Príncipe de Galles – Polytelis alexandrae

Príncipe de Galles – Polytelis alexandrae

Polytelis alexandrae
(Gould 1863)

Inglês: Princess Parrot, Queen Alexandras Parakeet
Português: Príncipe de Galles

Distribuição: No interior da parte central e no oeste da Austrália.

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, à parte de cima da cabeça e a nuca são ligeiramente azuladas, a testa, a garganta e as bochechas são rosas, o peito e o abdômen são verdes azulados, a parte mais alta da região coberta pelo rabo e a parte mais baixa das costas são azuis violetas, as costas e as asas são verdes claras, no meio da parte externa das asas possuem um verde amarelado bem vivo, bico avermelhado, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, sua íris é laranja e seus pés são cinzas.

Comprimento: 40 cm.

Mutações

Hábitat: Áreas secas, abertas, arenosas com casuarinas, acácias e eucaliptos, savanas com árvores ao longo de cursos de água.

Status: Raro.

Hábitos: Normalmente andam aos pares ou grupos pequenos, bandos ocasionalmente maiores podem ser vistos. Descem ao chão para se alimentar, onde se tornam menos assustados, descansam nos topos das árvores, costumam ser nômades, seu vôo é reto e muito rápido, vôos de longa distância são feitos a uma altura considerável, vôos curtos são feitos próximo do chão, seu chamado é forte e não é melodioso.

Características: Este periquito asiático de elegantes proporções e belas cores faz parte da família das polytelis. São aves bastante pacatas e de fácil identificação. Costuma ser rara no seu habitat e muitas vezes deixam de ser vistas por muito tempo aparecendo depois em pequenos bandos. Como são aves que gostam de comer no chão, devem ser vermifugadas pelo menos duas vezes por ano. São suscetíveis a infecções de olho. Não suportam vento e nem muito frio. A reprodução de aves jovens pode acontecer com pouco sucesso, não se desespere. Se tiver vários casais destas aves, coloque-as em aviários próximos, pois a presença de várias aves estimula a reprodução.

Dimorfismo: As fêmeas são semelhantes aos machos, mas com a cabeça mais clara e na parte mais baixa das costas onde no macho o azul é bem marcado, nelas, é muito claro ou inexistente. Os machos por sua vez possuem o verde das asas mais intenso e as penas do rabo em média são maiores.

Dieta natural: Principalmente sementes de grama, mas comem frutas, bagas, brotos, flores, néctar, provavelmente também insetos e suas larvas.

Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de repolho, maçã, jiló e milho verde, chegam a comer ração de faisão.

Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.

Reprodução: É alcançada regularmente, apesar da população ser pequena. Em exibição de namoro os machos ficam em uma posição vertical com as penas da cabeça levantadas, movem a cabeça de um lado para o outro e ficam com o rabo aberto, tudo isso acompanhado depois pela contração e dilatação das pupilas das fêmeas. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro, mas de preferência colocar o maior número de casais próximos, pois isso estimula a reprodução. Na natureza podem ser vistos até 10 casais reproduzindo na mesma árvore. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual: As fêmeas muitas das vezes amadurecem no 01 ano e os machos normalmente no 02 ano.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 03 a 06 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 27.4 x 22.2 mm.

Ninhos: Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições, costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira que estejam se deteriorando. Na natureza fazem seus ninhos em buracos de árvores altas ou galhos (preferem eucaliptos) ao longo de rios. Em cativeiro, troncos de árvores ocas e caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.

Tempo de incubação: 21 dias.

Temperatura de incubação: 37,5º C.

Umidade: 45 a 50%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes às fêmeas, machos jovens atingem a sua plumagem de adulto de 14 a 18 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e consequentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 05 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um “pet” como um loris ou uma cacatua, mas fica bem manso e para isso é preciso retirá-lo do ninho com 15 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1 x 1,2 x 2 m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 06 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.



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