Bluebonnet – Psephotus h. haematogaster

Bluebonnet – Psephotus h. haematogaster

Psephotus h. haematogaster
(Gould 1838)

Inglês: Bluebonnet
Português: Bluebonnet

Distribuição: Na parte leste do Sul da Austrália até o noroeste de Victoria, como também no sudeste de Queensland e no oeste da Nova Gales do Sul, Austrália, se sobrepõe com a haematorrhous entre Barwon e os Rios de Castlereagh, com a pallescens, na área do Lago Frome.

Descrição: Sua plumagem em geral é marrom esverdeada, a testa, a região das narinas, as penas que cobrem os ouvidos e a parte da frente da bochecha são azuis, sendo que as penas que cobrem os ouvidos tem riscos amarelados, o resto da cabeça e as costas são cinzas esverdeadas, a garganta e a parte superior do peito são marrons esverdeadas e mais fosco, cada pena tem nuances de marrom claro, a parte mais baixa do peito, os lados do abdômen e a região coberta pelo rabo são amarelas, o centro do abdômen e as coxas são vermelhos, a dobra da asa, as penas primárias e a região coberta pelas asas são azuis violeta, as penas do ombro são azuis, as penas medianas da parte de cima do rabo são verdes com nuances bronze e com as pontas azuis escuras, as penas laterais são azuis escuras com as pontas azuis claras, a parte inferior do rabo é azul claro, o bico é cinza da cor de chifre, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris e os pés são marrons acinzentados.

Comprimento: 30 cm.

Sub-espécies



Psephotus h. haematorrhous

Psephotus h. haematorrhous
(Gould 1865)

Inglês: Red-vented Bluebonnet
Português: Bluebonnet haematorrhous

Distribuição: Interior do sul de Queensland e norte da Nova Gales do Sul, se sobrepõe a haematogaster entre Barwon e os Rios de Castlereagh.

Descrição: Semelhante a haematogaster, mas o vermelho do abdômen se estende para debaixo da região coberta pelo rabo, as penas do ombro são verdes claras e a parte mediana da asa é vermelho acastanhado.

Comprimento: 31 cm.



Psephotus h. pallescens

Psephotus h. pallescens
(Salvadori 1891)

Inglês: Pallid Yellow-vented Bluebonnet
Português: Bluebonnet pallescens

Distribuição: No nordeste do sul da Austrália, no Lago Eyre Basin e na região do riacho de Cooper, a maioria do sudoeste de Queensland e possivelmente também no noroeste da Nova Gales do Sul, se sobrepõe a haematogaster na área do Lago Frome.

Descrição: Semelhante a haematogaster, mas a plumagem é geralmente muito mais clara e não possui vermelho na região coberta pelo rabo.

Comprimento: 30 cm.



Psephotus h. narethae

Psephotus h. narethae
(H.L. White 1921)

Inglês: Naretha Bluebonnet
Português: Bluebonnet Naretha

Distribuição: Sudeste do oeste da Austrália.

Descrição: Semelhante a haematogaster, mas a plumagem é geralmente muito mais clara, a testa, a área em cima do olho e a região das narinas são azuis esverdeadas, não possui vermelho no peito, no abdômen e nem nas coxas, a região coberta pelo rabo é vermelha, a dobra de asa e as penas do ombro são azuis esverdeadas, na parte externa das asas possuem um vermelho alaranjado, a anca, as penas medianas da parte de cima do rabo são verdes azeitona com as pontas azuis e em média é ligeiramente menor.

Comprimento: 28 cm.

Hábitat: Savanas com árvores, bosques secos e abertos, áreas secas e também florestas de galeria ao longo de rios.

Status: Comum na maioria das áreas, narethae parece ter estendido sua área de distribuição em recentes décadas.
Hábitos: Andam normalmente aos pares ou grupos pequenos, preferem a sombra de arbustos e árvores, sua alimentação é regularmente observada no chão, se alarmado, grita freneticamente e sai voando para o mais próximo poste de cerca ou arbusto e de lá, com as penas da cabeça levantadas continua gritando, no chão é silencioso e difícil de ser visto por causa de sua plumagem que é uma excelente camuflagem. Sedentário, ocasionalmente são vistos com Barnardius barnardi e Platycercus adscitus palliceps, seu vôo é rápido, ondulante e bastante baixo, acompanhado sempre por chamadas de contato fortes.

Características: Este periquito asiático de elegantes proporções e belas cores faz parte da espécie dos Psephotus. Periquito ativo, com som melódico, não é tímido e são bem fortes. Por serem extremamente agressivos, não podem ser mantidos com outros pássaros da mesma espécie. São excelentes pais, como só as fêmeas chocam, elas são as que mais correm riscos e mesmo quando aparece um perigo, dificilmente saem do ninho.
Só a narethae é sensível, especialmente a resfriados em áreas úmidas, costuma ser nervoso e sensível também durante a época de criação.

Dimorfismo:

haematogaster: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas com o azul da área facial mais fosco, o vermelho do abdômen e das coxas é muito menos extenso, possuem uma faixa branca debaixo da asa e tanto a cabeça como o bico são em média menores.

haematorrhous: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas a plumagem e o azul da área facial são mais foscos, o vermelho do abdômen, da região coberta pelo rabo e das coxas é muito menos extenso, possuem uma faixa branca debaixo da asa e tanto a cabeça como o bico são em média menores.

pallescens: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas a plumagem e o azul da área facial são mais foscos e tanto a cabeça como o bico são em média menores.

narethae: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas a plumagem é ligeiramente mais fosca, o azul da área facial também é mais fosco e tanto a cabeça como o bico são em média menores.

Dieta natural: Seu alimento são quase que exclusivamente sementes de grama, que são comidos no chão, ocasionalmente frutas, bagas, brotos, flores, néctar, provavelmente também insetos e suas larvas. Regularmente comem minúsculas pedras e areia para ajudar na digestão.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, milho alvo de diversos tipos e etc.), mas também comem legumes e frutas.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É regularmente alcançado, mas não é fácil. Em exibição de namoro os machos voam ao redor da fêmea, vão para o poleiro antes dela e ficam com asas ligeiramente abertas, as penas da cabeça se elevam formando uma pequena crista, movem então a cabeça de cima para baixo e de baixo para cima, o rabo fica esparramado, mantém uma conversação contínua e depois trocam alimento mutuamente. Só a fêmea choca, é alimentada pelo macho e só sai do ninho para defecar. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro, de preferência que sejam grandes, com refúgio por causa dos desentendimentos do casal e que não sejam vizinhos de parede, pois são extremamente agressivas e territorialistas com as de sua espécie, principalmente quando estão com filhotes no ninho. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: As fêmeas muitas das vezes amadurecem no 01 ano e os machos normalmente no 02 ano.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 04 a 09 ovos, normalmente 05, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 23.1 x 18.5 mm.

Ninhos: Na natureza ambos os sexos trabalham na construção do ninho, são feitos normalmente em buracos de árvores mortas, a baixa altura, forrados com pequenos pedaços de madeira e costumam ser bem profundos. Em cativeiro aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições, troncos de árvores ocas e caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 19 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem fosca e o colorido bastante irregular, muito menos vermelho no abdômen e nas coxas, possui ainda uma faixa branca debaixo das asas. A plumagem de adulto é atingida aos 12 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Saem do ninho após 04 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 05 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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