Calthorpae – Psittacula calthorpae

Calthorpae – Psittacula calthorpae

Psittacula calthorpae
(Blyth 1849)

Inglês: Emerald-collared Parakeet
Português: Calthorpae

Distribuição: Siri Lanka.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a cabeça é cinza azulada, a testa, a região das narinas e a área ocular são esverdeadas, possuem um colar que começa largo e preto no pescoço, tornando-se mais estreito e de cor verde azulado na nuca, as costas são cinzas azuladas, o rabo é azul com as pontas amarelas, à parte de cima do bico é avermelhada e a debaixo castanha, sua íris é amarela bem clara e os pés são cinzas.

Comprimento: 30 cm.

Hábitat: Áreas arborizadas a 2.000 m, preferem extremidades de floresta e clareiras.

Status: São comuns em algumas localidades.

Hábitos: Andam em pares ou grupos pequenos fora da estação de reprodução, permitem aproximação quando estão se alimentando durante manhã nas copas das árvores, freqüentemente podem ser vistos juntos com os Sturnus pagodarum comendo em árvores frutíferas, ficam inquietos e barulhentos depois de se alimentarem, ao entardecer novamente voltam a comer, antes de irem para as árvores de descanso, voam em círculos fazendo bastante barulho, seu vôo é rápido e reto, seu chamado é uma espécie de conversação rouca feita durante o vôo.

Características: Este periquito asiático de elegantes proporções e bonitas cores faz parte da família das psittaculas.

Dimorfismo: As fêmeas diferem dos machos por terem a parte de cima do bico escura.

Dieta natural: Sementes, frutas, flores, pólen e brotos de folhas. Costumam se alimentar em árvores.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos, etc…), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (maçã, kiwi, laranja), a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal, gostam muito de repolho, jiló e milho verde.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É raramente alcançada. São sensíveis a perturbação e a inspeção do ninho. É essencial um acasalamento harmonioso, é interessante manter apenas um casal por viveiro para se obter melhores resultados na reprodução. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: 02 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 03 a 04 ovos, podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 24.7 x 19.3 mm.

Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições. Na natureza fazem seus ninhos em buracos ou galhos de árvores feitos por pica-paus ou em árvores mortas e os forram com minúsculos pedaços de madeira. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados em cativeiro. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 23 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes tem às partes de cima e debaixo do bico avermelhadas, na nuca a faixa é irregular e verde clara, a parte mais baixa das costas é azul acinzentada, a íris é escura e a plumagem de adulto só é adquirida depois de 15 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 07 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Assegure temperatura constante (quente) e que o mesmo seja bastante claro. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para poderem ser desgastados. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 05 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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