Amazon
Português: Papagaio Albifrons
Distribuição: Noroeste do México em Sinaloa, oeste de Durango e no sul de Sonora.
Descrição: Semelhante ao albifrons, mas o verde geralmente tem um tom mais azulado, particularmente nas costas e dos lados da nuca. O azul da parte de cima da cabeça se estende até a nuca.
Comprimento: 26 cm e de asa 175 a 190 mm.
Amazona a. nana
Amazona a. saltuensis (Nelson 1899)
Inglês: Sonora White-fronted Amazon
Português: Papagaio Albifrons
Distribuição: Noroeste do México em Sinaloa, oeste de Durango e no sul de Sonora.
Amazona a. nana (W. de W. Miller 1905)
Inglês: Lesser White-fronted Amazon
Português: Papagaio Albifrons
Descrição: Semelhante ao albifrons, só que menor em tamanho.
Distribuição: Sul do México no extremo sul de Vera Cruz e no nordeste do sul de Chiapas até o noroeste da Costa Rica.
Comprimento: 24 cm e de asa 155 a 170 mm.
Hábitat: É bastante variado o seu habitat. Áreas secas com árvores, cactos e savanas com árvores de espinho, florestas tropicais ao nível do mar até 1.850 m. Visitam plantações de frutas e áreas cultivadas.
Status: Comum a muito comum.
Hábitos: Andam em pares, grupos ou bandos pequenos de até 20 pássaros fora da época reprodutiva. Não são tímidos e permitem aproximação. São quietos e se tornam imperceptíveis quando estão se alimentando ou descansando em árvores. São barulhentos durante o vôo. Os grupos se juntam à noite nas árvores dormitórios em bandos de centenas de pássaros. Ao amanhecer eles partem em grupos de 10 a 15 pássaros e ocasionalmente se juntam aos Amazona xantholora. Durante o vôo mudam freqüentemente de direção, com batidas pesadas de asa. Seu chamado é estridente e rouco.
Características: Embora sua cor predominante seja verde, sua face com marcações brancas, azuis e vermelhas formam um contraste que a torna uma ave bela. Pertencente a família psittacidae e há 03 subespécies. É provavelmente o papagaio de porte médio mais conhecido no México. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. Muito vivos, resistentes (porém no período de aclimatação são suscetíveis a infecções intestinais), gostam de tomar banho e são bastante barulhentos, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Freqüentemente são agressivos a outros papagaios, mesmo em viveiros grandes, não sendo aconselhável criá-los juntos de outros.Tem desaparecido de seu habitat natural devido ao desmatamento e a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, mesmo no estado selvagem, toleram a sua presença e a sua aproximação, parecendo ter prazer nisso. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress. A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.
Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são muito semelhantes, mas em média as fêmeas são menores e em quase 100% das vezes não possuem o vermelho nas asas, característica dos machos. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.
Dieta natural: Frutas (especialmente figos), sementes, bagas, nozes, brotos de folha e flores. Alimentam-se regularmente em campos de grão, onde causam um dano considerável.
Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc…), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo (03) vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.
Período de reprodução: De julho a dezembro.
Reprodução: É alcançada regularmente. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Costumam ser agressivos aos tratadores durante este período. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.
Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 03 a 04 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até quatro posturas por ano. Ovo mede 30.3 x 22.7 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos de árvores altas e muitas vezes mortas, usando o mesmo buraco todos os anos. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.
Tempo de incubação: 26 dias.
Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem mais fosca, íris escura, sem vermelho nas asas e com algumas penas amarelas na testa. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2×1,5x1m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Tamanho da anilha: 09 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.