Cacatua Oftálmica – Cacatua ophthalmica
Cacatua ophthalmica (Sclater 1864)
Inglês: Blue-eyed Cockatoo
Português: Cacatua Oftálmica
Distribuição: Nova Britain e Nova Ireland no Arquipélago de Bismarck.
Descrição: Sua plumagem é quase toda branca. Sua crista é amarela, larga e bem arredondada para trás, se curvando até o pescoço. As penas que recobrem a orelha, a base da garganta e a bochecha são de cor amarelo claro, assim como o lado interno das asas e do rabo são ligeiramente amarelados. O anel ao redor do olho é azul, sua íris é marrom escuro e o bico negro acinzentado.
Comprimento: 50 cm.
Hábitat: Floresta primária, extremidades de floresta e áreas parcialmente sem vegetação a 1.000 m. É mais comum em planícies do que em montanhas.
Status: Comum, um pouco mais rara em Nova Britain.
Hábitos: Vivem isoladamente, em pares ou bandos de 10 a 20 pássaros. Fácil de ser distinguida e ruidosa, normalmente são vistas quando estão voando em cima de florestas, seu vôo é intercalado entre planeio e batidas de asas poderosas. Hábitos provavelmente semelhantes à Cacatua Galerita, grita como ela, só que mais alto.
Características: O nome cacatua vem do malaio, Kakatua, que significa papagaio grande, pois seu porte pode atingir de 30 a 70 cm de comprimento. A maior parte dessas espécies possui uma charmosa crista de tamanho, cor e forma específica, que é erguida ou abaixada quando a ave está excitada ou alarmada. Muito ativa imitadora da fala humana, capaz de acrobacias e de se afeiçoar às pessoas. Extremamente elegante e vistosa vem conquistando seu espaço como companheira de estimação. Por ser uma ave rara que pode falar, fazer truques como: andar de patins, pegar objetos e etc., seu preço não é nada em conta, podendo variar entre 3 e 35 mil reais dependendo da espécie. São monogâmicas e uma das coisas interessantes sobre essa magnífica ave é que batem com a pata em cima do ninho para dizer que ele lhes pertence. Cacatuas são de natureza agradável, porém bastante ruidosas, inicialmente são tímidas. São mais reservadas em viveiros grandes, mas logo se tornam confiantes. Muitos pássaros destroem partes de madeira regularmente em viveiros e telas de arame também, então, proveja madeira para que elas possam destruir. Requer também uma provisão regular de galhos frescos. É normalmente pacífica, porém durante o período de criação tende a atacar pássaros de viveiros próximos, bicando os dedos do pé de seus vizinhos, chegando muita das vezes a amputá-los. É bem resistente depois de aclimatada.
Dimorfismo: Só se consegue distinguir machos e fêmeas pela íris depois de 01 ano, onde o macho terá a íris preta e a fêmea um castanho avermelhado.
Dieta natural: Sementes, frutas, bagas e provavelmente insetos e suas larvas.
Alimentação: Algumas espécies se alimentam exclusivamente nas árvores e outras também no chão. São pássaros que possuem bico bem forte e geralmente pesado, permitindo comer todo tipo de castanhas, grãos e mistura de sementes grandes e pequenas como: girassol, milho, aveia, galhos frescos com flores e brotos, trigo e semente de abóbora. Gostam muito de milho verde, cana de açúcar, cenoura e pepino. Ainda comem também sementes germinadas (trigo brotado, girassol brotado), várias frutas, verduras e legumes, frequentemente são seletivas, e ao se alimentar passam a fazer muito barulho, tornam-se relutantes em aceitar frutas, legumes e sementes diferentes. Então se fazem necessários suplementos minerais regulares e vitaminas. Não devem comer muita aveia no máximo três vezes por semana para não engordarem muito, animais gordos tem baixo índice de fertilidade. E nem muito girassol porque ataca o fígado, o ideal é uma ração que tenha uma mistura balanceada de sementes.
Período de reprodução: Período que vai de maio e outubro.
Reprodução: Raramente é alcançada, razão pela qual é pouco vista em cativeiro. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro grande e quieto é muito vantajoso. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.
Amadurecimento sexual: 04 a 05 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que uma cacatua pode viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 80 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 01 a 02 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer duas posturas por ano. Ovo mede 52.0 x 51.5 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos das árvores. Já fora observado ninhos localizados a uma altura de 6 m. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.
Tempo de incubação: 28 dias.
Filhotes: Os filhotes são iguais aos adultos, porém com íris escura. Após 01 ano as fêmeas podem ser identificadas pelas íris que começam a clarear e só com 04 anos é que a cor se define por completo. Normalmente nascem os 02, mas a mãe às vezes só alimenta 01 dos filhotes. Deve-se então retirar 01 do ninho e tratá-lo no bico. Só saem do ninho de 09 a 10 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais.
Viveiros: Ideal 6 x 2 x 2 m. Podem ser criadas em gaiolas de 1 m/ 1,2 m/ 3 m, mas há necessidade de entretenimento, do contrário podem desenvolver vários vícios como o de gritar alto, destruir com o bico tudo ao seu redor e até arrancar as próprias penas. A solução é mantê-la ocupada com coisas para brincar e mastigar como: poleiros, brinquedos de madeira ou os importados próprios para ela, ossos de couro de boi para cães e alimentos de difícil acesso (nozes, sementes, castanhas, vagens e etc.). Por causa de tal comportamento e por serem monogâmicas, aconselha-se manter apenas um casal em cada viveiro. Se for mais de um par devem ser mantidos distantes, pois costumam se agredir causando ferimentos e até a morte. Em viveiros grandes se sentem mais seguras e consequentemente a reprodução é melhor. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidas de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos de forma a receber o sol da manhã.
Umidade: 45 a 50%.
Tamanho da anilha: 13 mm.
Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas significa doença.