Rosella Penan – Platycercus e. elegans
Platycercus e. elegans
(Gmelin 1788)
Inglês: Crimson Rosella
Português: Rosella Penan
Distribuição: Leste e sudeste da Austrália, foi introduzida na Ilha de Norfolk e na Nova Zelândia.
Descrição: Sua plumagem em geral é vermelha, as bochechas são azuis violeta, a nuca, as costas e partes das penas secundárias são pretas com um bordo largo vermelho, a dobra da asa e a metade do comprimento das penas de vôo são azuis, as penas da parte mediana de cima do rabo são azuis escuras com a base preta, as penas externas do rabo são azuis escuras com um bordo mais claro e as pontas bem claras, o lado inferior do rabo é azul claro, o bico é cinza, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris é marrom escura e seus pés são cinzas.
Comprimento: 36 cm e de asa 164 a 188 mm.
Sub-espécies
Platycercus e. nigrescens
Platycercus e. nigrescens
(Ramsay 1888)
Inglês: Northern Crimson Rosella
Português: Rosella Penan nigrescens
Distribuição: Nordeste de Queensland, Austrália.
Descrição: Semelhante a elegans, mas o vermelho é muito mais escuro, o bordo vermelho das costas é mais estreito e é menor em tamanho.
Comprimento: 34 cm e de asa 146 a 168 mm.
Platycercus e. melanoptera
Platycercus e. melanoptera
(North 1906)
Inglês: Kangaroo Island Crimson Rosella
Português: Rosella Penan melanoptera
Distribuição: Ilha Canguru, fora da costa do sul da Austrália.
Descrição: Semelhante a elegans, mas o bordo vermelho das costas é mais estreito.
Comprimento: 36 cm e de asa 168 a 182 mm.
Nota: As duas subespécies elegans e nigrescens são cruzadas regularmente em cativeiro de forma que agora muito poucos espécimes são puros. Criadores deveriam tentar evitar a formação de híbridos, não deveria ser difícil já que a plumagem dos filhotes e dos adultos em ambas subespécies é diferente.
Mutações
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Hábitat: Florestas úmidas e semi-úmidas a 1.600 m, excepcionalmente também a 1.900 m, bandos de filhotes podem ser vistos regularmente em savanas com árvores e áreas cultivadas com floresta residual, em algumas localidades também podem ser vistos em florestas tropicais, plantações de frutas, parques e jardins.
Status: Comum a numeroso.
Hábitos: Normalmente andam em pares ou grupos pequenos de 04 a 06 pássaros, os filhotes são nômades, se reúnem em bandos depois da estação de procriação e se separam em setembro. São acessíveis, sedentários, ocasionalmente estão juntos com as Platycercus eximius, regularmente são vistos se alimentação no chão, adultos só migram no inverno em algumas localidades, frequentemente são vistos em subúrbios, seu vôo é ondulante com batidas de asas rápidas intercalado com planeio e acompanhado de chamados regulares, seu grito de alarme é estridente, em série e geralmente mais forte que a das Platycercus eximius.
Características: As rosellas pertencem à subfamília Platycercus, a qual faz parte da família dos Psitacídeos. As rosellas compreendem 07 espécies dentro de aproximadamente 12 gêneros. São aves extremamente alegres que dão vida a qualquer viveiro, costumam imitar determinados sons e músicas. Podem ser criadas com outras espécies em um mesmo viveiro, são agressivas apenas com outras rosellas. Não suportam vento e nem muito frio. No período de mudança da fase jovem para adulta ficam muito sensíveis e se não forem bem cuidadas podem morrer. Ao importarmos uma rosella ou um outro psitacídeo australiano de um país europeu, essas aves sairão do local onde nasceram que é relativamente frio (aprox. 20º C) e seco (aprox. 18%), e irão entrar em contato com germes de um ambiente quente (aprox. 27º/ 28º C), e úmido (aprox. 70%), em apenas 01 ou 02 dias de viagem. Isso somado ao estresse do transporte, desde o criadouro da Europa até o importador no Brasil, fará com que fiquem debilitadas e com baixa imunidade. Psitacídeos australianos tão populares na Europa, aqui se tornam frágeis e susceptíveis a doenças infecciosas. No entanto, as nascidas no Brasil são bastante resistentes, pois já estão bem aclimatadas.
Dimorfismo: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas em média são menores, tem uma cor esverdeada nas penas da parte mediana de cima do rabo e o bico é menor.
Dieta natural: Principalmente sementes de grama, de arbustos e árvores, especialmente eucalipto e vegetais no solo, mas comem frutas, bagas, brotos, nozes, flores, néctar, insetos e suas larvas, ocasionalmente causam danos a pomares e a áreas cultivadas.
Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de repolho, maçã, jiló e milho verde, chegam a comer ração de faisão.
Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.
Reprodução: É alcançada regularmente, apesar da população ser pequena. Em exibição de namoro os machos ficam com as asas ligeiramente abertas e jogadas para frente, as penas do peito ficam arrepiadas, a cabeça fica levantada e inclinada ligeiramente para trás ou lateralmente em movimentos de cima para baixo e de baixo para cima, ficam ainda com o rabo aberto e tudo isso acompanhado de uma espécie de “conversação” contínua. Costumam ser seletivos na escolha do par, então quando for possível, o ideal é formar o casal desde jovem, também evite viveiros adjacentes com outras espécies de Platycercus. O macho fica muito agressivo durante o período de criação. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro, pois embora não agridam outras aves são extremamente agressivas e territorialistas com as de sua espécie, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Amadurecimento sexual: 03 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 03 a 07 ovos, normalmente 05, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 29.4 x 24.2 mm.
Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições e costumam forrá-los com pedaços pequenos de madeira que estejam se deteriorando. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.
Tempo de incubação: 20 a 21 dias.
Temperatura de incubação: 37,5º C.
Umidade: 45 a 50%.
Filhotes: Os filhotes têm a plumagem verde, com exceção da testa, da parte de cima da cabeça, da garganta, das partes superiores do peito e das coxas. As penas da parte mediana de cima do rabo são verdes escuras com as pontas pretas azuladas, o lado inferior do rabo é azul acinzentado claro, existe uma faixa branca clara na parte interna das asas e a sua plumagem de adulto só é conseguida aos 16 meses. Os filhotes se reúnem em bandos 04 a 05 semanas após deixar o ninho. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.
Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Tamanho da anilha: 06 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.